A fala eloquente dos números
Cesar Vanucci *
“Os 3,3 bilhões de dólares obtidos com a privatização, anos atrás,
da Vale, não deixam nada bem os governantes que patrocinaram o leilão.”
(Antônio Luiz da Costa, professor)
Números, sem sombra de dúvida, portentosos. Falam de avanços extraordinários na vereda do progresso, com desdobramentos sociais naturalmente benfazejos.
Repetindo performances exitosas, que afinal de contas constituíram sempre marca registrada na extensa e vitoriosa trajetória da empresa, desde os tempos de regência estatal, a Vale SA, a nossa antiga Vale do Rio Doce, cumpriu excepcional desempenho outra vez mais em 2011.
E isso, justo reconhecer, como consequência direta de ações desenvolvidas competentemente pelo seu comando diretivo, hoje provavelmente mais criativo e aprimorado do que noutros tempos. Como consequência também – está claro – da atuação eficiente de experiente quadro de técnicos e qualificado contingente profissional nas variadas vertentes operacionais.
Vale a pena, sem intenção de trocadilho, destacar os algarismos que documentam os recordes acumulados mais recentemente pela Vale. Recorde de receita operacional: em dólares, 60,4 bilhões. Recorde em lucro operacional, também em dólares, de 30,1 bilhões. Margem operacional de 48.5%, geração de caixa da ordem, ainda em dólares, de 35,3 bilhões, com lucro líquido (na moeda americana) de 22,9 bilhões. No tocante aos embarques de minério de ferro e pelotas, mais recordes históricos: quase 300 milhões de toneladas. As vendas de níquel e cobre no período apontam igualmente algarismos acima dos níveis de exercícios passados.
Recorde também em matéria de investimentos. Deixadas de lado as aquisições, os investimentos da Vale somaram 18 bilhões de dólares. Desse valor, 13,4 bilhões direcionados para projetos e pesquisa e desenvolvimento. Já no tocante ao retorno de capital a acionista chegou-se ao valor recorde de 12 bilhões de dólares, composto pela distribuição de dividendos de 9 bilhões de dólares, equivalente a US$ 1.7354 por ação ordinária ou preferencial, e pelo programa de recompra de ações, da ordem de 3 bilhões de dólares, totalmente executado. Tal performance favoreceu o anúncio antecipado, recebido naturalmente com regozijo pelos acionistas, de garantia de dividendo mínimo de 6 bilhões de dólares para 2012. Os especialistas em matemática financeira celebram também, como triunfo da empresa, o registro de um balanço sólido com baixa alavancagem, medida pela relação dívida total/LTM EBITDA ajustado, e a manutenção do longo prazo médio da dívida, de 9,8 anos.
Mais números, na modelar atuação da Vale, a festejar. Os investimentos em Minas atingiram, ano passado, o volume de 10.1 bilhões de dólares, acréscimo de 39 por cento em relação aos 7.3 bilhões de dólares desembolsados no exercício anterior. A empresa mantém na atualidade mais de 41 mil empregados no Estado. Em 2011, o número de contratações a mais, no quadro efetivo, foi de 2.800 profissionais. Afora isso, os projetos em implantação conduzidos nos canteiros de obras em território mineiro, assinalam a presença de 16 mil empregados.
Outro dado de exponencial significado nas operações da Vale está configurado no montante das aquisições feitas no Estado. Minas Gerais desponta como o principal fornecedor da empresa, com os 12 bilhões de dólares canalizados em vendas de produtos. Os investimentos em ações socioambientais foram igualmente expressivos: 347 milhões de dólares, envolvendo entre outros empreendimentos a preservação de 17 reservas ambientais no quadrilátero ferrífero, numa área total de mais de 12 mil hectares.
Tudo isso posto, bem projetada nos indicadores anotados, em justos termos, a relevância do papel econômico e social desempenhado pela Vale no cenário brasileiro e na vida mineira, sobra, por último, para reflexão por parte dos cidadãos comuns uma tormentosa questão, já por mais de uma vez suscitada em comentários deste escriba.
Os números desse desfile de feitos diante dos olhares de admiração e compreensíveis aplausos de todos vêm consolidar, no seio da opinião pública, a sensação bastante amarga, recoberta de indignação, de que aquele leilão de privatização, anos atrás, no governo de Fernando Henrique Cardoso, alvejou interesses respeitáveis da Nação, ao favorecer a transferência dos colossais ativos da Vale do Rio Doce a empreendedores privados pela bagatela de ... 3,3 bilhões de dólares. Isso dói pacas!
Recomendações naturalistas simples
“Tudo deveria ser tornado tão simples
quanto possível, mas não mais simples do que isto!”
(Einstein)
São recomendações muito simples. Não exigem esforço físico exagerado. Proporcionam – asseguram os que praticam essas modalidades de exercícios – resultados bastante compensadores. As práticas vêm sendo propagadas intensamente nas redes sociais como contribuição de profissionais da chamada medicina naturalista. Apresentam-nas como ideal para quem não gosta, ou não tem tempo de fazer rotineiramente exercícios físicos.
O que se anuncia, por esse instrumento de comunicação, é que alguns médicos naturalistas confessam-se danados de triste sempre que batem com os costados em congressos de sua categoria profissional. Acontece de experimentarem, nesses encontros, o dissabor de constatar que os resultados de certas experiências exitosas e eficientes, de fácil comprovação, processadas em sua esfera de atuação, não são contemplados, hora nenhuma, com divulgação adequada. “Não dão ibope”, é o que costumeiramente se lhes é passado. Vêem-se compelidos, à vista disso, a utilizarem as redes sociais para repassarem exercícios e ações singelos por eles reconhecidos como úteis no enfrentamento de problemas cardíacos. Vamos lá: 1º. ao acordar, deitado de barriga pra cima, pedalar 30 vezes no ar. Isso concorre para melhorar o posicionamento da coluna e da postura, diminuindo e retardando o encurvamento das costas, aliviando dores e baixando a pressão; 2º. antes do banho, exercitar a barriga da perna (levantar o corpo na ponta dos pés). Primeiramente, de modo rápido, até esquentar as panturrilhas e, depois, fazendo uma sequência de dez movimentos lentos. Pronto. Tal exercício – assevera-se - bombeia o sangue para o coração, melhora os batimentos cardíacos e evita obstrução das veias. Nos primeiros seis meses, a pessoa com excesso de peso poderá vir a emagrecer (oba!) da cintura para baixo. Nos seis meses subsequentes, se beneficiará (oba, outra vez!) da cintura para cima. Depois de dois anos, não engordará mais. Além de tudo, o exercício reduz riscos de cirurgia cardíaca, que custa, como sabido, os tubos.
Outra prática sugerida pelos naturalistas diz respeito às micro varizes. Esta a recomendação: ao chegar em casa, coloque os pés numa bacia com água bem quente. É o famoso “escalda pés”, que além de relaxar, serve para desencadear a dilatação dos vasos sanguíneos dos pés, trazendo benefícios também à visão. O processo foi pesquisado com pacientes diabéticos. Constatou-se melhora na circulação sanguínea. O quadro geral de saúde dos pesquisados melhorou e foram percebidos por muitos efeitos benéficos no sistema visual. O exercício é indicado, ainda, como eficaz para combater o encurvamento da coluna.
Outra recomendação da medicina naturalista: ao perceber que a pressão subiu, coloque as pernas dentro de um balde com água gelada até os joelhos. Permaneça nessa imersão por vinte minutos. Tranchã, atestam os que se entregam a essa prática.
* Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
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