Convite aos amigos
Do Blog do Vanucci
Quinta-feira próxima, dia 18 (dezoito) de agosto, às 17 (dezessete) horas, na Academia Mineira de Letras, rua da Bahia, nº 1466, Lourdes, Belo Horizonte, haverá uma palestra sobre a vida e obra do grande escritor Mário Palmério, cujo centenário de nascimento está sendo celebrado. O Acadêmico José Humberto Silva Henriques, da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, será o palestrante. A promoção é coordenada pelo Acadêmico Rogério Faria Tavares, da AML. Convidamos os amigos do Blog a participarem desse evento.
MARCO ANTÔNIO PETIT
fez palestra no Fotrans
O Fotrans (Fórum Permanente de Estudos sobre Fenômenos Transcendentes) trouxe a Belo Horizonte o escritor Marco Antônio Petit, reconhecido nacionalmente como grande pesquisador na área ufológica.
Ele fez uma palestra para plateia
numerosa no sábado, dia 6 de agosto, na Fumec.
A exposição versou sobre o intrigante “caso
Varginha”. Petit autografou, na oportunidade, exemplares do livro que escreveu
a respeito do assunto.
Energia bem brasileira
Cesar
Vanucci
“Como
é que vocês conseguiram montar um espetáculo tão grandioso?”
(Pergunta de um
belga sisudo, cara de poucos amigos, a uma jovem brasileira residente há anos
em Bruxelas. Segundo a moça em depoimento para a televisão, no dia seguinte à
abertura da Olimpíada o referido cidadão, vizinho que nunca lhe havia dirigido
a palavra, sequer para cumprimentá-la, abriu-se num sorriso cúmplice ao fazer a
pergunta)
Silêncio.
Pausa prolongada e amadurecida para alentadoras reflexões. Empenho em manter
sintonizados os aparelhos de percepção pessoal nos positivos eflúvios desta
hora de revigorante encantamento. Tratemos de nos assenhorear com lucidez,
serenos e altivos, vez pra sempre, da certeza de que nossa vocação para um destino
de grandeza acha-se indesviavelmente traçada.
Nada
demais repetir a comparação feita, dias atrás, neste mesmo espaço frequentado
por condescendentes leitores. A repetição, como sublinhava Napoleão, é a melhor
retórica. O Brasil é que nem o mar. Contemplando-se o mar não há como falar
apenas dos enjoos provocados por circunstanciais travessias de curta duração.
Um
país capacitado a promover manifestação cultural tão extraordinária, com o
incomparável esplendor projetado naquele festivo momento da abertura dos Jogos
Olímpicos, não tem como se deixar emaranhar nas teias inglórias do negativismo,
da desesperança. Emudeça-se, pois, o desalento. Afugente-se a cantilena
derrotista. Um poder mais alto se alevanta. O que foi mostrado ao mundo na
abertura da “Rio 2016” não consistiu apenasmente num fulgurante espetáculo,
numa requintada proeza, nunca dantes vista na história do entretenimento
artístico. A festa que lavou a alma das ruas e encheu de orgulho cívico o
coração brasileiro foi uma afirmação cultural transcendente, de conotação
política em sua acepção mais nobre. Passou ao mundo, num visual deslumbrante,
espetacularmente belo, alegre e musical - como reconhecido nos aplausos
arrancados mundo afora -, uma poderosa mensagem social. Um recado consciente,
pleno de conteúdo humanístico e espiritual, harmonizado com os mais legítimos
anseios universais. A mensagem transmitida aos homens de boa vontade em todas
as latitudes deste planeta azul foi a de que existe uma perfeita identificação
entre as aspirações que povoam os lares brasileiros com os valores mais significativos
do processo civilizatório. No deslumbrante visual mostrado na inauguração da
Olimpíada, um entrelaçamento perfeito de poesia, cores e ritmos autenticamente
brasileiros - que faz de nosso país a fonte matricial mais rica da musicalidade
universal -, falou-se de tolerância, de respeito amplo, geral e irrestrito à Natureza,
às diversidades em todos os planos das relações humanas. Falou-se de
solidariedade social como instrumento indispensável na preservação da dignidade
e construção do bem estar comunitário. A mensagem não deixou ainda de traduzir
o sentimento positivo empregado pelo povo brasileiro ao confrontar a realidade,
mesmo quando esta se revele cruel, em consequência, como ocorre agora, de gritantes
descompassos políticos, clamorosos desvirtuamentos nas ações administrativas,
geradas por esquemas políticos perversos.
“São
coisas que a gente não consegue encontrar em nenhum outro lugar do mundo!” Foi
o comentário ouvido de um jornalista estrangeiro, revelando-se extasiado com o desfile
de imagens e o simbolismo do espetáculo no Maracanã na noite de 5 de agosto.
Ele se referiu com toda a certeza às imensas energias que os brasileiros
carregam dentro de si, com seu inconfundível jeito de ser, superando
adversidades, enfrentando vicissitudes, combatendo com firmeza a corrupção,
rechaçando propostas das lateralidades ideológicas incendiárias, celebrando
permanentemente a vida. Energias que ajudam explicar, por um lado, a estupenda
manifestação cultural cantada em verso e prosa no mundo inteiro, e que, por
outro lado, servem de inspiração a que a Nação, sempre receptiva ao progresso, possa
desvencilhar-se, o mais rapidamente possível, com sabedoria, dos aflitivos problemas
políticos deste momento, que tanto afetam a retomada do desenvolvimento
econômico e social ardentemente almejada por todos.
A
eterna comédia humana
Cesar Vanucci
“Alternância
de poder só é essencial à
democracia
quando meu adversário está no poder.”
(Do “Dicionário
eleitoral para ingênuos”, de Nirlando Beirão)
O
jornalista Nirlando Beirão, que do pai, dinâmico dirigente empresarial, herdou além
do nome a inteligência vivaz, bolou tempos atrás, vésperas de eleição, um “Dicionário
eleitoral (para ingênuos)”. O dicionário enfeixa saborosas interpretações da
semântica predominante em campanhas políticas. O texto, de requintada
mordacidade, estampado na apreciada revista “CartaCapital”, configura capítulo
bem humorado da infinita comédia humana.
Cada trecho projeta personagens e situações bastante manjadas da história
política escrita todos os dias. A situação política, se já não fosse pela
proximidade de mais uma estimulante pugna eleitoral, confere ensancha
oportunosa à divulgação de alguns conceitos e informações transmitidos no
trabalho, naturalmente adaptados para o espaço desta singela crônica.
A
“alternância do poder” – eis aqui frisante resumo do trabalho - só é essencial
à democracia quando o adversário está no poder. Alternância só se faz
necessária, por conseguinte, quando se está fora do poder. Caso contrário,
atrapalha pacas o aperfeiçoamento da democracia...
A
propósito do “aparelhamento do Estado”, é sublinhado que os adversários
costumam nomear apaniguados. “Nós”, pelo contrário, valemo-nos sempre, num
preenchimento de cargos, dos melhores quadros técnicos, gente de bem, de
notório saber e reputação ilibada. Se, porventura, alguém por nós nomeado for
pego com a “mão na cumbuca”, espera lá, isso não passa de equívoco a ser
futuramente esclarecido. Ou caso de cooptação estimulado pelo clima corrupto
instaurado, naturalmente, pelos adversários...
No
tocante à “corrupção”, fica claro que são os outros que a praticam de forma
perene. Trata-se de prática entranhada nos governos... dos outros.
Infelizmente, a corrupção às vezes ganha fatos comprovados, nomes ilustres de gente
do nosso lado. É bom ficar sabendo, nessa hipótese, que há corruptos e
corruptos. Os dos partidos adversários expõem uma maquinação coletiva, um
assalto aos cofres públicos. Já os nossos representam incidentes isolados, sem
qualquer relação com as práticas e princípios de nossa imaculada agremiação...
No
que concerne a “coligações e governabilidade”, o registro constante do
dicionário pode ser assim sintetizado: seu partido, no poder ou em disputa
eleitoral, consegue seduzir legendas de aluguel visando teia de alianças
convenientes para garantir a governabilidade ou engrossar o tempo no horário
eleitoral gratuito? Parabéns, você é uma figura de arguta sensibilidade
política, negociador de fino trato. Seu adversário fez o mesmo? Ponha a boca no
trombone. Denuncie a falta de escrúpulos, a atroz barganha de princípios por
conveniências mesquinhas, da honradez pela ambição...
Diante
das “crises internacionais”, o comportamento usual dos políticos é explicado
assim, resumidamente, no estudo: as crises servem de justificativa para
governos amigos. Se as coisas andam mal, a culpa deve ser imputada ao cenário
externo. Inverte-se a lógica no caso dos adversários, obviamente. Se a gestão
adversária vai bem, as condições internacionais a favoreceram. Caso se saia
mal, é resultado exclusivo da incompetência do detentor do poder...
O
assim chamado “choque de gestão” é traduzido no estudo por medidas desse teor:
corte de salários, demissões em massa, diminuição do investimento público, tudo
com base na marota teoria de que o Estado mínimo é Estado eficiente. O verbete
nada fala do “déficit zero”, umbilicalmente ligado ao “choque de gestão” que,
aqui pelas bandas das Gerais, como sabido e notório, desembocou num déficit nas
contas públicas de apenas 80 bilhões...
No
item sobre “marqueteiros” é enfatizado que se deve atribuir à sua ação
mistificadora o sucesso do adversário em eventuais pesquisas de intenção de
votos. A marquetagem praticada em nossas hostes, naturalmente dentro de
princípios éticos, não utiliza técnicas artificiais de persuasão ou maquiagem
mercadológica...
E,
pra finalizar este artigo, mais um registro resumido de um dos itens arrolados
no dicionário composto pelo talento do Beirão. “Deus”: todos os candidatos
dizem ter fé. Os mais fervorosos são aqueles que não acreditam.
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