Adelmo Carneiro Leão, Deputado Estadual (PT-MG) por seis mandatos consecutivos, médico, educador e agricultor, dono de impecável currículo em sua trajetória política, é o meu candidato a Prefeito de Uberaba.
Por sua atuação na defesa das causas sociais, pela dignidade com que encara a missão vocacional que lhe foi outorgada na vida pública, pela luta incessante sustentada em favor da melhoria das condições da saúde e da educação públicas, pelos projetos e realizações de sua autoria voltados para o propósito da construção humana e de um país mais justo e mais fraterno, pelo seu enraizado sentimento democrático e republicano, Adelmo tornou-se personagem de inconfundível realce no cenário político das Gerais. Reúne todas as qualificações desejadas para exercer com brilhantismo o cargo a que se candidata.
Uma brasileira no pódio científico
Cesar Vanucci *
“Trabalhamos na fronteira máxima do conhecimento.”
(Cientista Miriam Tendler)
Uma epidemiologista brasileira, Miriam Tendler, do Instituto Oswaldo Cruz, foi alçada recentemente ao pódio da pesquisa cientifica e o seu feito, considerado extraordinário, não mereceu, desconsoladoramente, o destaque a que faz jus na divulgação midiática. Coube-lhe o mérito de haver desenvolvido a primeira vacina do mundo contra a esquistossomose. Essa doença endêmica, causada por parasitas, causa devastações de monta em todo o planeta. Só no Brasil, o número de pessoas enfermas é calculado em dois milhões e quinhentos mil.
Miriam lembra que nosso País figurou sempre no centro das pesquisas ligadas à produção de vacinas. Só que “de maneira muito cruel”. Explica: “Nossa contribuição era de ter as doenças”.
O seu trabalho estendeu-se por três décadas. Em declarações à revista “IstoÉ”, a cientista assinalou que “trabalhamos na fronteira máxima do conhecimento e com altíssima tecnologia para criar a primeira vacina 100% nacional”.
Nessa história toda da extraordinária conquista da ciência brasileira há que se estranhar não tenha o fato recebido por parte da grande mídia a atenção devida. Com tanta “celebridade instantânea”, sem currículo digno de consideração frequentando rotineiramente as colunas e manchetes, bem que poderia ter havido uma tentativa qualquer no sentido de se arranjar espaço mais dilargado para o relato do histórico acontecimento, não é mesmo?
O Deputado Miro Teixeira fez uma denuncia da maior gravidade, que não encontrou inexplicavelmente repercussão à altura no noticiário nosso de cada dia. Segundo ele, o sigilo fiscal de Dilma Rousseff foi quebrado no andamento da campanha eleitoral em que ela se tornou Presidenta da República. Num outro momento, posterior à campanha de 2010, de acordo com o mesmo parlamentar, interceptações clandestinas, de origem ainda não especificadas, promoveram também a quebra do sigilo telefônico de dezenas de políticos com assento no Congresso Nacional. As graves ocorrências foram levadas ao conhecimento do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, ao que o próprio Miro Teixeira informou.
Nas rodas políticas nacionais muitas especulações são feitas a respeito de quem poderia estar atrás dessas repulsivas operações criminosas. A expectativa é de que o Ministério da Justiça, valendo-se dos eficientes recursos de investigação da Policia Federal, possa apontar os autores da trama e suas pérfidas motivações.
Comenta-se abertamente que a gangue do notório Carlinhos Cachoeira teria participado dessas jogadas execráveis, interessada em coleta de informações que pudessem vir a ser comercializadas. É hipótese que não pode deixar de ser considerada, a levar-se em conta os antecedentes do perigoso e articulado grupo.
De qualquer maneira, enquanto a história não é deslindada pelos órgãos competentes, a opinião pública lança no ar uma indagação de total pertinência: por qual razão os grandes veículos de comunicação não deram, até aqui, aos fatos narrados a atenção que, por razões óbvias, fazem merecer.
Paulo Maluf tem negado, reiteradas vezes, pondo fervorosa convicção na fala, possuir contas bancárias no exterior.
Nada obstante, nas Ilhas Jersey – um dos redutos mais procurados no exterior para a guarda, em contas secretas, de dinheiro obtido por malversadores de fundos públicos de todas as partes do mundo – uma corte judiciária vem analisando, no momento, um processo pela disputa da polpuda soma de 22 milhões de dólares no qual o ex-Governador e ex-Prefeito de São Paulo figura como parte. A outra parte no litígio é a Prefeitura de São Paulo, interessada em reaver a importância sob a alegação de que o dinheiro foi desviado de seus cofres à época em que Maluf comandava a administração do mais importante município brasileiro. Vai ficar difícil pacas para Paulo Salim Maluf continuar sustentando, depois de conhecida a decisão judicial, o papo furado a respeito de não ser possuidor de conta alguma em banco naquele “paraíso fiscal”.
Os desdobramentos do caso Cachoeira
“O caso ganha contornos de uma trama
policial complexa e com vítimas fatais.”
(Jornalistas Izabelle Torres e
Cláudio Dantas Sequeira, da IstoÉ)
Está certo. Ninguém pode ser julgado e condenado sumariamente por conta de alguma notícia desairosa de jornal. O Estado de direito que, mercê de Deus, rege “este País tropical, bonito pela própria natureza”, estabelece os procedimentos legais a serem rigorosamente observados em avaliações pertinentes à conduta de personagens da cena pública apontados pela mídia por supostas malfeitorias.
É o caso do suplente do tristemente célebre Demóstenes Torres. Ele acaba de assumir, de forma surpreendente pela rapidez do ato, sem desrespeito todavia aos preceitos regimentais, o posto de Senador pelo Estado de Goiás. Companheiro de lutas políticas do Senador destituído, Secretário de Estado até outro dia no governo goiano, um governo marcado por suspeitosas ligações com o crime organizado, e ao que tudo faz crer pessoa também chegada ao convívio do notório Carlinhos Cachoeira, o agora Senador Wilder Pedro de Morais não vai poder se furtar ao dever de oferecer explicação minuciosa e convincente acerca dos fatos graves que lhe têm sido imputados. A opinião pública espera que a respeito do assunto tudo seja conduzido nos devidos trinques constitucionais e com a rapidez recomendável pelas circunstâncias. Não existe outra maneira de encarar os acontecimentos. Se realmente comprovada a espúria ligação de Wilder Morais com a quadrilha de Cachoeira, seu defenestramento passa a ser uma questão de honra para o Parlamento. Vai ter que ser processada sem muita delonga.
E por falar em Carlinhos Cachoeira , a cada dia que passa ganha maior robustez na percepção de um bocado de gente a impressão de que a história desse cidadão, apontado como pivô de inacreditáveis malfeitorias, suplanta em gravidade outras maracutaias cabeludas que galvanizam na hora presente as atenções da opinião pública.
Não mais padecem dúvidas a respeito das engrenagens escabrosas que a quadrilha cuidou de montar nos corredores de repartições federais e estaduais, com realce para o Distrito Federal e os Estados de Goiás e Tocantins. O envolvimento, além do Senador afastado, de pelo menos um Governador de Estado e de outros políticos de projeção no esquema mafioso, é mais do que certo, a tomar por base as espantosas revelações já vindas a lume. A participação de agentes públicos de diferentes repartições, jornalistas, empresários de realce nos negócios espúrios está também devidamente documentada. A existência de um sistema amplo de arapongagem eletrônica com fitos de chantagem, movimentado por personagens do submundo, ficou devidamente configurada nas investigações.
O que vem na sequência das apurações não é menos chocante. Como registrou a IstoÉ, “o caso do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, aos poucos vem ganhando também os contornos de uma trama policial complexa e com vítimas reais.” Os sinais dessa trama são copiosos. Reportemo-nos a alguns deles. Ameaças a juizes e procuradores (um deles buscou refúgio provisório, com os familiares, no exterior). Assassinato em circunstâncias estranhas de um agente da Policia Federal que havia atuado com destaque nas ações que permitiram o desbaratamento da quadrilha. A não localização do paradeiro, até aqui, de pelo menos três integrantes do grupo mafioso (um contador, um policial e um informante da quadrilha). A morte, aparentemente por suicídio, de um escrivão que trabalhou nas investigações ao lado do policial assassinado.
São lances, todos eles, que contribuem para que a história adquira dimensão de escândalo sem precedentes.
* Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
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