quinta-feira, 10 de junho de 2021

 

ACADEMIA MINEIRA DE LEONISMO

 CONFERE “MEDALHA JK” 

E EMPOSSA NOVOS ASSOCIADOS

                                Flagrantes da significativa cerimônia realizada na sede do Distrito LC-4 do Lions.
                               Os trabalhos presididos por Maria das Graças Amaral Campos, contaram com a
                                presença do governador do Distrito LC-4, Clebert José Vieira.

A Academia Mineira de Leonisimo, braço cultural do Lions Clube, promoveu no último dia 29 de maio, um encontro presencial/virtual, para a entrega da tradicional “Medalha JK Cultura, Desenvolvimento e Civismo” e posse de novos associados. Passaram a integrar o quadro de acadêmicos as seguintes pessoas: Anício Chaves do Lions Clube de Mariana, Arthur Rawicz do Lions Clube de Belo Horizonte Solidariedade, Catarina Durães Caldeira do Lions Clube de Montes Claros Sertanejo, Marise Santana de Rezende do Lions Clube de Lafaiete Centro, Moisés Mota da Silva do Lions Clube de Lafaiete Centro.

Presidiu o encontro a dirigente da instituição Maria das Graças Amaral Campos, que acaba de ser reeleita para as funções. Arthur Rawicz pronunciou aplaudido discurso, em nome dos acadêmicos empossados.

A “Medalha JK” foi conferida pela AML, este ano, ao acadêmico Paulo Marcos Xavier da Silva, destacado prócer leonistico, pelo louvável trabalho empreendido, como Secretário de Saúde de Ouro Preto, no combate à pandemia da Covid-19. O homenageado proferiu, a propósito da carinhosa manifestação de apreço que lhe foi prestada, o discurso, a seguir reproduzido.

"Caríssima PDG Maria das Graças Amaral Campos, Presidente da Academia Mineira de Leonismo; Caro Governador do Distrito LC-4 da Associação Internacional de Lions Clubes, DG Clebert José Vieira; Prezado PCC Arthur Rawicz; Caríssima IPDG Edite Buéri Nassif; Caro Governador Eleito do nosso Distrito LC-4, EDG Edmar Roberto Tonholo de Rezende, na pessoa de quem cumprimento todas demais lideranças e autoridades presentes, ou que estejam remotamente nos acompanhando nesta cerimônia.

Cara 1ª VDG eleita do Distrito LC-4, Lane Lourdes Souza Costa; Estimada PDG Carmem Lúcia Camargos Redoan, Secretária da Academia Mineira de Leonismo, em nome de quem cumprimentos todos demais PDGs e dirigentes da Academia.

Meu nobre Acadêmico, sempre lembrado, nosso Ex-Presidente Cesar Pereira Vanucci, também Presidente da Academia Municipalista de Letras, na pessoa de quem cumprimentos os demais pares, membros desta Academia.

Companheiros, Companheiras, e Amigos presentes nessa sala física ou em espaço virtual. É com uma satisfação sem igual, e um imenso orgulho que me encontro aqui, hoje, diante deste momento de tamanha honraria.

Confesso a todos que ao tomar conhecimento desta homenagem, o primeiro pensamento que me veio à mente, numa ligeira reflexão foi responder a mim mesmo: “o que teria ocorrido; o que poderia eu ter feito para tanto”? Depois de muito pensar, concluí por uma verdade indiscutível, e que vejo ser apropriada a este meu momento: “sem dúvida, esta é uma honraria tão significativa e tão gratificante que nos faz sentir em um lugar muito, mas muito mais alto do que aquele em que realmente nos encontramos de fato, e que faz aos olhos dos outros nos perceberem mais do que somos”. Ao receber esta manifestação carinhosa de reconhecimento pela Academia Mineira de Leonismo, percebo, cada vez mais, o quanto importante podem ser as nossas atitudes diante de situações inusitadas como a que vivemos atualmente nestes tempos de pandemia, mesmo que sejam elas ações singelas ou pequenas à frente das demandas das realidades em que nos deparamos. “Sozinhos somos frágeis, unidos somos mais”, pois é do conjunto dos esforços coletivos, não só de alguns, mas de muitos, que fazemos as transformações desejadas, e é do somatório das nossas iniciativas que as esperanças do antes se tornam novas realidades. 

Neste ato presente, a nossa Academia transluz a célula mater da Instituição, com o seu DNA do Leonismo, que nos entusiasma e nos encoraja ao enfrentamento dos desafios, especialmente quando revestido de espírito humanitário e lincado à prática da solidariedade humana, sobretudo, da vontade de servir, visando as melhorias das condições de vida em nossas comunidades. Iniciamos um novo tempo, uma nova era, que nos traz situações nunca então experimentadas, mudanças de hábitos, novas práticas, e novos padrões de convivência, estes novos valores e parâmetros para uma vida em comunidade. Vivemos um momento difícil, conflitante, de muitas angústias, impostas pela COVID-19. Lamentavelmente, as demonstrações que temos visto, registram um universo de opiniões não convergentes sobre a questão, e são múltiplos os interesses que se deflagram. O mundo, e particularmente o Brasil, enfrentam uma das piores crises da história. Ao contrário de outras guerras, agora o inimigo é invisível a olho nu: é um vírus que chegou de repente em nossas vidas, mudando nossos planos, nossos sonhos, afetando nossa economia e nossas rotinas.

Meus caros Confrades, Confreiras, Companheiros e Companheiras, e amigos. 

Diante desta realidade inesperada, outrora, a convite, tive a oportunidade de servir à frente da área da saúde, em meu município, Ouro Preto, mesmo não sendo um profissional com expertise neste campo, salvo minha parca experiência trazida em uma jornada na gestão de serviços públicos. No momento em que aceitávamos este desafio, este mundo obscuro que desbravamos ainda não era uma realidade, senão apenas o já conhecido cenário de um serviço público de saúde tão frágil e debilitado, marcante em nosso país, não obstante os esforços dos profissionais e dos agentes comprometidos. Nestas condições, acabei por participar de uma riquíssima experiência de aprendizado, focando nossas ações no sentido de que fossem construtivas, assertivas, colaborativas e principalmente verdadeiras. Ao estar do lado detrás da cortina deste palco, entre aqueles atores que tinham, como sempre tiveram, o compromisso de apresentar a peça ao público, a qual neste caso especial, tem o significado de “vida”, pudemos testemunhar a dedicação daqueles profissionais de saúde que, dia e noite, dobram plantões para salvar a vida das pessoas. São médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos, técnicos de laboratório, técnicos em Raio X que estão constantemente em zona de combate, tanto quanto daqueles profissionais que, embora não sejam da área da Saúde, mas trabalham para garantir uma boa gestão, os que processam a limpeza dos estabelecimentos em saúde, o atendimento, a segurança, entre outros. Todos, porquanto, expondo as próprias vidas em nome da saúde alheia. São pessoas que abriram mão do próprio convívio familiar para amparar o bem-estar daqueles que carecem da assistência em saúde. Todos eles nessa guerra contra a Covid-19 para evitar que nenhum de nós ou de nossas famílias, ou de nossos amigos, sejamos as próximas vítimas dessa praga, essa doença avarenta. Neste ambiente de tantas incertezas e pressões, eles superam o medo e fazem de suas lutas diárias, um compromisso de vida. Em meio ao prenúncio de um caos, diríamos que a forma mais eficaz para mitigar o avanço dessa pandemia, até o momento conhecida, é “EVITAR SAIR DE CASA, EXCETO QUANDO EXTREMAMENTE NECESSÁRIO”. Quem pode, deve manter-se em isolamento social, pois é a forma de evitar a transmissão do vírus, reduzir a curva de contágio e evitar que nossos hospitais tenham a superlotação. Mas nada disto, entretanto, é simples ou tão fácil assim, como parece ser. A saúde necessita e pede pelo isolamento, mas as cidades, também vivas, clamam por socorro, querem sobreviver, pedem proteção a sua própria vida, e o viver requer outros elementos essenciais, como insumos e produtos, meios de extração, de produção, distribuição e comercialização, entre outros itens. E é pena que os homens ainda não conseguiram equacionar esta questão, porque se apegam cegamente aos interesses fragmentados, de grupos, de classes, e jamais do interesse coletivo da sociedade. Não haverá uma verdade única e absoluta a ser dita para estas realidades, e nenhuma decisão há de ser totalmente certa ou errada, nestas circunstâncias. Diz-nos um pensador, Luiz Victhorino: O caminho a se percorrer, pode ser feito de sonhos, ou de calcário, pode ser longo ou durar como um conto ligeiro; pode nos levar aonde queremos ou nos trazer de volta no tempo.... Entretanto, nós acreditamos que somente há um caminho possível a percorrer. Aquele que trilha pela tolerância, com diálogo, com sensibilidade, compreensão e espírito conciliador. Só assim poderemos assegurar um futuro melhor para todos. E nesta trilha, estará mais feliz aquele que encontra alguém para pegar na mão e andar junto, lado a lado, ao longo do seu percurso, colocando em prática os ensinamentos do Leonismo, através do serviço, da solidariedade e do companheirismo. Somos pessoas cuidando de pessoas, pensando em pessoas, acolhendo pessoas, e cônscios do nosso papel determinante na vida de cada uma delas. Mais do que nunca, o exercício de nossas lideranças é fator fundamental nesta trajetória, permitindo que em cada lugar, a gestão de pessoas permita maior acesso às discussões estratégicas, seja no trabalho, nas organizações, ou em qualquer setor. Esta crise nos tem mostrado a importância da liderança na construção de um ambiente de trabalho saudável. Muitos estudos mostram que, “quando o líder tem empatia e respeito com cada membro da equipe, os colaboradores enxergam as demandas de maneira mais positiva, menos impossíveis de serem cumpridas, e são estimulados a superar os obstáculos. Assim, o esgotamento e a sensação de exaustão são significativamente reduzidos", como nos atesta a professora Ana Maria Malik, coordenadora do FGVsaúde da Fundação Getúlio Vargas. Mas sabemos que tudo isso vai passar, e ainda que não possamos precisar, quando acabar, vamos sair dessa crise mais fortalecidos e, sobretudo, mais solidários, mais humanos. Pelas nossas ações, seremos os agentes da nossa história. Esta homenagem que ora recebo, quero compartilhar com todos aqueles que, seja aqui ou em quaisquer outros lugares, se dedicaram e se empenharam, e continuam a fazê-lo, no enfrentamento a esta pandemia, e de uma maneira muito especial, com os nossos colegas servidores da saúde do município de Ouro Preto, de quem vou me lembrar sempre, com muito carinho e respeito, pelo envolvimento e pela entrega de todos eles, na luta incansável e incessante para salvar vidas. Façamos, pois, aquilo que nos lembrou o Papa Francisco ao nos dizer: “Queridos amigos, olhem para os verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros. Sintam-se chamados a arriscar a vida”.

Meus caríssimos amigos, a todos, os meus sinceros agradecimentos. 

Meu muito obrigado por tudo!"

CL PAULO MARCOS XAVIER DA SILVA 

Cadeira Nº 18 da Academia Mineira de Leonismo



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