(Esta ilustração foi colhida no Google)
A saga Landell Moura
Cesar Vanucci
“O que Landell
descobriu (...) é o que na quase totalidade se sabe na atualidade.”
(Vânia Maria Abatte, do “Nucleo de Pesquisas Landell Moura)
Damos continuidade agora à narrativa
sobre a vida e obra de Roberto Landell de Moura, genial inventor brasileiro,
primeiro cientista a fotografar comprovadamente a aura humana utilizando
aparelho que concebeu, avançadíssimo para sua época. Detentor de vasto
conhecimento a respeito de gama considerável de temas científicos, o padre
gaúcho entranhou-se com a homeopatia, psicologia e os chamados fenômenos
transcendentes, manifestações mediúnicas inclusas, abordando-os pelo prisma
científico.
Visando propagar a técnica
terapêutica referida, contribuiu decisivamente para a implantação de
instituições superiores de ensino, uma no Rio de Janeiro e outra em Porto
Alegre, ligadas à corrente da medicina homeopática. Na inauguração da escola
gaúcha, impressionando vivamente as pessoas presentes, discorreu sobre as diferentes
modalidades de assistência à saúde colocadas ao dispor do ser humano. Explicou,
didática e eruditamente, com pleno domínio do tema, amparado nos conceitos
hipocráticos, as características essenciais dos tratamentos médicos
proporcionados pela alopatia e pela homeopatia. A imprensa divulgou amplamente o
fato.
Landell denominou de “perianto” ao
que acabou ficando conhecido como “aura”, ao comunicar a existência desse campo
energético sutil que circunda permanentemente os seres vivos. Seja anotado,
outra vez, que muitos anos transcorreram, após suas precursoras pesquisas, até
que o cientista russo Semyon Davidovich Kirlian pudesse anunciar haver
detectado, em laboratório, o mesmo fluido energético, batizando-o de “efeito
Kirlian”. Nessas experiências vanguardeiras, produzidas com aparelho denominado
“Spiricon”, Landell incorporou aos registros da ciência a descrição da aura a
seguir reproduzida. “Todo o corpo humano está como que envolvido de um elemento
de forma vaporosa, mais ou menos densa, segundo a natureza ou o estado do
individuo ou ambiente em que ele se ache. Esse elemento, quando adquire uma
tensão capaz de vencer obstáculos que se opõem à sua expansão, escoa do corpo
humano sob a forma de descargas disruptivas ou silenciosas, tal qual sucede com
a eletricidade. E os fenômenos que nessas ocasiões se dão têm muita analogia
com os elétricos estáticos e dinâmicos, com relação aos outros corpos
semelhantes. Pelo que cheguei à conclusão de que se trata de um fenômeno que
constitui uma variedade dos fenômenos produzidos pela eletricidade ou pela
causa da eletricidade, do calor, da luz etc.”
Os cadernos de anotações do padre falam
dessas experiências específicas. Referem-se às fotografias da aura então
obtidas. As imagens têm por foco os dedos das mãos do próprio Landell e o corpo
de um animal de pequeno porte. Professora do “Núcleo de Pesquisas e Estudos
Landell de Moura”, Vânia Maria Abatte assinala, conforme consta da Wikipédia, a
seguinte informação: “O que Landell descobriu com relação ao “perianto”, ou
então energia sutil, é o que quase na totalidade se sabe na atualidade sobre o
assunto”. Ressalte-se, novamente, que as revelações do cientista e sacerdote brasileiro
antecedem em praticamente um século - ora, veja, pois! - a recente “descoberta”
da existência da aura. Anunciado agora em novembro, por conceituados
pesquisadores da Universidade de Stanford, Estados Unidos, o estudo a propósito
da momentosa questão alcançou ampla e compreensível repercussão nos círculos
científicos internacionais.
Chegando a este ponto de nossa
narrativa, não resistimos à tentação de entregar à reflexão do leitor uma
observação danada de instigante, suscitada pelo pioneirismo (não oficialmente
reconhecido) de Landell. Não são incomuns, no palco da história, enredos que
possam ser descritos da forma estampada na sequência. Escalando as íngremes
encostas montanhosas do conhecimento, ao cabo de extenuante e meritório esforço,
cientistas renomados atingem, exultantes, uma clareira que lhes permite dar por
finda a busca relevante em que se acham empenhados. Colocando atenção mais
aguda, entretanto, nas coisas enxergadas ao derredor, acabam se dando conta, talvez
um tanto desconcertados, com claros vestígios da passagem, bem antes, pelas
mesmíssimas paragens, de adeptos da sabedoria transcendente, de inspiração
quase sempre mística.
A saga Landell Moura abarca, na real
extensão dos fatos históricos levantados em investigações promovidas por órgãos
consagrados a resgatarem a memória do padre-inventor , um punhado de
expressivas contribuições do notável personagem à causa da expansão da
consciência humana e do conhecimento científico e tecnológico. Renderá, por
conseguinte, naturalmente, mais relatos
Uma magnífica publicação
Os jornalistas Ricardo Camargos e Virgínia Castro reuniram meia centena de especialistas na arte culinária e jornalistas que já assinaram ou assinam trabalhos referentes a essa temática para a elaboração de uma magnífica publicação. Trata-se do livro-documentário "O sabor das letras", uma sugestiva sequência de receitas e de casos, editado pelas entidades do Sistema Fecomércio. O ato de lançamento do livro, altamente prestigiado, aconteceu no Senac no último dia 7 de dezembro. Duas das crônicas divulgadas são de autoria deste escriba.
As fotos da cerimônia abaixo reproduzidas foram enviadas por Virgínia Castro.
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