Tela de João Cândido da Silva.
Parar logo com isso!
Com esse papo irreal produzido pelas minorias barulhentas, por desconhecimento
de causa ou má fé, desvinculadas do verdadeiro sentimento nacional. Fazer
cessar os ruídos do desalento, que nada tem a ver com a índole popular. Tirar
do ar os brados retumbantes do pessimismo mórbido, com seus efeitos
contaminantes parecidos com os da gripe aviária. A Nação se amofina com esse
tipo de reação.
Parar com esse chororô
anêmico, desnutrido, tão despojado de brasilidade! Derrotismo forjado em
fantasias é algo que roça as fimbrias do delírio esquizofrênico. O Brasil
inteiro, todos sabemos, esconjura a estridência baderneira volta e meia
infiltrada em manifestações populares de cunho pacifico e compreensivelmente
reivindicatório. Recomenda enfaticamente que as manifestações genuínas, fruto
saudável da pujança democrática, mercê de Deus reinante, não se estiolem em passeatas
sem rumo, sem objetivo certo, sem senso de oportunidade. Não existe crise alguma
capaz de se sobrepor ao Brasil. Nem que ela tivesse irrompido por aqui com a
mesma impetuosidade e turbulência com que se manifestou noutros países nos diversos
continentes.
Parar, repetimos, com
esse papo desagregador! O Brasil é que nem o mar. Contemplando-o, não há como
descrevê-lo com palavras alusivas apenas a ligeiros enjoos de alguma travessia
de curta duração.
Chegou a hora, nesta véspera
da grande festa mundial do futebol, de substituir esses ruídos desarmoniosos! Fazer
soar, no lugar, clarins festivos de alvorada. Providenciar ruflar majestático
de tambores. Botar pra fora todo clangor de emoções de que sejamos capazes. Despejar
nas ruas batucada de escola de samba em pleno apogeu carnavalesco, coro
cadenciado de arquibancadas para anunciar que a Copa chegou! E que a Copa é
nossa!
A proclamação – tá na
cara – reflete, naturalmente, antes de tudo mais, generoso anseio da alma das
ruas. A conquista do titulo é sonho acariciado por milhões.
Que os deuses do
futebol, que compõem de certa maneira uma espécie de torcida organizada de
nosso escrete, possam dizer, na hora em que a bola estiver rolando nos gramados,
amém às nossas preces!
Mas é preciso entender
também que a Copa não nos pertence tão somente por conta do hexa. O País
assumiu, perante o mundo, a responsabilidade de criar as condições necessárias,
do ponto de vista político, econômico, turístico, psicológico, de promover uma
competição eletrizante, de brilhantismo sem similar na história dessa paixão
universal denominada futebol. Com a colaboração de todos, os brasileiros vamos
ter que honrar esse compromisso. Esmerando na organização dos grandes
espetáculos programados. Acolhendo com carinho e hospitalidade as levas de
turistas. Contribuindo para que a imagem autêntica, verdadeira do País, de sua
gente, de suas potencialidades e virtudes, possa ser projetada lá fora em todo
esplendor, revelando ao mundo a certeza de que somos uma Nação com clara
vocação de grandeza, com inequívoca vocação conquistadora em relação ao futuro.
Uma Nação que cultiva a esperança, o humanismo como dogmas de fé no enorme
esforço despendido em favor da construção humana e de um mundo mais fraterno e igualitário.
Chegada a hora!
A Copa é nossa! Vamos mostrar
orgulhosamente, a todos, que cada brasileiro entende muito bem ser o futebol,
como lembrado na palavra de José Lins do Rego, um soberbo “agente de
confraternidade”. E, também, alardear, com justa ufania, os motivos pelos quais
nos fizemos conhecidos, nos olhares do mundo, como o “país do futebol”!
Capa do livro de Andre Rocha e Michel Costa
Ditos preciosos
Cesar Vanucci
“A aspersão da água simboliza o orvalho da graça”.
(Teólogo João Batista Libânio)
A revista
“Ecológico”, como sabido, é um esplêndido espaço consagrado à divulgação de
propostas comprometidas com o ideal da construção do bem estar social. O
criativo e infatigável Hiram Firmino, à frente de um time de craques, compõe a
cada lua cheia uma ode impecável à vida.
Na edição de
março, comemorativa do “dia mundial da água”, a publicação fez jorrar caudaloso
volume de informações valiosas com o saudável propósito de fortalecer a
consciência comunitária quanto ao papel vital da Natureza no processo da
evolução humana.
Colecionador há
tempos de mensagens que contribuam para reconectar o mundo com sua humanidade,
deleitei-me com a abundância de ditos preciosos, traduzindo naturalmente feitos
edificante dos autores, estampados nas páginas da revista.
Vejam se tenho
ou não razão em recolher para arquivo as frases lidas.
“Louco demais!”
Turistas do mundo inteiro pagam caro para ir ao Pantanal brasileiro e o que
mais eles veem ali (...) além de jacarés? As mesmas capivaras que, sob
argumentos urbanoides, tanto nos apavoram aqui. (...) A pergunta central e
ecológica que não se faz é: o que devemos fazer (e é tão pouco, cercar os
jardins do Museu de Arte (...) etc.) para ter as Capivaras conosco numa
convivência sadia?”(Hiram Firmino, na “Carta do editor”).
“Meu recado é
que governantes e empresários busquem e aceitem a visão de que a Natureza é
vida, abundancia e sabedoria” (Osvaldo Aleixo, mestre em Saneamento e Meio
Ambiente pela UFMG).
“Quando alguém
provocar irritações, pegue um copo de água, beba um pouco e conserve o resto na
boca. Não ponha fora nem a engula. Enquanto durar a tentação de responder,
deixe a água banhando a língua. Esta é a água da paz” (Chico Xavier).
“Homem – água. É
aquele fácil e comunicativo. Corrente, abordável, servidor e humano (...). É como
a água corrente e ofertante, encontradiça nos descampados de uma viagem.
Despoluída, límpida e mansa” (Cora Coralina)
“Muita gente
acha que a água brota na torneira e desaparece no ralo, como mágica. Ninguém
pensa no trabalho que é fazer chegar às casas água limpinha e recolhê-la para
que seja novamente tratada...” (Tales Heliodoro Viana, superintendente de Meio
Ambiente da Copasa).
“A
água me ensinou a delicadeza da alma humana e o impacto que sentimentos
positivos podem ter sobre o mundo” (Masaru Emoto, autor do livro “Mensagens ocultas
da água”).
“Haverá
ainda no mundo coisas tão simples e tão puras como a água bebida na concha das
mãos”? (Mario Quintana)
“Ainda
há esperança. Ela se chama informação e educação ambiental. É isso que
pretendo: fotografar e divulgar uma amostragem de realidade do planeta, onde
mais da metade (54%) da paisagem e vida natural foi destruída. Mas ainda restam
(46%) do que ele era antes (...) desde a criação” (Sebastião Salgado, fotógrafo
brasileiro de fama mundial).
“Não
podemos sacrificar a vida no altar do capital”. (...) “A vida não se prende no
egoísmo de só viver dos outros. Mostra a face generosa de ser para os outros. O
planeta está a exigir que cuidemos das pedras, das camadas geológicas, das
plantas, dos animais e dos irmãos e irmãs humanos. Sem tal cuidado, estaremos
todos fadados à morte” (Padre João
Batista Libânio, de saudosa memória, um
dos maiores teólogos brasileiros).
“Emerge
a consciência de que caminhamos para situações pesadamente inviáveis. (...)
três magnos desafios se impõem: o desequilíbrio mundial no referente às
condições de vida dos continentes e países, a instabilidade climática e a
impossibilidade de manter recursos imprescindíveis da Terra” (Padre João
Batista Libânio)
Um comentário:
Adorei o artigo " A Copa é nossa!". Super pra cima,pontual e nos devolve um pouco da alegria´de curtir o que sempre curtimos, Nossa Seleção ! mas sem culpa. Agora é hora do hexa!
parabéns! vc é incrível!
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