Essas
Minas bem brasileira
Cesar Vanucci
“Eu amo a dinâmica da vida! Você nunca sabe
qual
será a próxima cena. E isto é simplesmente maravilhoso!”
(Nilze
Monteiro Batista, organizadora da
“Antologia I – Contos e Crônicas”)
Acaba de sair do prelo - como era de costume dizer-se em tempos de antigamente – a “Antologia I - Contos & Crônicas”, de autores mineiros falando de coisas de Minas e das coisas da vida.
A publicação, organizada com esmero pela escritora e artista plástica Nilze Monteiro Batista, presidente do INBRASCIMG, integrante do Núcleo de Relações Públicas da AMULMIG, aglutina um punhado de nomes bem representativo do opulento elenco de personalidades que se dedicam, de forma marcante, ao ofício das letras nestas nossas Minas Gerais. Que são muitas, conforme o entendimento do magnífico João Guimarães Rosa.
“O Estado mais tipicamente conservador da União abriga o espírito mais livre”, assegura, com pleno conhecimento de causa, o poeta Carlos Drummond de Andrade. Essa situação será, com certeza, percebida no decurso da leitura dos textos alinhados na antologia. Tudo que é feito e dito nas Gerais reflete bem o estado de espirito da gente brasileira. Retrata o sentimento das ruas e dos lares. Neste pedaço de chão do colosso continental brasileiro depara-se com uma síntese admirável da alma nacional, com seu arraigado culto aos valores humanísticos e espirituais que conferem dignidade à aventura humana.
As narrativas que Minas faz da história são ouvidas com atenção e respeito. De suas lideranças mais categorizadas nascem sempre conclamações a iniciativas e realizações que apontam os caminhos a trilhar na conquista de modelos de vida sintonizados com a cultura humana e os avanços sociais, civilizatórios.
O compêndio citado constitui uma nova fala de Minas para brasileiros e para cidadãos de outros lugares interessados pela cultura deste nosso prodigioso País, deste nosso Brasil tão rico em potencialidades e virtualidades. País que, conforme antevisões compartilhadas por Darcy Ribeiro e Stefan Zweig, por Gilberto Freire e Domenico de Masi, consegue agregar condições propícias para compor as estruturas ideais de convivência fraterna a prevalecerem no futuro da humanidade.
Participam
da “Antologia I - Contos e Crônicas” levada pela organizadora, Nilze Monteiro
Batista, a encontros literários na Europa (Paris e Lisboa) os seguintes escritores
e trabalhos respectivos: Maria Inês de
Moraes Marreco, Presidente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais,
“prefácio”; Adilson Mariano, “Impacto”;
Adriano da Silva Ribeiro “A dupla existência da verdade”; Alice Spindola, “O
violino de papai”; Amélia Luz, “Além da cerca de arame farpado, esperança”; Andreia Donadon Leal, “As flores dormem à
noite”; Angela Maria Rodrigues
Laguardia, “Descobrir a crônica e as cronistas”; Angela Togeiro, “A primeira ceia”; Carlos
Magno de Almeida, “O despertar”; Cecy Barbosa Campos, “Reação em tempo de
pandemia”; Célia Lamounier de Araújo, “Comportamento social: breve exame
individual”; Cesar Vanucci “Brasileiros das Gerais”; Denise Izaguirre Anzorena,
“Entre o vestígio e a bruma”; Dora Tavares, “As seis cadeiras”; Elizabeth
Rennó, “A invenção de Lêdo Ivo”; Fátima Quadros, “As cartas que não enviei”; Goretti de Freitas, “Uma pausa para lembrar”;
Hebe Rôla, “O divórcio do viúvo”; Jair Araújo, ”Sophia e os amiguinho do vovô!”;
José Luiz Foureaux, “Marcações”; Luiz Alberto de Almeida Magalhães, “Confissões
íntimas”; Marzo Sette Torres, “Momento”; Nilze Monteiro, “Sonhar com
desconhecidos”; Vilma Cunha Duarte, “A
travessia”; Xúnior Matraga, “Aquele rapaz”; Zaíra Melillo, “A contenda”.
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