O
musical “Olé!” e o programa “Percepção”
Cesar
Vanucci
“A
música é como pão –
elementar
e santa, e é de todos.”
(Tristão da Cunha)
●
A praça Duque de Caxias, em Santa Tereza, charmosa referência na paisagem
artística da capital das Gerais, foi o ponto de convergência popular escolhido
para “fecho de ouro” (como era de bom tom dizer-se em tempos de antigamente) da
triunfal temporada do espetáculo musical “Olé! É sempre tempo de música”. A
multidão que no sábado, 13 de maio, acorreu ao show ao ar livre, gratuito,
patrocinado pelo “Olé Consignado” (empresa ligada ao Santander) e Ministério da
Cidadania, foi brindada com um recital de invulgar esplendor. Arrebatante, numa
definição curta e fiel.
É
bastante razoável a presunção de que, nas demais capitais brasileiras onde
anteriormente ocorreu a encenação, o musical haja arrancado dos espectadores a
mesma estrondosa ovação anotada em plagas belorizontinas. O que rolou no palco,
em curso de tempo superior a duas horas, por obra e engenhosidade de um senhor
time de cantores, músicos, dançarinos, fez do espaçoso logradouro uma feérica
explosão de emoções e alegria genuínas. Maviosa sincronia se estabeleceu entre
o festivo alarido do lado de fora e os eletrizantes sons da ribalta brotados
das vozes, instrumentos e coreografia primorosos dos criativos intérpretes. O
que se viu, em suma, foi uma amostra de impecável integração entre artistas e
público.
É
hora, a esta altura, de declinar os nomes dos figurantes do elenco responsável
pela aplaudida façanha. Eduardo Dussek, com a voz em plena forma e toda aquela
bossa que lhe assegura lugar marcante na constelação artística, despontou como
figura central na representação. O “Caffeine Trio”, integrado por Carô Rennó,
Renata Vanucci e Sylvia Klein (conjunto que em excursão recente encantou
plateias alemãs), Mylena Jardim, Adriana, Marcelo Veronez, Marcelo Ricardo e
Barulhista, com o concurso da MG Big Band, sob a regência do maestro Marcelo
Ramos, conduziram sequência de interpretações abrangendo sucessos inesquecíveis
da MPB e da música internacional dos anos 60 a 90. Na apresentação de clássicos
do cancioneiro popular, contaram com apoio de enorme coral improvisado da
galera presente, composta de gente de todas as faixas etárias. A ficha técnica
do show revela que Ray Ribeiro, Marisa M. Coelho e a Pólobh idealizaram o
“Olé!”. Chico de Paula e Lilian Nunes cuidaram do roteiro e direção, com
consultoria musical de Kiko Ferreira. Excepcional a logística técnica montada.
A
audição musical atestou, com exuberância, outra vez mais, a relevância de que
se reveste para a vida artística a lei de incentivo à cultura, utilizada pelos
promotores do evento. A presença na praça de câmeras de televisão deu guarida à
expectativa de que o espetáculo possa ter sido inteiramente filmado, com
possibilidade talvez de vir a ser projetado na telinha. Será uma boa.
●
Trinta e seis episódios, dos mais de 50 produzidos na primeira temporada do
programa “Percepção”, já foram trazidos à apreciação do público via “YouTube”.
“Percepção”, como já explicado ao distinto leitorado deste desajeitado escriba,
é uma sequência de histórias ligadas à chamada temática transcendente. Ou seja,
o “Realismo Fantástico”, expressão bolada pelos pensadores Louis Pauwels e
Jacques Bergier, autores dessa obra prima intitulada “O despertar dos mágicos”.
Quem se der ao trabalho de clicar no “YouTube” “Percepção – um programa Cesar
Vanucci”, irá se deparar com narrativas e depoimentos voltados para a abordagem
de assuntos instigantes, insólitos, curiosos, muitos deles na linha dos
fenômenos inexplicáveis que rondam a trajetória humana.
A
titulação dos episódios já colocados no ar é reveladora do conteúdo. Vamos lá:
Predições fantásticas; Recomendação profética de Chico Xavier; Ana Elizabeth
Diniz, porta-voz do esoterismo; Pedro Serra fala ufologia como ciência; Uma
santa criatura chamada Maria da Glória; Os contatos extrassensoriais de Heloisa
Maria Altavilla; Um vaticínio espantoso; Marilena Simões e a linguagem das
cartas; Heros Campos Jardim e as investigações do Cicoani (Centro de
Investigação Civil de Objetos Aéreos não identificados); Luminosidade e treva,
segundo Sai Baba; Marli Medeiros e a Brahma Kumaris; Orestes Debossan Junior e
as energias sutis, a terapia psicotronica, e o livro “A Física Quântica e o
Poder da Oração”; Revelações impressionantes sobre o lado místico de Guimarães
Rosa; Maria Ângela Vaz de Melo e o Realismo Fantástico; Jacques França, o Projeto
Rama e a Terapia Regressiva; A Pesquisa Ufológica segundo Marco Antônio
Maldonado; Cláudio Carone e o Santuário Místico do Roncador; Intrigantes
Sincronicidades; As investigações sobre discos voadores empreendidas por Albert
Eduardo.
A
cada quarta-feira um episódio inédito em “Percepção”.
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