sábado, 26 de junho de 2021

 

Meio milhão

 

Cesar Vanucci

 

“Vacina no braço, comida no prato”.

(Dizeres de faixa exibida em manifestações populares,

lamentando o número de mortes pela Covid-19)

 

Nascida de corações angustiados, uma pergunta é ouvida em todos os quadrantes do continente brasileiro. Até quando? A dilacerante interrogação vem carregada de assombro e indignação diante da crise humanitária que a inépcia governamental não soube enfrentar. Meio milhão de vidas perdidas. Quase 20 milhões de infectados, não poucos com sequelas irreversíveis. Segundo previsões da Ciência – encarada com desdém e zombarias -, as estatísticas de cada dia vão continuar seu cortejo lúgubre, sem dar sinais de esmorecimento por largo espaço de tempo ainda.

E saber, com provas irrefutáveis, que esse estado de coisas caótico, advindo de pandemia de alcance mundial, poderia ter sido razoavelmente atenuado em nossas bandas, não fosse a manifesta inoperância gerencial na condução do processo! Equívocos e opções desastrosos ditaram as diretrizes de combate ao flagelo. Concorreram substancialmente para que nos sentíssemos receosos, inseguros e desalentados.

A CPI do Senado tem acumulado informações desnorteantes. Os depoimentos mostram, à saciedade, que há, sim, “culpa no cartório” por parte de nossos dirigentes pela circunstância de não terem adotado, tempestivamente, embora suficientemente alertados, o conjunto de providências preconizadas pela Ciência para sofrear a impetuosidade do flagelo e, com isso, diminuir, com toda certeza, os índices de mortalidade e infecção.

Seja assinalado, a propósito, a grotesca performance de alguns declarantes, empenhados em malabarismos retóricos com o fito de blindar o Governo Federal em suas demonstrações de despreparo executivo e de insano desrespeito aos ditames do bom-senso e às recomendações da Ciência.  A fileira dos desacertos é extensa: faltou tudo. Planejamento, liderança, diálogo, equipamentos, leitos, medicamentos essenciais, testes, oxigênio em instantes desesperadores, como se viu no Amazonas. Faltou vacina, primeira e segunda doses. Negacionismo contribuiu para que houvesse atrasos irremediáveis na aquisição de vacinas; para a disseminação de falsos conceitos sobre tratamento precoce; para uso de medicamentos ineficazes, adquiridos em volume absurdo. Desses posicionamentos oficiais negativos, acompanhados de exemplos públicos criticáveis, resultaram também reações desajuizadas às medidas protetivas recomendáveis. Muita gente desconsiderou o uso das máscaras faciais, o distanciamento social, desrespeitando ainda as advertências quanto ao risco das aglomerações.

No topo da indesejável lista dos países mais afetados pela “gripezinha de nada” – assim definida nas primeiras falas oficiais a pandemia que estava chegando -, o Brasil mantém ritmo muito abaixo das exigências na aplicação de vacinas. Está em 87º lugar no que concerne ao percentual de vacinados em relação à população. Na marcha atual, vai se deparar daqui algum tempo com a circunstância de ter que convocar os primeiros brasileiros vacinados para eventual segunda rodada anual de vacina em momento em que ainda não estará concluída a prometida imunização completa a todos.

A história brasileira registrará, fatalmente, que o Governo falhou clamorosamente no combate à pandemia. Pisou feio na bola, como se diz no jargão popular. Ancorou as ações ineficientes praticadas no negacionismo científico, que bebe inspiração em radicalismo fundamentalista repleto de reinterpretações das coisas do mundo, da vida enfim, incompatíveis com os valores humanísticos e democráticos. Via de consequência, influiu para que os males provocados pela Covid se agigantassem. Com a implementação, no momento adequado, das medidas preventivas e curativas recomendadas por organismos científicos acreditados, a valorosa equipe dos agentes de saúde da linha de frente do combate ao vírus estaria em condições, nesta hora, de arrolar número bem superior de vidas salvas.

 

Luiz Gonzaga de Oliveira

 

Cesar Vanucci

 

“Uberaba!/Mãe que me gerou e deu à luz/este seu filho não lhe troca por nada/Deus por isso me deu um bom destino/e Ele sabe que eu faço jus.”

(João Eurípedes Sabino, presidente da ALTM, em poema dedicado ao saudoso Luiz Gonzaga de Oliveira)

 

A morte, jamais bem-vinda de um ponto de vista meramente humano, representa mudança de rota no plano existencial, dentro da perspectiva espiritual. Pesar enorme invade os corações, por conseguinte, quando da partida primeiro, antes da gente, de pessoas a que estejamos ligados por laços profundos de afeição. Parceiros valorosos em bons ou maus momentos. Criaturas que compartilharam conosco sonhos, realizações, revezes, triunfos, no curso desta peregrinação finita pela pátria dos homens, repleta de inexplicabilidades.

O pensador Richard Bach sustenta que a morte sinaliza que a missão foi cumprida. O raciocínio, bastante lógico, não proporciona, contudo, consolo suficiente para os que ficam, na hora dos adeuses doloridos. Retirado do palco da vida, por desígnios superiores, Luiz Gonzaga de Oliveira era um amigo fraternal.  Desses que “nos quer apesar de nada”, lembrando Sofocleto. Desfalca pra valer o time dos personagens exponenciais da Uberaba que tanto amou.

Cidadão do bem, jornalista altivo, destemido, irrepreensivelmente ético, pelejou sempre o bom combate. Colocava ardor nas causas abraçadas. Vai fazer uma baita falta nos debates sobre os rumos comunitários.

Meu papo frequente, anos seguidos, com Gonzaga, quase sempre ele em Uberaba, eu em Belo Horizonte, não respeitava limites de tempo. Espichava-se por conta das recordações, ou pela atualização de informações sobre temas palpitantes. No capítulo das lembranças, perpassávamos sempre casos ligados às ações empreendidas, juntos, nos bons tempos do “Correio Católico”, da “Difusora”, outros órgãos de comunicação. Figuras diletas de nosso convívio social e profissional, campanhas eletrizantes, reportagens e artigos de repercussão, que ajudaram a fazer história, afloravam nessa conversa de tom saudosista.

Dono de inteligência aguda, muita sensibilidade social, Gonzaga foi um craque no ofício jornalístico. Sabia coletar como poucos a informação e torná-la atraente ao leitor.  Tinha sempre uma palavra a dizer sobre questões de interesse público. Por vezes polêmica, vigorosa sempre, sua manifestação era acatada com respeito pela autoridade moral em que se ancorava. Uberaba teve nele, em sua memória privilegiada que sabia armazenar detalhes, versões, nomes, datas, um soberbo cronista. Isto está refletido em seus feitos, nos livros editados, em outras matérias impressas, em ditos no rádio e televisão.

Na última vez que tagarelamos, pouco antes de sua internação, andamos trocando ideias sobre sua “posse presencial” na Academia de Letras do Triângulo Mineiro. A “posse virtual”, já havia acontecido por iniciativa do companheiro João Eurípedes Sabino, dinâmico presidente da instituição. Fui por ele convidado para a saudação de praxe na cerimônia que o destino implacável resolveu cancelar, sem pedir nossa opinião. Não sei dizer se nos planos da ALTM figura a possibilidade de realização de alguma reunião especial mais adiante concernente ao assunto, já que outros dignos nomes da seara literária estão também a aguardar posse presencial. O que posso assegurar é que, se programado, o ato contará, infalivelmente, querendo Deus, com minha participação. Antecipo que irei dizer alto e bom som, certeiramente com olhares e gestos emotivos e calorosos de assentimento de plateia numerosa que Luiz Gonzaga de Oliveira foi alguém muito conhecido e admirado por todos nós que, por assim dizer, tinha cara de Uberaba.

sexta-feira, 18 de junho de 2021


 A sensitiva Marilusa Vasconcellos 
numa de suas apresentações

 

As pinturas do Além (I)

 

Cesar Vanucci

 

“O fenômeno extrapola os limites do entendimento convencional”.

(Antônio Luiz da Costa, educador)

 

“As pinturas do Além” constituem um dos mais instigantes fenômenos nos vastos e fascinantes domínios das chamadas “energias sutis”, repletas de inexplicabilidades. O que se é dado a contemplar, a plateias sempre embevecidas, nesse gênero de manifestação, não é nada daquilo que, desavisadamente, com desconhecimento de causa, agarrados a dogmaticos alguns viventes assinalam, vez por outra, não passar de mera demonstração de habilidade artística e disciplina técnica. O operador, ou operadores do fato são, na pura verdade, pessoas providas de capacidade extrassensorial. Noutras palavras: pessoas reconhecidas, à luz da Parapsicologia, como sensitivas, em condições de perceber, em circunstâncias especiais, situações fora do alcance dos sentidos humanos.

Testemunhei, numerosas ocasiões a prodigiosa história das pinturas. Tomo a liberdade de explicar, para quem nunca tenha se deparado com o fenômeno, como as coisas, a grosso modo, se desenrolam. O sensitivo entra em transe, como se diz. Seu semblante e tom de voz ficam alterados. A gesticulação é abundante e a movimentação corporal intensa. Diante dele, numa mesa extensa, são espalhados tecidos, cartolina, livros para que nessas peças todas possam ser gravadas imagens variadas com profusão de cores. São colocados ao seu dispor pinceis, paletas, potes de tinta, lápis. Ora com as mãos, ora com pinceis (às vezes até pendurados na boca), o operador se joga, freneticamente, na inacreditável lida de compor retratos, paisagens ou qualquer outro elemento suscetível de despertar atenção de cultores da pintura. Os desenhos ganham forma em segundos, em curtos minutos, um atrás do outro, cada qual com identificação do estilo inconfundível dos artistas que os assinam. Numa apresentação nos moldes descritos podem ser produzidos, no espaço de uma hora, por exemplo, várias dezenas de trabalhos, no melhor padrão artístico. As assinaturas das peças são figuras legendárias na crônica das artes plásticas. Importa mencionar, que a produção não é sequencial por autor. O sensitivo consegue, para exemplificar, traçar com a mão esquerda um rosto atribuído, digamos, a Van Gogh, e ao mesmo tempo, com a mão direita, num átimo de tempo, configurar um objeto atribuído, digamos, a Cândido Portinari.

Permito-me aqui relatar alguns episódios, compondo um capítulo novo às narrativas feitas sobre acontecimentos registrados nessa área da temática transcendente também denominada por Realismo Fantástico.

A dileta amiga Marilusa Vasconcelos é psicóloga, escritora, professora, artista plástica, ilustradora. Destaca-se no grupo dos sensitivos. Os dons evidenciados na “pintura mediúnica” deram-lhe renome internacional. É detentora de sólida bagagem cultural, aguda sensibilidade e inteligência. Eu já sabia de seus predicados, por informação de meu saudoso irmão. Mas só vim a conhecê-la pessoalmente após a partida de Augusto Cesar. Aconteceu numa apresentação, com fito beneficente, público numeroso no Teatro do Sesiminas, instituição da qual, na época, eu era diretor superintendente. Num dado momento, deixei a poltrona na plateia para acompanhar no palco o trabalho. Tive, de repente, a impressão de que o rosto estampado numa tela era de minha filha, Claudia. Fiquei tentado em ir ao seu encontro, por sabê-la presente ao evento, para relatar-lhe o fato, mas me contive, atribuindo tudo a excesso de imaginação. Momentos mais tarde, antes do leilão dos quadros, Marilusa perguntou se uma moça chamada Maria Claudia Vanucci se encontrava no local e chamou-a para entregar um retrato seu que acabara de ser elaborado por Renoir, que “privara de sua amizade numa outra etapa existencial”. O quadro era exatamente aquele que chamara de modo absorvente minha atenção. Logo depois ocorreu um outro lance espantoso. Depois em conto.

 

As pinturas do Além (II)

 

Cesar Vanucci

 

“Os dons de Marilusa são extraordinários”.

(Domingos Justino Pinto, educador)

 

Tem continuidade agora a narrativa, iniciada no comentário anterior, a respeito de espantosos casos presenciados por este escriba, em meados dos anos 90, no teatro do Sesiminas (Centro de Cultura Nansen Araujo), perante plateia bastante numerosa, no curso de uma apresentação da sensitiva Marilusa Vasconcelos. Como já explicado, com abundância de detalhes, o processo aqui denominado “pinturas do além” consiste na elaboração, numa velocidade desnorteante, que deixa os assistentes tomados de perplexidade e embevecimento, de pinturas retratando pessoas, paisagens, objetos, numa profusão de cores, dentro do estilo e com assinaturas de aclamados personagens mundiais das artes plásticas em diferentes momentos da história. Logo após haver entregue o quadro retratando minha filha, antes de dar início ao leilão com fitos beneficentes dos trabalhos produzidos, Marilusa chamou-me ao palco. Foi a primeira vez que estive com ela frente a frente. Agradeceu ao Sesi, na pessoa de seu então diretor superintendente a cessão do teatro para a apresentação, oferecendo-me uma das telas que acabara de ser pintada. Informou que se tratava de retrato feito por um pintor da Renascença, da equipe de Michelangelo, chamado Pietro Vanucci. Afiançou que este era o nome, numa vida passada, de meu irmão Augusto Cesar Vanucci, que deixara meses antes, este nosso plano existencial. Pediu que eu atentasse para a dedicatória anotada na parte inferior da peça. Estes os dizeres: “Ao meu caro irmão Cesar o abraço saudoso de Augusto Cesar Vannucci”. Fiquei estupefato e emocionado. A letra era sem qualquer vislumbre de dúvida de meu irmão Augusto Cesar. Saltava aos olhos um pormenor arrebatadoramente intrigante na manifestação. O sobrenome Vanucci estava grafado com dois “enes” (Vannucci), hábito, que em meu núcleo familiar, só ele, Augusto, adotava. Como explicar tudo isso, à luz do conhecimento convencional das coisas?

Algum tempo transcorrido, fui testemunha ocular de situações igualmente emocionantes proporcionadas durante demonstrações de Marilusa relativas a seus extraordinários dons extrassensoriais. Noutra visita que fez a Belo Horizonte, assistida por grande público criou novamente uma atmosfera de total deslumbramento à volta dos atos executados. De modo especial, na fileira dos fenômenos contemplados um deles causou-me impacto mais vigoroso. A apresentação desenrolou-se na sede do Clube Atlético Mineiro. Sentei-me na plateia, ao lado de uma pessoa por quem tenho especial apreço. Eis que, concluídas as pinturas realizadas no palco, já preparada para a promoção do leilão (a apresentação tinha cunho filantrópico, como costumeiramente ocorre), Marilusa pediu que a pessoa da poltrona ao lado se dirigisse até ela. Ofertando-lhe um dos quadros recém pintados, revelou que se tratava de retrato do seu pai. Possuída de grande emoção, a pessoa em questão ao voltar para o seu assento no auditório retirou da bolsa um retrato de seu falecido genitor. A pintura, assinada por um mestre das artes plásticas do passado, Manet, retratavam, rigorosamente, um mesmo cidadão. No programa “Realismo Fantástico”, que, à época, produzia e apresentava no antigo CBH (Canal Belo Horizonte), focalizei, com minudencias, a incrível história exibindo imagens do quadro e da foto.

Sobre Marilusa apraz-me acrescentar que ela continua ativa na lida que a consagrou. Sua fecundidade criativa, na utilização dos dons singulares que compõem o seu admirável perfil, levou-a a produzir uma quantidade, a esta altura, incalculável de peças artísticas que encantam e enternecem multidões, ornamentando paredes e livros espalhados mundo afora.  Sua condição de sensitiva permite-lhe também, dedicar parte de seu tempo à elaboração de livros, conforme, aliás, já registrado no comentário antecedente.

 

As pinturas do Além (III)

 

Cesar Vanucci

 

"Estamos mergulhados num oceano infinito de energias".

(Marilusa Vasconcellos)

 

Marilusa Vasconcellos atendeu, gentilmente, pedido deste escriba no sentido de explicar o que são as energias sutis captadas, em circunstâncias especiais, por pessoas providas de atributos extrassensoriais, capazes de deflagrarem situações inexplicáveis, como as aqui contadas. Antes de sua mensagem, quero relatar um outro episódio espantoso relacionado com o fenômeno das "pinturas do Além".

Nos anos 90, a TV Bandeirantes levava ao ar o programa "3ª Visão", dedicado, digamos assim, à "temática transcendente". Idealizado e dirigido pelo saudoso mano Augusto Cesar Vanucci - primeiro brasileiro a conquistar o "Emy" -, a atração semanal tinha como apresentador o psicólogo e sensitivo, Luiz Antônio Gasparetto, falecido em 2018. Suas notáveis performances, com atuação justamente na esfuziante e colorida área da pintura, eram focalizadas intensamente, inclusive na chamada introdutória do programa. Ele exibia seus dons em outros locais, além da tevê. De certa feita, no "Teatro Vanucci", Rio de Janeiro, ocorreu um lance incrível, na mesma linha das histórias fabulosas narradas anteriormente. Num cenário, carregado de emoções, sob os olhares extasiados de plateia numerosa, centrados na febril ação do sensitivo, os quadros iam "saindo do forno”, pode-se dizer, como num passe de mágica, um atrás do outro, em frações diminutas de tempo. Uma das peças, com assinatura de Portinari, retratava, com rigorosa fidelidade, pasmo dos pasmos, o rosto de meu inesquecível pai, Antônio, que já havia "partido primeiro" há mais de duas décadas.

Insisto, com ênfase, na afirmação já trazida, a propósito do assunto tratado, à apreciação do leitor: não há explicação para que algo desse gênero possa acontecer sem se reconhecer, em leal e boa verdade, a existência de uma energia sutil, situada acima da vontade meramente humana.

Vem aqui agora o texto de Marilusa Moreira Vasconcellos a que faço alusão no intróito do artigo. “Fluídos sutis. Estamos mergulhados num oceano infinito de energias, e com a cabeça em tantos pensamentos que nem mesmo esses se nos mostram com clareza. Avaliem que ondas hertzianas atravessam o espaço, as moradias, as nações, bem como ondas telepáticas, sugestões para uns e outros, ondas de som, de luz, de calor, de frio, agentes invisíveis no ar, na alimentação, no solo, na água. Cérebros foram avaliados por Danah Zohar, nas luzes emitidas quando em oração, yoga, meditação, ouvindo boa música e lendo bons livros. O cérebro mais feliz do mundo é do secretário do Dalai Lama e um velho monge tem o cérebro mais sereno de todos. Estas energias, irradiações e fluidos sutis, são captadas pelos médiuns, avaliando um local, uma pessoa.  A aura foi medida. A mediunidade, ou paranormalidade, os sensitivos sentem, avaliam, estudam, identificam estes fluidos sutis, bons ou maus. Durante uma apresentação de pintura mediúnica percebemos que algo além da pintura ocorre. Com as pessoas no local, ou a distância, as cores, a música, a utilização dos dons, o ectoplasma armazenado ou criado no momento, interferem nos corpos físicos e perispirituais das pessoas, operando curas, retirando miasmas e larvas astrais, tonificando os chacras, ativando células e funções espirituais. Desde 1981 até hoje foram produzidos mais de 78.000 desenhos e destes mais de 2.000 de pessoas encarnadas e desencarnadas. Algumas explicações e fatos estão no livro Num mar de luz, de Marilei Moreira Vasconcellos. Desenvolvimento, conhecimento e capacitação são conquistados, e, com nossos fluidos vitais, elétrico, magnético aprendemos a captar estes fluidos mais sutis, manipulá-los, ampliá-los, uni-los em feixe, direcioná-los, quando são benéficos e neutralizá-los, cerceá-los, destruí-los quando são maléficos. Sempre encontraremos os mesmos agindo de forma ostensiva, ou sutil, onde estivermos, e mesmo sem ter uma percepção mais avançada, estaremos sendo alvo ou usina de força deles. Saúde!”

 

 


sexta-feira, 11 de junho de 2021

 

Assim falava Millôr

 

Cesar Vanucci 


“O cara só é sinceramente ateu quando 

está muito bem de saúde.”

(Millôr Fernandes)

 

 Millôr Fernandes, escritor, jornalista, dramaturgo, poeta, chargista, carioca do Méier, como costumava dizer, deixou legado que o coloca num grupo seleto de intelectuais, que na lida fascinante da palavra, sabe aliar faiscante talento, conhecimento, erudição, sensibilidade, sabedoria ao humor mais requintado. Provas abundantes de tudo isso podem ser colhidas nos livros e peças que escreveu e publicações com as quais colaborou. Na antiga revista “O Cruzeiro”, ganhou notoriedade nacional, mantendo, anos a fio, o “Pif-Paf”, duas páginas com textos e charges de humor, utilizando o pseudônimo Vão Gôgo. Suas criações artísticas, seu verbo pujante às vezes lírico, incandescente na crítica, foram lidas e apreciadas por multidões de leitores, dentro e fora do Brasil, durante bom pedaço de tempo, e numerosos veículos de comunicação. Entre eles: “Veja”, “Jornal do Brasil”, “Folha de São Paulo” e “ Pasquim”.

Abaixo, para deleite de meu reduzido - posto que culto e leal - leitorado, alguns ditos e conceitos produzidos pelo notável patrício. Foram extraídos de livros e também do sítio “O Pensador”, na internet.

● Sobre a amizade: “A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.” ● Chato: “Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele”. ● Pais e filhos: “Pais e filhos não foram feitos para ser amigos. Foram feitos para ser pais e filhos”.

● Aniversário: “Aniversário é uma festa, pra te lembrar, do que resta”. ● Argumento: “Por mais violento que seja o argumento contrário, por mais bem formulado, eu tenho sempre uma resposta que fecha a boca de qualquer um: "Vocês têm toda a razão." ● Dinheiro: “O dinheiro não só fala, como faz muita gente calar a boca”. ● Erro: “Errar é humano. Ser apanhado em flagrante é burrice”. ● Morte: “O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas”. ● Esquerda e direita: “A diferença fundamental entre Direita e Esquerda é que a Direita acredita cegamente em tudo que lhe ensinaram, e a Esquerda acredita cegamente em tudo que ensina”. 

● Avião: “Basta um avião sacudir um pouquinho mais, e logo todos os passageiros ficam parecidos com a foto do passaporte”. ● Problema: “Não há problema tão grande que não caiba no dia seguinte”. ● Risos: “O homem é o único animal que ri e é rindo que ele mostra o animal que realmente é”. ● Comunicação: “Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a internet, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto”. ● Pílula: “Você pode evitar descendentes. Mas não há nenhuma pílula para evitar certos antepassados”. ● Dinheiro: “O que o dinheiro faz por nós não é nada em comparação com o que a gente faz por ele”. ● Escritores: “Certos escritores se pretendem eternos e são apenas intermináveis”. ● Direita e esquerda: “Não gosto da direita porque ela é de direita, e não gosto da esquerda porque ela é de direita”. ● Jornalismo: "Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." ● Diferença: “A diferença entre a galinha e o político é que o político cacareja e não bota o ovo”. Conclusão: “Cada um tira dos acontecimentos a conclusão que bem entende”. Visitas: “A oportunidade só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas”. Democracia: “Se o governo continuar permitindo que algumas pessoas pensem pela própria cabeça; e se continuar permitindo espetáculos como este, com tudo que a gente já disse e ainda vai dizer - nós vamos acabar caindo numa democracia!” Hai-Kais: “Olha, / Entre um pingo e outro / A chuva não molha”. “Exótico, / O xale da velha / Na jovem é apoteótico”. “A vida é um saque / Que se faz no espaço / Entre o tic e o tac”. “Eis o meu mal. / A vida pra mim / Já não é vital”. “Com que grandeza / Ele se elevou /às maiores baixezas!”

 

O flagelo da fome


Cesar Vanucci


“Um homem com fome não é um homem livre.”

(Adlai Stevenson)


A erradicação da extrema pobreza e da fome é o primeiro de um conjunto de oito macro-objetivos, preconizados pela ONU a partir da identificação das mais relevantes demandas sociais destes nossos conturbados tempos modernos.

A “Campanha Mundial Contra a Fome”, promovida anualmente no mês de maio, tem por objetivo sensibilizar, em diferentes partes do mundo, pessoas de boa vontade para que se entreguem a reflexões acerca da dramaticidade do problema da fome e possam desenvolver, em sua esfera de atuação comunitária, diligências que concorram de algum modo para a almejada eliminação desse flagelo.

Conservo em meus arquivos um sugestivo texto sobre a dramática questão, elaborado por Maria Angela Girioli, personagem destacada em educação, segurança alimentar e nutricional, que atuou com brilhantismo, como gerente, na Secretaria Municipal de Abastecimento de Belo Horizonte. Dele extraio preciosas informações pertinentes ao candente tema da extrema pobreza e da fome. De acordo com a ONU, pobreza significa coisas diferentes para pessoas diferentes. Em outras palavras, pressupõe diferentes idéias sobre como é causada e como pode e deve ser enfrentada. A pobreza relacionada com a renda utiliza como parâmetro o que é chamado, pelos especialistas, de “linha de pobreza”. Um divisor que coloca do lado mais sofrido na escala mundial o contingente de seres humanos com renda inferior a dois reais por dia. Somam, nas estimativas oficiais, 1 bilhão e 200 milhões. Vinte por cento da população global.

Outras modalidades de pobreza não estão relacionadas com a renda. Vejamos quais são: não dispor o cidadão de serviços acessíveis em matéria de educação, saúde, saneamento básico; não ter acesso a infraestrutura decente no que concerne a transporte, eletricidade, por aí; não ter alcance a meios que possibilitem o desabrochar de seus talentos criativos e capacidade empreendedora; e, mesmo tendo acesso a tudo isso, sentir-se em insegurança por não poder utilizar adequadamente os sistemas legal e político e ser tolhido na disposição de influenciar o que acontece rotineiramente em sua vida.

A configuração da pobreza fica bem sintetizada nessas definições do Banco Mundial. Pobreza é fome. É falta de abrigo. É estar doente e não ter condições de ir ao médico. É não poder freqüentar escola e nem saber ler. É não ter emprego, temer o futuro e viver um dia de cada vez. É perder uma criança em consequência de doença causada por água poluída. É, também, falta de poder, falta de representação e de liberdade.

O trabalho elaborado por Maria Ângela Girioli menciona que os mais aterrorizantes bolsões de pobreza deste maltratado planeta azul estão localizados no Sul da Ásia e na África subsaariana. Nessas regiões, por conta dos conflitos étnicos, extremamente cruéis, do crescimento econômico nulo e da proliferação de doenças, aids por exemplo, milhões de criaturas acham-se mergulhadas no mais completo dos desesperos. As populações alvejadas pelas desigualdades sociais na forma mais brutal estão ameaçadas de fome crônica. Nas previsões científicas, a questão alimentar pode assumir proporções catastróficas no futuro, caso a humanidade não descubra meios de conter a ação predatória dos recursos naturais e de reduzir sensivelmente as desigualdades sociais e econômicas. As projeções demográficas estimam para a Terra, nesta década, mais de  8 bilhões de habitantes, 83 por cento deles vivendo nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. 

À luz desses dados, configura-se com nitidez, a conveniência de campanhas de esclarecimento que ajudem a causa da conscientização em torno do problema da fome. Mais do que um problema, um flagelo, que tem tudo a ver, fatalmente, com a própria sobrevivência da humanidade.

 


quinta-feira, 10 de junho de 2021

 

ACADEMIA MINEIRA DE LEONISMO

 CONFERE “MEDALHA JK” 

E EMPOSSA NOVOS ASSOCIADOS

                                Flagrantes da significativa cerimônia realizada na sede do Distrito LC-4 do Lions.
                               Os trabalhos presididos por Maria das Graças Amaral Campos, contaram com a
                                presença do governador do Distrito LC-4, Clebert José Vieira.

A Academia Mineira de Leonisimo, braço cultural do Lions Clube, promoveu no último dia 29 de maio, um encontro presencial/virtual, para a entrega da tradicional “Medalha JK Cultura, Desenvolvimento e Civismo” e posse de novos associados. Passaram a integrar o quadro de acadêmicos as seguintes pessoas: Anício Chaves do Lions Clube de Mariana, Arthur Rawicz do Lions Clube de Belo Horizonte Solidariedade, Catarina Durães Caldeira do Lions Clube de Montes Claros Sertanejo, Marise Santana de Rezende do Lions Clube de Lafaiete Centro, Moisés Mota da Silva do Lions Clube de Lafaiete Centro.

Presidiu o encontro a dirigente da instituição Maria das Graças Amaral Campos, que acaba de ser reeleita para as funções. Arthur Rawicz pronunciou aplaudido discurso, em nome dos acadêmicos empossados.

A “Medalha JK” foi conferida pela AML, este ano, ao acadêmico Paulo Marcos Xavier da Silva, destacado prócer leonistico, pelo louvável trabalho empreendido, como Secretário de Saúde de Ouro Preto, no combate à pandemia da Covid-19. O homenageado proferiu, a propósito da carinhosa manifestação de apreço que lhe foi prestada, o discurso, a seguir reproduzido.

"Caríssima PDG Maria das Graças Amaral Campos, Presidente da Academia Mineira de Leonismo; Caro Governador do Distrito LC-4 da Associação Internacional de Lions Clubes, DG Clebert José Vieira; Prezado PCC Arthur Rawicz; Caríssima IPDG Edite Buéri Nassif; Caro Governador Eleito do nosso Distrito LC-4, EDG Edmar Roberto Tonholo de Rezende, na pessoa de quem cumprimento todas demais lideranças e autoridades presentes, ou que estejam remotamente nos acompanhando nesta cerimônia.

Cara 1ª VDG eleita do Distrito LC-4, Lane Lourdes Souza Costa; Estimada PDG Carmem Lúcia Camargos Redoan, Secretária da Academia Mineira de Leonismo, em nome de quem cumprimentos todos demais PDGs e dirigentes da Academia.

Meu nobre Acadêmico, sempre lembrado, nosso Ex-Presidente Cesar Pereira Vanucci, também Presidente da Academia Municipalista de Letras, na pessoa de quem cumprimentos os demais pares, membros desta Academia.

Companheiros, Companheiras, e Amigos presentes nessa sala física ou em espaço virtual. É com uma satisfação sem igual, e um imenso orgulho que me encontro aqui, hoje, diante deste momento de tamanha honraria.

Confesso a todos que ao tomar conhecimento desta homenagem, o primeiro pensamento que me veio à mente, numa ligeira reflexão foi responder a mim mesmo: “o que teria ocorrido; o que poderia eu ter feito para tanto”? Depois de muito pensar, concluí por uma verdade indiscutível, e que vejo ser apropriada a este meu momento: “sem dúvida, esta é uma honraria tão significativa e tão gratificante que nos faz sentir em um lugar muito, mas muito mais alto do que aquele em que realmente nos encontramos de fato, e que faz aos olhos dos outros nos perceberem mais do que somos”. Ao receber esta manifestação carinhosa de reconhecimento pela Academia Mineira de Leonismo, percebo, cada vez mais, o quanto importante podem ser as nossas atitudes diante de situações inusitadas como a que vivemos atualmente nestes tempos de pandemia, mesmo que sejam elas ações singelas ou pequenas à frente das demandas das realidades em que nos deparamos. “Sozinhos somos frágeis, unidos somos mais”, pois é do conjunto dos esforços coletivos, não só de alguns, mas de muitos, que fazemos as transformações desejadas, e é do somatório das nossas iniciativas que as esperanças do antes se tornam novas realidades. 

Neste ato presente, a nossa Academia transluz a célula mater da Instituição, com o seu DNA do Leonismo, que nos entusiasma e nos encoraja ao enfrentamento dos desafios, especialmente quando revestido de espírito humanitário e lincado à prática da solidariedade humana, sobretudo, da vontade de servir, visando as melhorias das condições de vida em nossas comunidades. Iniciamos um novo tempo, uma nova era, que nos traz situações nunca então experimentadas, mudanças de hábitos, novas práticas, e novos padrões de convivência, estes novos valores e parâmetros para uma vida em comunidade. Vivemos um momento difícil, conflitante, de muitas angústias, impostas pela COVID-19. Lamentavelmente, as demonstrações que temos visto, registram um universo de opiniões não convergentes sobre a questão, e são múltiplos os interesses que se deflagram. O mundo, e particularmente o Brasil, enfrentam uma das piores crises da história. Ao contrário de outras guerras, agora o inimigo é invisível a olho nu: é um vírus que chegou de repente em nossas vidas, mudando nossos planos, nossos sonhos, afetando nossa economia e nossas rotinas.

Meus caros Confrades, Confreiras, Companheiros e Companheiras, e amigos. 

Diante desta realidade inesperada, outrora, a convite, tive a oportunidade de servir à frente da área da saúde, em meu município, Ouro Preto, mesmo não sendo um profissional com expertise neste campo, salvo minha parca experiência trazida em uma jornada na gestão de serviços públicos. No momento em que aceitávamos este desafio, este mundo obscuro que desbravamos ainda não era uma realidade, senão apenas o já conhecido cenário de um serviço público de saúde tão frágil e debilitado, marcante em nosso país, não obstante os esforços dos profissionais e dos agentes comprometidos. Nestas condições, acabei por participar de uma riquíssima experiência de aprendizado, focando nossas ações no sentido de que fossem construtivas, assertivas, colaborativas e principalmente verdadeiras. Ao estar do lado detrás da cortina deste palco, entre aqueles atores que tinham, como sempre tiveram, o compromisso de apresentar a peça ao público, a qual neste caso especial, tem o significado de “vida”, pudemos testemunhar a dedicação daqueles profissionais de saúde que, dia e noite, dobram plantões para salvar a vida das pessoas. São médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos, técnicos de laboratório, técnicos em Raio X que estão constantemente em zona de combate, tanto quanto daqueles profissionais que, embora não sejam da área da Saúde, mas trabalham para garantir uma boa gestão, os que processam a limpeza dos estabelecimentos em saúde, o atendimento, a segurança, entre outros. Todos, porquanto, expondo as próprias vidas em nome da saúde alheia. São pessoas que abriram mão do próprio convívio familiar para amparar o bem-estar daqueles que carecem da assistência em saúde. Todos eles nessa guerra contra a Covid-19 para evitar que nenhum de nós ou de nossas famílias, ou de nossos amigos, sejamos as próximas vítimas dessa praga, essa doença avarenta. Neste ambiente de tantas incertezas e pressões, eles superam o medo e fazem de suas lutas diárias, um compromisso de vida. Em meio ao prenúncio de um caos, diríamos que a forma mais eficaz para mitigar o avanço dessa pandemia, até o momento conhecida, é “EVITAR SAIR DE CASA, EXCETO QUANDO EXTREMAMENTE NECESSÁRIO”. Quem pode, deve manter-se em isolamento social, pois é a forma de evitar a transmissão do vírus, reduzir a curva de contágio e evitar que nossos hospitais tenham a superlotação. Mas nada disto, entretanto, é simples ou tão fácil assim, como parece ser. A saúde necessita e pede pelo isolamento, mas as cidades, também vivas, clamam por socorro, querem sobreviver, pedem proteção a sua própria vida, e o viver requer outros elementos essenciais, como insumos e produtos, meios de extração, de produção, distribuição e comercialização, entre outros itens. E é pena que os homens ainda não conseguiram equacionar esta questão, porque se apegam cegamente aos interesses fragmentados, de grupos, de classes, e jamais do interesse coletivo da sociedade. Não haverá uma verdade única e absoluta a ser dita para estas realidades, e nenhuma decisão há de ser totalmente certa ou errada, nestas circunstâncias. Diz-nos um pensador, Luiz Victhorino: O caminho a se percorrer, pode ser feito de sonhos, ou de calcário, pode ser longo ou durar como um conto ligeiro; pode nos levar aonde queremos ou nos trazer de volta no tempo.... Entretanto, nós acreditamos que somente há um caminho possível a percorrer. Aquele que trilha pela tolerância, com diálogo, com sensibilidade, compreensão e espírito conciliador. Só assim poderemos assegurar um futuro melhor para todos. E nesta trilha, estará mais feliz aquele que encontra alguém para pegar na mão e andar junto, lado a lado, ao longo do seu percurso, colocando em prática os ensinamentos do Leonismo, através do serviço, da solidariedade e do companheirismo. Somos pessoas cuidando de pessoas, pensando em pessoas, acolhendo pessoas, e cônscios do nosso papel determinante na vida de cada uma delas. Mais do que nunca, o exercício de nossas lideranças é fator fundamental nesta trajetória, permitindo que em cada lugar, a gestão de pessoas permita maior acesso às discussões estratégicas, seja no trabalho, nas organizações, ou em qualquer setor. Esta crise nos tem mostrado a importância da liderança na construção de um ambiente de trabalho saudável. Muitos estudos mostram que, “quando o líder tem empatia e respeito com cada membro da equipe, os colaboradores enxergam as demandas de maneira mais positiva, menos impossíveis de serem cumpridas, e são estimulados a superar os obstáculos. Assim, o esgotamento e a sensação de exaustão são significativamente reduzidos", como nos atesta a professora Ana Maria Malik, coordenadora do FGVsaúde da Fundação Getúlio Vargas. Mas sabemos que tudo isso vai passar, e ainda que não possamos precisar, quando acabar, vamos sair dessa crise mais fortalecidos e, sobretudo, mais solidários, mais humanos. Pelas nossas ações, seremos os agentes da nossa história. Esta homenagem que ora recebo, quero compartilhar com todos aqueles que, seja aqui ou em quaisquer outros lugares, se dedicaram e se empenharam, e continuam a fazê-lo, no enfrentamento a esta pandemia, e de uma maneira muito especial, com os nossos colegas servidores da saúde do município de Ouro Preto, de quem vou me lembrar sempre, com muito carinho e respeito, pelo envolvimento e pela entrega de todos eles, na luta incansável e incessante para salvar vidas. Façamos, pois, aquilo que nos lembrou o Papa Francisco ao nos dizer: “Queridos amigos, olhem para os verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros. Sintam-se chamados a arriscar a vida”.

Meus caríssimos amigos, a todos, os meus sinceros agradecimentos. 

Meu muito obrigado por tudo!"

CL PAULO MARCOS XAVIER DA SILVA 

Cadeira Nº 18 da Academia Mineira de Leonismo



sexta-feira, 4 de junho de 2021

 

Assim falava Einstein

 

Cesar Vanucci


 “A imaginação é mais importante que o conhecimento.”

(Albert Einstein)

 Alguém pediu a Albert Einstein que explicasse, de forma didática, acessível à patuleia ignara, a Teoria da Relatividade. O fabuloso cientista foi autor de ditos e feitos salpicados de refinado humor. Seu estilo literário de dar voz às ideias, outra faceta de sua incomparável capacidade intelectual, situava-o no patamar de alguns mestres consagrados do ofício do humor, como Chaplin, Woody Allen, Mark Twain, Bernard Shaw, Millor Fernandes. A definição achada para a Teoria da Relatividade, baseada em metáfora saborosíssima, revela faculdade assombrosa na lida da palavra: “Se você permanecer, por duas horas seguidas, ao lado de uma linda garota, parecerá que se passaram apenas dois minutos. Se você encostar o bumbum numa chaleira quente por dois minutos parecerá que se passaram duas horas. Isso é a Relatividade.”

E não é que me chega às mãos, neste justo momento, pela Internet, uma coletânea preciosa de frases, extraídas de livros, discursos, entrevistas, deste fascinante personagem da história! A leitura de cada uma dessas frases constitui lucro certo para o espírito. Donde a incontrolável tentação de aqui reproduzi-las.

Sobre o fato de ser alemão e judeu: “Se minha teoria da relatividade resultar exitosa, a Alemanha me reclamará como alemão, e a França declarará que sou um cidadão do mundo. Se minha teoria resultar equivocada, a França dirá que sou alemão, e a Alemanha declarará que sou judeu.

Ensinamentos: “Quando recebemos um ensinamento devemos receber como um valioso presente e não como uma dura tarefa. Eis aqui a diferença que transcende.”

“A educação é aquilo que permanece quando alguém esquece tudo o que aprendeu no colégio.

 Deus e o mistério da vida: “Ante Deus somos todos igualmente sábios, igualmente tontos.”

“A coisa mais perfeita que podemos experimentar é o misterioso. É a fonte de toda arte e de toda ciência verdadeira.”

Matemática: “Uma razão pela qual a matemática goza de especial estima sobre todas as demais ciências, é que suas leis são absolutamente certas e indiscutíveis, enquanto que as das outras são, até certo ponto, debatíveis e com o perigo constante de ser derrotadas por fatos recém descobertos.”

. Sentido das coisas: “É possível que tudo possa ser descrito cientificamente, mas não teria sentido. É como se uma sinfonia de Beethoven fosse descrita como uma variação nas pressões de onda. Como seria descrita a sensação de um beijo ou o “te amo” de uma criança?”

Coisas infinitas: “Só há duas coisas infinitas: o Universo e a Estupidez Humana, mas não estou muito seguro da primeira. Da segunda pode-se observar como nos destruímos só para demonstrar quem pode mais.”

Estupidez das guerras: “Não sei com que armamento se combaterá a Terceira Guerra Mundial, mas a Quarta Guerra Mundial será combatida com paus e pedras.”

Preconceito: “É mais fácil destruir um átomo do que um preconceito.”

. Conveniência de se manter a boca fechada: “Se A é igual ao êxito, então a fórmula é A=X+Y+Z, onde: X é trabalho, Y é julgar e Z é manter a boca fechada.”

Sonhos: “O segredo da criatividade está em dormir bem e abrir a mente às possibilidades infinitas. O que é um homem sem sonhos?”

Inteligência e mediocridade: “Os grandes espíritos sempre encontrarão violenta oposição por parte dos medíocres. Estes últimos não podem entender quando um homem não sucumbe impensadamente a prejuízos hereditários senão quando, honestamente e com coragem, usa sua inteligência.”

Descrição da verdade: “Se vais sair à frente para descrever a verdade, deixa a elegância para o alfaiate.”

Segredos da Terra: “Cada um de nós visita a Terra involuntariamente sem ser convidado. Para mim é suficiente perguntar-me por seus segredos.”

Ciência e religião: “A ciência sem religião, é aleijada: a religião sem ciência é cega.”

 

Ártico, Biden, Salles

 

Cesar Vanucci

 

“O Ártico é um ponto-chave do aquecimento global.”

(Jason Box, cientista)

 

Com o olhar fixo na martirizante pandemia, o mundo está deixando passar ao largo das preocupações mais prementes algumas situações com claros prenúncios de futuras calamidades. É o caso do aquecimento do polo norte, derivado do “efeito estufa” produzido pela insanidade humana, embora negado pelo talebanismo que grassa solto na praça. Cientistas renomados emitiram um alerta inquietante. O Ártico aqueceu três vezes mais rápido do que o planeta entre 1971 e 2019, uma elevação de temperatura mais acelerada do que se acreditava. Foi o que informou o Conselho do Ártico, em relatório recentemente vindo a lume. O Ártico é realmente um ponto-chave do aquecimento global, acentuou Jason Box, especialista em geleiras Dinamarquês. Segundo ele, em menos de meio século, a temperatura média anual da calota subiu 3,1°C, contra 1°C da Terra. Esse estado de coisas gera impacto planetário com ocorrências dramáticas. A temperatura num trecho do Ártico acusou pouco tempo atrás 30°C, índice equivalente a clima tropical no verão. Um dos efeitos atemorizantes da mudança climática no Ártico, de acordo com os pesquisadores, é o derretimento das geleiras que contribui para a elevação do nível das águas oceânicas, com a catastrófica perspectiva de alcançar regiões densamente povoadas, nas faixas litorâneas em diferentes partes do mundo.

 

Uma outra informação relevante, relativa à Antártica e não ao Ártico, igualmente recente, é também indicativa das graves consequências do aquecimento global. Satélite do programa Europeu Copérnico constatou que o maior iceberg do mundo desprendeu-se de uma colossal plataforma de gelo. O iceberg em questão com quase 170 km de comprimento por 25 km de largura e uma superfície total de 4.320 quilômetros quadrados, está à deriva no mar de Weddell. Não é necessário nenhum conhecimento técnico para prever o que um incidente dessa natureza acarreta: o gelo se transforma em água elevando o nível do mar. Imaginem só o que não poderá acontecer com eventos desse gênero continuados.

 

● O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, criou força-tarefa, composta de eminentes cientistas, com a incumbência de averiguar as origens da praga da Covid-19. Instituiu o prazo de 90 dias para que um relatório conclusivo seja trazido ao conhecimento da opinião pública. Ao que está sendo divulgado pelos veículos de comunicação a pesquisa se orientará, num primeiro instante, por dois pressupostos volta e meia lançados como hipóteses capazes de decifrar a questão. O coronavírus resultaria de um relacionamento promíscuo entre humanos e animais. Na outra vertente seria consequência de uma experiência bacteriológica desastrada, provavelmente ocorrida num laboratório chinês. Oportuno anotar que, cientistas designados pela Organização Mundial de Saúde descartaram a segunda hipótese. Outra anotação pertinente: conjecturas assemelhadas foram formuladas também à época do surgimento da AIDS. Falava-se, igualmente, em manipulações científicas que escaparam ao controle nalgum laboratório americano ou europeu.

 

● Ao atirar-se com ardorosa disposição à labuta de “fazer passar a boiada”, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, complicou-se de tal modo que a esta altura, parece estar, fatalmente, com os dias contados no exercício da Pasta. As investigações da Polícia Federal, complementadas por decisões judiciais emanadas do STF, e as pesadas denúncias do Departamento de Estado dos EUA, acerca da mercantilização clandestina de madeira extraída de devastações florestais deixaram-no numa posição muito delicada. Sua saída do Ministério é vista com bons olhos por muitos setores, que em sua atuação, respaldada pelo presidente Jair Bolsonaro, identificam constantes demonstrações de desapreço à causa ambientalista, com reflexos negativos na imagem que se tem lá fora de nosso país.

A SAGA LANDELL MOURA

Privatização que não deu certo

    *Cesar Vanucci “Inadmissível! O apagão deixou SP às escuras por uma semana inteira” (Domingos Justino Pinto, educador)   Os ha...