Meio
ambiente, Queiroz, mídia, comparações
Cesar Vanucci
“Amazônia
tem 14º mês seguido de alta de desmatamento”.
(Dado divulgado pelo
INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
· O “tropel desabalado
da boiada passando”, incentivado pela equivocada política ambientalista
oficial, provocando críticas e protestos generalizados, aqui dentro e lá fora,
alarmou as lideranças empresariais brasileiras. Percebendo que, além das
consequências ambientais irreparáveis, causadas pela devastação florestal e
outras formas de agressão à Natureza, o país pode se ver às voltas com reações
extremamente danosas às atividades econômicas, notadamente na faixa das exportações,
dirigentes de organizações com peso considerável no PIB resolveram tornar
público veemente apelo ao governo. Reivindicam, enfaticamente, seja feita
ajuizada correção de rumos no processo de preservação do meio ambiente, com
atenção centrada, obviamente, no que anda acontecendo de negativo na Amazônia,
no Pantanal, na Mata Atlântica, no Cerrado e noutras paragens do exuberante patrimônio
natural deste país continental. Os dirigentes empresariais obtiveram, ao que se
ficou sabendo, compromisso formal, dos setores governamentais competentes, de
que serão adotadas, daqui pra frente, todas as providências necessárias para a
contenção das desabridas ações em curso. Oxalá tudo transcorra conforme o
combinado. É o que pede o interesse nacional!
· O alongado “chá de
sumiço” do ex-assessor parlamentar, policial aposentado suscitou pergunta
infindável número de vezes formulada por aí afora: “cadê o Queiroz?”
Transitando diante do palácio do governo em Brasília, um motociclista lançou a
pergunta. A resposta dada, por personagem da mais alta graduação do Poder, em
estilo bem característico, foi de que o Queiroz estava com a mãe dele, o
motociclista.
Mas,
não, como restou comprovado, o Queiroz não estava com a mãe do motociclista.
Estava – isso mesmo! –, escondidinho da silva, numa mansão em Atibaia, cidade
que tem aparecido com singular frequência no noticiário político-policial. A
residência aludida pertence ao advogado do filho senador do Presidente
Bolsonaro. O ilustre causídico dono do imóvel, instado a esclarecer o fato,
sustentou, candidamente, não fazer a menor ideia de como ele, Queiroz, fôra
parar ali. A prisão do ex-assessor parlamentar decorreu de indiciamento por
causa da chamada “rachadinha”. Ele é também apontado como suspeito de integrar
a falange de milicianos que opera, desembaraçadamente, em vastas áreas da
antiga cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro. A detenção em
presídio foi convertida, posteriormente, em prisão domiciliar, aplicada igualmente
a sua esposa. A decisão da Justiça, no tocante à cara metade, vem sendo
criticada, devido à circunstância de ter sido tomada antes mesmo que a mesma,
foragida, houvesse sido localizada pelos agentes da lei, ou se entregado.
Esse
Queiroz ainda vai dar muito o que falar, podes crer! Sobretudo se resolver
falar.
· O “ensurdecedor”
silêncio midiático à volta da sanguinolenta guerra civil na Síria, das ações
sinistras dos terroristas islâmicos (que deslocaram para terras d’África o foco
de suas tenebrosas façanhas), da crise venezuelana em suas múltiplas facetas, é
de molde a esquentar a mufa de quem acompanha e analisa as peripécias que rolam
na política internacional. Até bem recentemente, todos esses assuntos rendiam,
dia sim, outro também, estardalhantes manchetes. Agora, muita gente se pergunta,
entre confusa e desconfiada, que manobras, artimanhas, artifícios cavilosos são
esses de que se valem, volta e meia, os “donos do mundo”, os estrategistas da
geopolítica para colocar ou retirar dos holofotes, na hora em que bem entendem,
a seu bel prazer, essas e muitas outras questões momentosas e contundentes,
capazes de acenderem debates acalorados no seio da opinião pública? Quem puder que
trate de explicar o porquê disso tudo...
· A recente sequência de
artigos estampada neste acolhedor espaço, alusiva a JK e sua portentosa obra,
ensejou comparação entre os tempos dourados da atuação governamental do grande
estadista e os dias tristonhos da atualidade político-administrativa. A lista
de nomes vinda a seguir, englobando alguns entre vários personagens políticos,
de diferentes tendências, que acusaram presença destacada na cena pública naquele
significativo período da história brasileira, estimula, pela mesma forma,
sugestivas comparações. É só botar tento na lista: Israel Pinheiro, Afonso
Arinos de Melo Franco, Santhiago Dantas, Milton Campos, Tancredo Neves, Pedro
Aleixo, Leonel Brizola, Carvalho Pinto, Carlos Lacerda, Paulo Pinheiro Chagas,
Henrique Lott, Eduardo Gomes, Negrão de Lima, Juarez Távora, Gustavo Capanema,
Octávio Mangabeira, Aliomar Baleeiro.
Um comentário:
Caro César, meus cumprimentos pela brilhante colaboração sobre os fatos presentes no nosso cotidiano.
Abraço,
Mário Barros
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