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AOS AMIGOS DO BLOG
Ouro para o Brasil
Cesar
Vanucci
“Somos o povo mais sensato e inteligente do
mundo”.
(Alberto
Torres, jornalista, advogado, político, pensador social)
Cuidemos de celebrar. Muito bem celebrado. Festa
genuinamente brasileira, feita de cadências, cores e musicalidade enfeitiçantes,
com arrebatantes mensagens de conteúdo humanístico, desenrolada em clima de
solidariedade social contagiante, nunca dantes percebido em promoções do gênero,
esmerada na organização e competente na performance técnica, os Jogos Olímpicos
recém realizados encheram o mundo inteiro de encantamento. Na classificação
geral das ruas, o Brasil fez jus a ouro. Com louvor.
Extasiadas com o que contemplaram ao vivo e em
cores, numa cobertura televisiva impecável, complementada por noticiário
impresso ágil e vibrante, vozes numerosas das multidões perguntam-se como se
fez possível, num país dessa colossal dimensão, envolvido em graves questões
políticas e institucionais, com clamorosos problemas de vulnerabilidade social,
a concretização de uma proeza da magnitude destes Jogos Olímpicos, bem
concebidos no formato e melhor ainda na execução?
A resposta, ou melhor as respostas a tal
indagação só pode(m) ser dada(s) por quem conheça a alma brasileira. Muitos têm
sido ao longo dos anos os equívocos cometidos nas tentativas de interpretação
das coisas, dos hábitos e dos sentimentos da gente brasileira. Por despreparo,
descuido, desinformação, de quando em vez até por excesso de ingenuidade e
má-fé, propagam-se versões falsas sobre o nosso jeito de ser. Acusam-nos de ser
o “país do jeitinho”, de não sabermos votar, por aí... Não é incomum ler-se e
ouvir-se – e não apenas como simplório registro anedótico – que ao colocar em
prática o projeto da criação, a Suprema Divindade entendeu caprichosamente de
estabelecer um paradoxo crucial: povoar o território mais dadivoso do planeta
com o pessoal menos provido de capacidade para administrá-lo. Há quem, lá fora
e também aqui dentro, leve a sério esse tremendo disparate. Armados de
preconceitos, contaminados por incontornável “complexo vira-lata”, surgem com
frequência, aos magotes, “especialistas” em previsões agourentas e derrotistas
sobre tudo aquilo que signifique esforço criativo, trabalho persistente e
engenhoso das forças produtivas nacionais na conquista de patamares mais
elevados na escalada do desenvolvimento social, cultural e econômico. São caras
que conseguem semear alguma confusão no espírito das criaturas desavisadas. Seus
posicionamentos distorcidos colocam-se em frontal desacordo com o ponto de
vista de eminentes pensadores.
Alberto Torres, por exemplo, defendia com ardor, acima
disso com fervor, que “somos (os brasileiros) o povo mais sensato e inteligente
do mundo”. Tese referendada com entusiasmo por sociólogos e antropólogos
respeitados, entre outros, Darcy Ribeiro, Gilberto Freire, Roberto DaMata,
Sérgio Buarque. O não brasileiro Stefan Zweig falava coisas semelhantes.
O Brasil é um país aberto ao novo e às mudanças,
mesmo em momentos adversos. Aprendeu a
confrontar a realidade com sentimento positivo, como reconhece, Domênico de
Masi, sociólogo italiano, autor de trabalho (“O futuro chegou”) onde são apontados
modelos de vida para a sociedade humana. Há poucos anos – é o próprio Domênico que
conta -, pesquisa levada a efeito pela OCA (Organização de Conhecimentos
Associados), de São Paulo, entrevistando meia centena de personalidades de efetiva
influência no processo cultural brasileiro, ofereceu dados consistentes reveladores
da insofreável vocação brasileira para empreender transformações sociais com
respeito às diversidades comportamentais. A conclusão da pesquisa apontou
valores básicos profundamente arraigados na conduta nacional. Eles representam
fiel retrato do brasileiro. Tratemos de anotar estes traços característicos de
nossa sociedade: “o ritmo, a sensualidade sem complexos, a festividade, a
exaltação das cores e dos sabores, a intercultura, a capacidade de copiar e de
inventar.” E mais: “o brasileiro é informal, trabalha em mangas de camisa e
sabe operar em grupo, é fluído nos seus processos de decisão, não tem
preconceitos ideológicos, aprende fazendo, tende a conjugar o trabalho com o divertimento,
presta serviços de modo atento, afável e afetuoso.”
Os conceitos humanísticos proclamados e os
valores morais projetados acima concorrem para que se possa responder com
adequação às perguntas feitas pelos que se assombraram com a capacidade brasileira
de promover o evento. Boa parte deles inteirou-se desta verdade: com toda
certeza, nenhum outro país do mundo, convivendo com a carga pesada dos
problemas circunstanciais que ora nos afligem, saberia responder de forma tão
satisfatória, em termos rigorosamente pacíficos, sem sobressaltos e sem
contundências eventualmente produzidos pelas paixões e divergências políticas, aos
desafios da colossal empreitada olímpica.
Denúncia chocante de uma Prêmio Nobel
Cesar Vanucci
"A aids é uma arma biológica."
(Wangari Maathai, Nobel da Paz 2004)
Tempos atrás, a queniana Wangari Maathai, ganhadora
do Nobel da Paz, deu voz a uma suspeita aterrorizante. É bem verdade que, antes
dela, outros personagens, não favorecidos pela intensa projeção mundial que o dignificante
título naturalmente confere, andaram dizendo coisas assemelhadas. Não conseguiram,
evidentemente, assegurar a mesma repercussão alcançada por Wangari, embora os objetivos
almejados pela autora da denúncia, propondo abertura de um debate a respeito,
não houvessem surtido qualquer efeito prático. Ultrapassado o impacto dos
primeiros momentos, estabeleceu-se silêncio de tumba etrusca em torno das
contundentes palavras proferidas.
Cuidemos de relembrar o que Maathai afirmou, sem
rebuços, apoderada de abrasadora convicção. A aids é uma arma biológica. Foi
criada por cientistas malucos em laboratórios comprometidos com atividades bélicas.
Textualmente: "Alguns dizem que essa enfermidade veio dos macacos, mas eu
duvido. Vivemos com os macacos desde tempos imemoriais. Na verdade, o vírus foi
criado por cientistas para guerra biológica. Por que há tantos segredos sobre a
aids? Isso me traz muitos questionamentos."
A ganhadora do Nobel não deixou por menos: o HIV
foi concebido por “êmulos” do “dr. Silvana” por encomenda da indústria
armamentista com a finalidade de controlar a população do continente africano.
Até parece que Wangari andou lendo o "Presidente Negro", romance de
Monteiro Lobato, absorvendo um pouco da espantosa história do "conserto do
mundo pela eugenia", ali descrita numa brincadeira literária de talento.
Junto com a doença, admitiu ainda a valorosa mulher, existem setores empenhados
em disseminar a crença, de fácil assimilação nas camadas despolitizadas, de que
a aids é uma “maldição divina”. Foi “enviada” pelos céus como expiação para
pecados... "Nós, negros da África, estamos morrendo mais de aids do que os
outros povos do planeta", acentua Wangari Maathai, embasando a assertiva
em estatísticas da Organização das Nações Unidas onde se proclama estarem
localizados naquele continente oitenta
por cento dos portadores do vírus. Aliás, os números da Organização Mundial de
Saúde dão conta de que no citado pedaço do mundo - às vezes, esquecido até por
Deus -, grassa não uma epidemia, mas uma pandemia avassaladora, que aniquila
vidas de forma impiedosa e gera perspectivas catastróficas em não poucos
lugares.
Seja relembrado que a fala da queniana não é
solitária na estarrecedora denúncia. Numerosas têm sido, desde o aparecimento
da enfermidade, as pessoas que admitem a tese apontada como veraz para definir
a origem da doença. Os graves questionamentos levantados não perderam até hoje
atualidade, sem que a comunidade científica se revele receptiva a promover um
debate mais amplo em torno da tormentosa questão. O setor fecha-se em copas. Dá
por liquidada a fatura, ou seja, não abre mão da afirmação de que o vírus
provém do macaco. Não se deixa, jeito maneira, sensibilizar pelas alegações de
que a promiscuidade sexual, detectada em tantos outros momentos do processo
civilizatório, jamais deu causa, no passado remoto ou mais próximo de nossos
dias, a qualquer manifestação de enfermidade que lembre de leve esse devastador
mal dos tempos modernos.
A mídia, a seu turno, parece, também, ter pressa em
dar o assunto por encerrado. Uma revista alemã, de grande tiragem, andou
sustentando há tempos, a teoria de que a aids teria brotado em laboratório especializado
na fabricação de produtos para guerra bacteriológica. Escapuliu ao controle, ou
foi intencionalmente introduzida em agrupamentos sexuais e raciais previamente
"selecionados", numa monstruosa maquinação de cérebros doentios. Mas
a avaliação do problema, por esse prisma terrível, denunciado pela publicação,
não passou daí.
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