ACADEMIA MINEIRA DE LEONISMO
CONFERE “MEDALHA JK”
E EMPOSSA NOVOS ASSOCIADOS
Flagrantes da significativa cerimônia
realizada na sede do Distrito LC-4 do Lions.
Os trabalhos presididos por Maria das
Graças Amaral Campos, contaram com a
presença do governador do Distrito
LC-4, Clebert José Vieira.
A
Academia Mineira de Leonisimo, braço cultural do Lions Clube, promoveu no
último dia 29 de maio, um encontro presencial/virtual, para a entrega da
tradicional “Medalha JK Cultura, Desenvolvimento e Civismo” e posse de novos
associados. Passaram a integrar o quadro de acadêmicos as seguintes pessoas: Anício Chaves do Lions Clube de
Mariana, Arthur Rawicz do Lions Clube de Belo Horizonte
Solidariedade, Catarina Durães Caldeira do Lions Clube de Montes Claros
Sertanejo, Marise Santana de Rezende do Lions Clube de Lafaiete Centro, Moisés
Mota da Silva do Lions Clube de Lafaiete Centro.
Presidiu
o encontro a dirigente da instituição Maria das Graças Amaral Campos, que acaba
de ser reeleita para as funções. Arthur Rawicz pronunciou aplaudido discurso,
em nome dos acadêmicos empossados.
A “Medalha JK” foi conferida pela AML, este ano, ao acadêmico Paulo Marcos Xavier da Silva, destacado prócer leonistico, pelo louvável trabalho empreendido, como Secretário de Saúde de Ouro Preto, no combate à pandemia da Covid-19. O homenageado proferiu, a propósito da carinhosa manifestação de apreço que lhe foi prestada, o discurso, a seguir reproduzido.
"Caríssima PDG Maria das Graças Amaral Campos, Presidente da Academia Mineira de Leonismo; Caro Governador do Distrito LC-4 da Associação Internacional de Lions Clubes, DG Clebert José Vieira; Prezado PCC Arthur Rawicz; Caríssima IPDG Edite Buéri Nassif; Caro Governador Eleito do nosso Distrito LC-4, EDG Edmar Roberto Tonholo de Rezende, na pessoa de quem cumprimento todas demais lideranças e autoridades presentes, ou que estejam remotamente nos acompanhando nesta cerimônia.
Cara 1ª VDG eleita do Distrito LC-4, Lane Lourdes Souza Costa; Estimada PDG Carmem Lúcia Camargos Redoan, Secretária da Academia Mineira de Leonismo, em nome de quem cumprimentos todos demais PDGs e dirigentes da Academia.
Meu
nobre Acadêmico, sempre lembrado, nosso Ex-Presidente Cesar Pereira Vanucci,
também Presidente da Academia Municipalista de Letras, na pessoa de quem
cumprimentos os demais pares, membros desta Academia.
Companheiros,
Companheiras, e Amigos presentes nessa sala física ou em espaço virtual. É com
uma satisfação sem igual, e um imenso orgulho que me encontro aqui, hoje,
diante deste momento de tamanha honraria.
Confesso a todos que ao tomar conhecimento desta homenagem, o primeiro pensamento que me veio à mente, numa ligeira reflexão foi responder a mim mesmo: “o que teria ocorrido; o que poderia eu ter feito para tanto”? Depois de muito pensar, concluí por uma verdade indiscutível, e que vejo ser apropriada a este meu momento: “sem dúvida, esta é uma honraria tão significativa e tão gratificante que nos faz sentir em um lugar muito, mas muito mais alto do que aquele em que realmente nos encontramos de fato, e que faz aos olhos dos outros nos perceberem mais do que somos”. Ao receber esta manifestação carinhosa de reconhecimento pela Academia Mineira de Leonismo, percebo, cada vez mais, o quanto importante podem ser as nossas atitudes diante de situações inusitadas como a que vivemos atualmente nestes tempos de pandemia, mesmo que sejam elas ações singelas ou pequenas à frente das demandas das realidades em que nos deparamos. “Sozinhos somos frágeis, unidos somos mais”, pois é do conjunto dos esforços coletivos, não só de alguns, mas de muitos, que fazemos as transformações desejadas, e é do somatório das nossas iniciativas que as esperanças do antes se tornam novas realidades.
Neste ato presente, a nossa Academia transluz a
célula mater da Instituição, com o seu DNA do Leonismo, que nos entusiasma e
nos encoraja ao enfrentamento dos desafios, especialmente quando revestido de
espírito humanitário e lincado à prática da solidariedade humana, sobretudo, da
vontade de servir, visando as melhorias das condições de vida em nossas
comunidades. Iniciamos um novo tempo, uma nova era, que nos traz situações
nunca então experimentadas, mudanças de hábitos, novas práticas, e novos
padrões de convivência, estes novos valores e parâmetros para uma vida em
comunidade. Vivemos um momento difícil, conflitante, de muitas angústias,
impostas pela COVID-19. Lamentavelmente, as demonstrações que temos visto,
registram um universo de opiniões não convergentes sobre a questão, e são
múltiplos os interesses que se deflagram. O mundo, e particularmente o Brasil,
enfrentam uma das piores crises da história. Ao contrário de outras guerras,
agora o inimigo é invisível a olho nu: é um vírus que chegou de repente em
nossas vidas, mudando nossos planos, nossos sonhos, afetando nossa economia e
nossas rotinas.
Meus caros Confrades, Confreiras, Companheiros e Companheiras, e amigos.
Diante
desta realidade inesperada, outrora, a convite, tive a oportunidade de servir à
frente da área da saúde, em meu município, Ouro Preto, mesmo não sendo um
profissional com expertise neste campo, salvo minha parca experiência trazida
em uma jornada na gestão de serviços públicos. No momento em que aceitávamos
este desafio, este mundo obscuro que desbravamos ainda não era uma realidade,
senão apenas o já conhecido cenário de um serviço público de saúde tão frágil e
debilitado, marcante em nosso país, não obstante os esforços dos profissionais
e dos agentes comprometidos. Nestas condições, acabei por participar de uma
riquíssima experiência de aprendizado, focando nossas ações no sentido de que
fossem construtivas, assertivas, colaborativas e principalmente verdadeiras. Ao
estar do lado detrás da cortina deste palco, entre aqueles atores que tinham,
como sempre tiveram, o compromisso de apresentar a peça ao público, a qual
neste caso especial, tem o significado de “vida”, pudemos testemunhar a
dedicação daqueles profissionais de saúde que, dia e noite, dobram plantões para
salvar a vida das pessoas. São médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos, técnicos de laboratório, técnicos
em Raio X que estão constantemente em zona de combate, tanto quanto daqueles
profissionais que, embora não sejam da área da Saúde, mas trabalham para
garantir uma boa gestão, os que processam a limpeza dos estabelecimentos em
saúde, o atendimento, a segurança, entre outros. Todos, porquanto, expondo as
próprias vidas em nome da saúde alheia. São pessoas que abriram mão do próprio
convívio familiar para amparar o bem-estar daqueles que carecem da assistência
em saúde. Todos eles nessa guerra contra a Covid-19 para evitar que nenhum de
nós ou de nossas famílias, ou de nossos amigos, sejamos as próximas vítimas
dessa praga, essa doença avarenta. Neste ambiente de tantas incertezas e
pressões, eles superam o medo e fazem de suas lutas diárias, um compromisso de
vida. Em meio ao prenúncio de um caos, diríamos que a forma mais eficaz para
mitigar o avanço dessa pandemia, até o momento conhecida, é “EVITAR SAIR DE
CASA, EXCETO QUANDO EXTREMAMENTE NECESSÁRIO”. Quem pode, deve manter-se em
isolamento social, pois é a forma de evitar a transmissão do vírus, reduzir a
curva de contágio e evitar que nossos hospitais tenham a superlotação. Mas nada
disto, entretanto, é simples ou tão fácil assim, como parece ser. A saúde
necessita e pede pelo isolamento, mas as cidades, também vivas, clamam por
socorro, querem sobreviver, pedem proteção a sua própria vida, e o viver requer
outros elementos essenciais, como insumos e produtos, meios de extração, de
produção, distribuição e comercialização, entre outros itens. E é pena que os
homens ainda não conseguiram equacionar esta questão, porque se apegam
cegamente aos interesses fragmentados, de grupos, de classes, e jamais do
interesse coletivo da sociedade. Não haverá uma verdade única e absoluta a ser
dita para estas realidades, e nenhuma decisão há de ser totalmente certa ou
errada, nestas circunstâncias. Diz-nos um pensador, Luiz Victhorino: O caminho
a se percorrer, pode ser feito de sonhos, ou de calcário, pode ser longo ou
durar como um conto ligeiro; pode nos levar aonde queremos ou nos trazer de
volta no tempo.... Entretanto, nós acreditamos que somente há um caminho possível
a percorrer. Aquele que trilha pela tolerância, com diálogo, com sensibilidade,
compreensão e espírito conciliador. Só assim poderemos assegurar um futuro
melhor para todos. E nesta trilha, estará mais feliz aquele que encontra alguém
para pegar na mão e andar junto, lado a lado, ao longo do seu percurso,
colocando em prática os ensinamentos do Leonismo, através do serviço, da
solidariedade e do companheirismo. Somos pessoas cuidando de pessoas, pensando
em pessoas, acolhendo pessoas, e cônscios do nosso papel determinante na vida
de cada uma delas. Mais do que nunca, o exercício de nossas lideranças é fator
fundamental nesta trajetória, permitindo que em cada lugar, a gestão de pessoas
permita maior acesso às discussões estratégicas, seja no trabalho, nas
organizações, ou em qualquer setor. Esta crise nos tem mostrado a importância
da liderança na construção de um ambiente de trabalho saudável. Muitos estudos
mostram que, “quando o líder tem empatia e respeito com cada membro da equipe,
os colaboradores enxergam as demandas de maneira mais positiva, menos
impossíveis de serem cumpridas, e são estimulados a superar os obstáculos.
Assim, o esgotamento e a sensação de exaustão são significativamente
reduzidos", como nos atesta a professora Ana Maria Malik, coordenadora do
FGVsaúde da Fundação Getúlio Vargas. Mas sabemos que tudo isso vai passar, e
ainda que não possamos precisar, quando acabar, vamos sair dessa crise mais
fortalecidos e, sobretudo, mais solidários, mais humanos. Pelas nossas ações,
seremos os agentes da nossa história. Esta homenagem que ora recebo, quero
compartilhar com todos aqueles que, seja aqui ou em quaisquer outros lugares,
se dedicaram e se empenharam, e continuam a fazê-lo, no enfrentamento a esta
pandemia, e de uma maneira muito especial, com os nossos colegas servidores da
saúde do município de Ouro Preto, de quem vou me lembrar sempre, com muito
carinho e respeito, pelo envolvimento e pela entrega de todos eles, na luta
incansável e incessante para salvar vidas. Façamos, pois, aquilo que nos
lembrou o Papa Francisco ao nos dizer: “Queridos amigos, olhem para os
verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama,
dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros.
Sintam-se chamados a arriscar a vida”.
Meus caríssimos amigos, a todos, os meus sinceros agradecimentos.
Meu muito obrigado
por tudo!"
CL PAULO MARCOS XAVIER DA SILVA
Cadeira Nº 18 da Academia Mineira de Leonismo
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