O XVIII Encontro Cultural da Academia
O
XVIII Encontro da Academia, promovido pela nossa Academia Mineira de Leonismo,
com a contribuição valiosa do Lions Clube BH Mangabeiras, foi um acontecimento
marcante na vida cultural belorizontina. O deputado Adelmo Carneiro Leão,
vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, brindou o público,
constituído de figuras representativas do meio intelectual mineiro, com uma palestra
magistral sobre o tema “Desafios e perspectivas da saúde pública no Brasil”. A
exposição suscitou muitas reflexões e arrancou intensos aplausos.
Na
mesma ocasião, a Academia empossou solenemente mais um associado. Trata-se do jornalista
André Luiz Lopes Oliveira, de Montes Claros. O novo acadêmico foi apresentado
pelo Acadêmico Ernani Martins de Melo Rocha e saudado pelo Acadêmico Sebastião
Braga.
Um
belo espetáculo artístico emoldurou o evento, que compreendeu ainda uma
homenagem aos casais João Lopes e Ana Zélia Saraiva Lopes, e Walter Mendes Costa
e Maria Raquel Mendes Costa, dos quadros do Lions Clube BH Mangabeiras, pelos
relevantes serviços prestados à causa leonistica. O Governador do Distrito
LC-4, José Leroy da Silva, e a presidente do Mangabeiras, Maria Madalena Cerqueira
Martins, junto com dirigentes da Academia Mineira de Leonismo, recepcionaram os
convidados que compuseram a concorrida plateia desta vitoriosa promoção
cultural.
Na
condição de presidente da Academia, tive a honra de coordenar os trabalhos.
A
Acadêmica Maria das Graças Amaral, secretária da Academia, atuou como Mestre de
Cerimônia e o Acadêmico Vespasiano de Almeida Martins Neto saudou o expositor
da noitada cultural, deputado Adelmo Leão.
A
sequência de fotos retrata aspectos do Encontro Cultural.
Deputado Adelmo Carneiro Leão, Acadêmico (empossado) André
Luiz Lopes Oliveira e
Acadêmico Ernani Martins de Melo Rocha
|
Sebastião Braga, José Leroy da Silva, Adelmo Carneiro Leão, Cesar Vanucci, Maria Madalena Cerqueira Martins e Doutor Viana
Acadêmico Doutor Viana, vice-presidente da AML entrega
certificado de participação ao palestrante, deputado Adelmo Carneiro Leão. Ao
fundo, a presidente do Mangabeiras, Maria Madalena Cerqueira Martins
Deputado Adelmo Leão e
Acadêmica Vilma Raid Fernandes
Vice-governador do DistritoLC-4, José Monteiro da Silva, ex-governador Jarbas Fernandes Soares, Acadêmico Cesar Vanucci, Acadêmica Vilma Raid Fernandes e deputado Adelmo Leão |
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Atlético e Cruzeiro
Cesar
Vanucci *
“Mas
que momento esplêndido!”
(Andrea Cecconie, torcedora)
A
torcida mineira celebra. Razões de sobra para isso. Os dois principais clubes
da terra atravessam fase de raro esplendor. O Atlético, campeão das Américas,
prepara-se para disputar o título mundial interclubes. O Cruzeiro, campeão
nacional com cinco rodadas de antecedência do final das competições, já antevê
a possibilidade de abiscoitar pela terceira vez a Libertadores. BH desfruta da
invejável situação de poder intitular-se, por assim dizer, capital mundial do
futebol.
Chutando
pra escanteio a circunstância de que torcedores fanáticos, enredados em
divergências clubísticas puerilmente suburbanas, insistam em não reconhecer a
relevância do papel representado pelo adversário no palco esportivo, o fato alvissareiro
que nos cabe, a todos nós, mineiros, cruzeirenses e atleticanos ou não, admitir
e festejar é que Cruzeiro e Atlético, Atlético e Cruzeiro, são presentemente os
clubes de maior expressão na paisagem futebolística nacional. Isso
assegura-lhes, naturalmente, lugar de especial realce no panorama esportivo
internacional. Enfrentar com firmeza os desafios deste momento, saber
aproveitar as infinitas chances que se abrem à expansão das atividades é demonstrar
maturidade e bom senso.
Curtir
com intensidade este instante. Criar ambiência propícia mode garantir a
permanência desse estado de coisas. Introduzir, dentro e fora dos gramados,
práticas eficazes de gestão. Assestar os olhares além dos horizontes conhecidos,
na cata de mais espaço, de espaço mais rendoso para a projeção do bom trabalho executado:
tudo isso deve fazer parte, neste momento, dos projetos prioritários e
incrementadas agendas das duas festejadas agremiações.
Mantendo
incólume a emulação sadia, estimulante no processo de crescimento, os clubes
devem se esforçar também, ao máximo, para se desvencilhar de práticas que
desmerecem de certo modo a importância do papel que lhes foi reservado no
enredo desportivo. Uma delas, de um ridículo espantoso, é a que dá suporte ao
esquema da “torcida única” nos chamados “clássicos”. De outra parte, a escolha
definitiva do Mineirão como arena ideal para os jogos mais importantes é outra
iniciativa que se afigura recomendável. Não faz sentido algum persistam os
paredros esportivos em atitudes desprovidas de bom senso e caráter prático, nascidas
de meros e tolos caprichos.
O
reconhecimento geral de que em Minas se localiza presentemente o polo central do
futebol enseja mais pertinentes observações. Muita gente gostaria de ficar
sabendo das razões pelas quais na lista dos craques convocados para a seleção
não figurarem alguns jogadores mineiros considerados em condições ideais para
integrar o escrete canarinho. Caso, por exemplo, de Fábio, disparadamente o
melhor goleiro brasileiro em ação. Diego Tardeli e Everton Ribeiro, para ficar
apenas em outros dois nomes, são igualmente atletas que, esbanjando talento nas
quatro linhas, andam fazendo por merecer chamada para o grupo dos
selecionáveis.
De
acordo com o figurino
“Viver
democracia significa agir sempre
em estrita consonância com o que a lei
estipula.”
(Antônio Luiz da Costa, professor)
No
momento em que o primeiro dos mensalões examinado pelo Supremo Tribunal Federal
chega ao seu desfecho, faz-se oportuno relembrar, até com fitos pedagógicos, a
toarda azucrinante registrada até bem pouco tempo atrás nas chamadas de capas
de revista, manchetes e artigos em jornais, tribunas políticas, em razão do simples
acolhimento pelos Ministros da Corte dos chamados embargos infringentes. O tom
das falas naquele momento revelou-se de agoniante dramaticidade. A medida legal
aprovada foi apontada como uma tragédia institucional. Houve insinuação de que
estaria sendo executada uma manobra com o propósito de desmoralizar a Justiça e
de garantir a impunidade dos réus. Por ai rolou o destempero das manifestações,
escoradas em conclusões precipitadas de parte da mídia e de setores políticos
intoxicados de passionalismo.
Pouco
tempo transcorrido e o que se está a ver agora em nada se parece com o cenário
apocalíptico desenhado. A Justiça cumpriu seu papel. A democracia que rege saudavelmente
nossos destinos brasileiros mostrou de novo invejável pujança. Os autores das
maracutaias que deixaram um rastro pesado de prejuízos no patrimônio da Nação estão
sendo convocados a prestar contas de seus atos. Em suma, as leis que regem a
matéria processual analisada foram aplicadas nos devidos conformes, de acordo
com as aspirações gerais da Nação. Tudo, por assim dizer, funcionou como manda
o figurino democrático.
Ficou
claramente evidenciado também que o combate aos malfeitos cometidos por agentes
públicos seguirá, indesviavelmente, seu curso normal. Isso robustece as
expectativas por justiça da sociedade brasileira, que volta, agora,
naturalmente, as atenções para ações legais, igualmente reparadoras, já
constantes da agenda judiciária. Na lista de espera para julgamentos, a serem
procedidos com todos os cuidados institucionais cabíveis, aguardam vez outros
episódios de malversação de recursos públicos. Para ficar em apenas alguns, citemos
o mensalão mineiro, as contratações mafiosas de obras no metrô bandeirante, os
desvios fraudulentos, com a ajuda de empresas corruptas, dos fiscais desonestos
da Prefeitura de São Paulo. Não nos esqueçamos, pela mesma forma, das
irregularidades múltiplas cometidas em Goiás, Brasília e outros Estados,
coordenadas por um banqueiro de bicho que chegou a ser trancafiado na Papuda e
hoje desfruta do direito de aguardar em liberdade o andamento do processo em
que desponta como operador.
No
caso do mensalão já transitado em julgado chama a atenção também dos
observadores da cena política a maneira civilizada e serena com que foram
recebidas, pelos demais Poderes e lideranças de todas as facções partidárias,
as decisões da Justiça. A reação respeitosa de modo geral observada exprimiu
maturidade política, contando ponto em favor de nossa evolução democrática. Não
há como, também, deixar de perceber que esse comportamento comedido e prudente dos
setores políticos é inspirado, em parte, por uma certeza inabalável que todos
hoje têm. A certeza de que os desdobramentos das ações corretivas em curso na
Justiça são passiveis de apontar futuros réus nas fileiras praticamente de todas
as legendas partidárias. Não sobrará, no frigir dos ovos, para nenhuma corrente
o direito de se colocar a salvo de eventuais críticas por parte da opinião
pública em razão de condutas inadequadas produzidas por correligionários
afoitos e despreparados para o exercício da nobre atividade política.
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