sexta-feira, 27 de dezembro de 2019


Natal nas vozes dos trovadores

Cesar Vanucci

“Não tendo Cristo por centro, / torna-se festa banal: / Quem não renasce por dentro / não comemora o Natal!
(Lacy José Raymundi)

A celebração natalina deste ano na Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais correu por conta dos poetas. Em concorrida assembleia, de envolvente conteúdo humanístico, entremeada de belas interpretações musicais, os acadêmicos se revezaram na tribuna narrando sugestivos casos, declamando poemas e trovas, comentando candentes temas da atualidade tomando como mote a mensagem de fraternidade que a data máxima da cristandade inspira.

A programação cumprida, sob a competente coordenação das acadêmicas Maria Armanda Capelão, Maria Inês Chaves de Andrade e Tânia Mara Costa Leite, contou com participação ativa, entre outros, dos acadêmicos Elizabeth Rennó, Luiz Carlos Abritta, Auxiliadora de Carvalho e Lago, João Quintino, Maria Inês Marreco, Marilene Guzzela, José Alberto Barreto, Ângela Togeiro, Andrea Donadon Leal, Benedito Donadon Leal, Francisco Vieira Chagas, Gabriel Bicalho, Lucilia Cândida Sobrinho, Ismaília de Moura Nunes, Almira Guaracy Rebelo, Marzo Sette Torres, Altair Pinho, Sidnéia Nunes Guimarães e Maria de Lourdes Rabelo Villares. Exemplares de publicações contendo poemas e crônicas alusivos ao tema da comemoração, de autoria de associados da Amulmig, foram oferecidos aos presentes no andamento da calorosa confraternização transcorrida na Casa de São Francisco de Assis, também conhecida por Casa de JK.

As trovas natalinas vindas na sequência foram selecionadas por Luiz Carlos Abritta, presidente emérito da instituição, para leitura durante os trabalhos. Reproduzo-as aqui como um brinde aos leitores, ao desejar-lhes um Feliz Natal, cheio de amor e de paz.

- Foi na tal estrebaria,/simples, mas cheia de luz,/que nossa doce Maria/teve seu filho Jesus. (Luiz Carlos Abritta)

- Uma estrela, cintilando,/pára, junto à estrebaria./Maria reza chorando,/enquanto Jesus sorria. (Maria Natalina Jardim)

- No presépio natalino,/Mãe Maria e São José/contemplam Jesus Menino,/orando plenos de fé. (Conceição Piló)

- Vista o manto que lhe cobre/neste Natal, meu Jesus,/em toda criança pobre/e encha seu mundo de Luz! (Ivone Taglialegna Prado)

- De barro, um presépio lindo:/Maria de Nazaré/e um meigo Jesus dormindo/no colo de São José. (Conceição Almeida)

- Foge de mim a esperança/da estrela que apaga a luz,/ao lembrar que uma criança/tem, no destino, uma cruz! (Maria Dolores Paixão Lopes)

- Ao doce planger do sino,/na alegria triunfal,/recebamos Deus-Menino/nestas festas de Natal. (Felisbino Cassimiro Ribeiro)

- Vendo o mundo se prender/nas teias da insegurança,/o Natal nos vem trazer/o milagre da esperança! (Almira Guaracy Rebêlo)

- Com seu infinito amor,/o grande Deus me proteja./E que o Natal do Senhor/faça, de mim, Templo e Igreja. (Célia Maria Barbosa Rodrigues)

- Aproxima-se o Natal./Tocam sinos. Quanta luz!/Em cada lar há sinal/da presença de Jesus! (Edmilson Ferreira Macedo)

- A maior festa do mundo,/de âmbito universal,/tem um sentido profundo/nos festejos de Natal. (Geraldo Tavares Simões)

- Meu Natal não tem presente,/ceia farta, cores, luz.../Meu Natal é diferente:/meu Natal só tem Jesus. (João Quintino da Silva)

- As coisas simples, modestas,/encerram saber profundo./Nasceu sem plumas e festas/o maior Homem do mundo. (Lucy Sother Rocha)

- Belo Natal se aproxima,/vem trazendo ao mundo a Luz./Sigo, olhando para cima,/o Evangelho de Jesus. (Auxiliadora de Carvalho e Lago)

- Surge, ao longo dos meus dias,/Natal em cada segundo,/quando misturo alegrias/na esperança do meu mundo. (Rosa de Souza Soares)

- Que esta data abençoada/- é um desejo verdadeiro -/fique em nossa alma gravada,/seja Natal o ano inteiro! (Thereza Costa Val)

- Se todo o povo, irmanado,/em Cristianismo real,/amasse o irmão desprezado.../Seria sempre Natal! (Conceição Parreiras Abritta)

- Natal! Tantos já partiram,/deixando em silêncio a sala.../Quietos velhinhos suspiram,/só a saudade é quem fala. (Eva Reis)

- Estamos, Maria e eu,/comunicando a vocês:/nosso Menino nasceu./Nós, agora... somos três. (Lucy Sother Rocha)

- Papai Noel, vê se faz/do Natal um baluarte:/erga a “Bandeira da Paz”,/gravando “AMOR” no estandarte! (Ivone Taglialegna Prado)

- Natal trouxe vida nova/aos homens... novo destino,/a esperança se renova/junto ao berço de um Menino. (Zeni de Barros Lana)

- Diante o presépio, encantado,/vendo Jesus que dormia,/um menino, esfarrapado,/embevecido, sorria. (Conceição Parreiras Abritta)

- Um desejo verdadeiro/haja, entre nós, afinal:/ter no peito, o ano inteiro,/sentimento de Natal! (Thereza Costa Val).

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