quinta-feira, 16 de setembro de 2021

 

Lenda viva do Leonismo

                                                                                         Cesar Vanucci

 

“Gosto da vida.”

(Daniel Antunes Jr – 100 anos)

 

A Academia Mineira de Leonismo, em concorrida assembleia, realizada virtualmente, homenageou Daniel Antunes Junior por seus cem anos de vida. Designado pela presidente Maria das Graças Amaral Campos, dirigi ao homenageado a saudação reproduzida na sequência.

100 anos.  36.500 dias, um pouco mais a levar em conta os anos bissextos. 5.200 semanas. 876.000 horas. Estes números cobrem, na dimensão de tempo, a trajetória trilhada –, querendo Deus, com ainda bom pedaço de chão a percorrer –, de um ser humano muito especial, entre o dia 17 de setembro de 1921 e o dia 17 de setembro de 2021.

Permitam-me, então, contar, em singelas palavras um pouco da história deste personagem: Sua peregrinação pela pátria terrena – peregrinação imposta a todos por desígnios superiores – acumula, neste caso de Daniel, esplêndido acervo de feitos. Frutos de fecundos labores e criatividade intelectual.

Escritor, com um punhado de livros editados, todos merecedores de louvores, Daniel marca presença reluzente na cena cultural, como historiador, poeta e cronista. Neste seu “primeiro centenário” ele já alcançou a “imortalidade literária” como membro atuante da Amulmig, Instituto Histórico e Geográfico MG, Arcádia e nossa Academia Mineira de Leonismo.

Nas lidas profissionais, atuou como bancário, banqueiro, dirigente de um sem número de empresas vinculadas ao setor financeiro. Dedica-se, ainda hoje, a atividades agropastoris.

Com seus 50 anos bem vividos, comemorados pela segunda vez consecutiva, é possuidor de muita lucidez e nobreza de espírito e dono de invejável dinamismo. É o decano do quadro social do Leonismo. Decano também dos Governadores de Lions.

Em sua gestão à frente do Distrito LC-4 foi responsável pela criação do maior número de Clubes num único período administrativo.

Casado com a saudosa Conceição, dama de acrisoladas virtudes, falecida em 2020, constituiu núcleo familiar que desfruta de elevado apreço no seio comunitário. Dele fazem parte os filhos Dante, Silvana, Daniel, Sérgio e Sandra.

 Irradiando sempre contagiante simpatia, afável e prestimoso no trato cotidiano, Daniel se destaca também, como “contador de causos”, já não fosse prosador festejado nos círculos intelectuais.

Algum tempo atrás, Daniel descreveu de forma bem-humorada, seu jeito de ser.

Trago aqui trechos dessa “autobiografia...”. “Comprazo-me de ser um homem normal, limpo, enxuto, de hábitos saudáveis. (...)” “Não babo, não fungo, não tenho o bafo de onça dos pinguços, já que bebo com moderação, dando preferência aos vinhos.

Também não exalo o ranço sarrento da nicotina, pois não fumo” (...); “Não sou gordo nem magro. Meu peso é normal, eis que tenho l,78 m de altura e há 30 anos peso 78 quilos. Apenas tenho uma barriguinha de veludo”. (...); “Não sou acanhado, nem assanhado, nem enxerido.” (...) “Gosto de ver as estrelas, dos perfumes discretos, das flores, das frutas, da chuva, da música, das mulheres, dos cães, da amizade e da sinceridade, da cor verde, das minhas coisas.” (...) “Creio que a minha família é a melhor do mundo”. (...) “Gosto da vida e, quando partir desta para outra, sentirei saudade dela. Creio que este mundo é o melhor de todos os que conheço...”

Caros companheiros, concluo, agora, a tarefa de saudar, com respeito, carinho e apreço, o nosso inquebrantável companheiro.

Pode ser assim resumida sua participação na aventura da vida. Cidadão inatacável, de grandeza moral rara. Criatura permanentemente de bem com a vida. Sabedoria incomum, evidenciada em tudo que diz e faz. Uma lenda viva do leonismo.

Ouso dizer que se fosse exigida do Lions uma carteira de identidade, é certo que a foto 3X4 colada ao documento seria dele, Daniel. Ele personifica magnificamente, com sua postura humanística, as excelsas virtudes que a filosofia Leonistica, espalhada por todos os cantos, propaga em favor de um mundo melhor, mais fraternal e socialmente justo.

Nenhum comentário:

A SAGA LANDELL MOURA

Desigualdade gera fome e pobreza

                                                 *Cesar Vanucci “  Fome  e a  pobreza  são o símbolo máximo da nossa tragédia Coletiva...