Assim
falou Célia Laborne Tavares
Cesar Vanucci
“Célia viaja no amor em sua plenitude.”
(Acadêmica
e poeta Yeda Prates Bernis)
Do
alto de ricas vivências espirituais, projetadas já em 94 anos de infatigável
labor intelectual, Célia Laborne Tavares brinda o público ledor de paladar
requintado com o relançamento de um livro primoroso. “O Quinto Lotus”, como
magistralmente pontua a poeta e acadêmica Yeda Prates Bernis, é “uma das
expressões mais fortes do seu espírito, trazendo consigo seu rico mundo
interior conquistado em momentos especiais em que o amor sempre prevalece ao
encontrar-se com o Divino”. Na introdução da obra é explicado o significado
simbólico do título. Os Lótus representam o que pode ser denominado centros de
energia. O quinto lótus corresponde ao centro da garganta. Quando se abre,
permite o desabrochar do “interesse pela luz divina”, concedendo às pessoas a
deleitosa sensação de um contato mais aprofundado com a sua própria essência
interna.
Por
décadas a fio, inicialmente no extinto “Diário de Minas” e, posteriormente, em
o “Estado de Minas”, Célia Laborne Tavares, dona de invejável fluência verbal,
divulgando mensagens impregnadas de humanismo e espiritualidade, participou
ativa e intimamente, conforme avaliação da magnífica Lúcia Machado de Almeida,
registrada no ano de 1972, “da misteriosa engrenagem cósmica, como parte dela
integrante.” Procurou sempre, continuando a fazê-lo ainda nos dias de hoje, em
afã criativo que não esmorece, a interpretar com amorosidade e sabedoria, de
modo a que possam beneficiar as pessoas na vida cotidiana, as lições
transcendentes da poética, posto que por vezes conturbada, aventura humana.
Provêem daí os conceitos admiráveis que desfilam na publicação de 100 páginas
entregue na sessão de autógrafos no dia 28 de setembro passado, ato que reuniu
à volta da autora, em clima de justificável louvação pelo papel que ocupa na
cena da inteligência, grupo de admiradores altamente representativos da cultura
mineira.
Conceitos
que temos a satisfação de reproduzir na sequência. “Há uma mensagem imensa
pairando sobre todos, no caminho da fraternidade, da concórdia, da igualdade,
da solução dos conflitos. Ecoa em cada ponto da terra a voz da justiça, da
humanidade, do amor”.
“Amigo,
o dia é de luta e não de desespero, a hora de procura e não de renúncia às
respostas que já estão chegando. Basta parar, um instante, no silêncio e
começar a ouvi-las. Basta identificar-se com elas sem muitos comos e porquês.”
“Não
é tempo de flores, mas as flores estão guardadas para quando a hora chegar.
Deixa que também de tuas mãos brotem violetas e que teus olhos respondam às
estrelas. Muitos necessitam de ajuda nesses dias rudes, muitos aguardam tuas
menores respostas, como marco do início do caminho.”
“Estamos
num tempo de experiências, que começam na terra e se perdem entre os astros;
estamos no inicio de percepções que procuram aflorar-se em cada silêncio, para
que o sentido da vida penetre em todos e em tudo. É hora de se inteirar das
origens que fazem da vida a grande comunhão.”
“Neste
tempo fértil de oferendas claras, temos as mãos repletas de dádivas, e
distribuí-las é o ritual mais belo que nos foi proposto. Muitos permanecem,
ainda, no cotidiano de incertezas e nesse amanhecer violento, eles não
conseguem captar o perfume novo que envolve a terra. Por isso, as palavras vêm
para amenizá-los.”
Vê-se,
pois, que da sabedoria e sensibilidade da prosadora e poeta Célia Laborne
Tavares brotam lições de permanente atualidade. Frutos, como se diz no
Evangelho, que permanecem.
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