Marco Legal das Ferrovias (II)
Cesar
Vanucci
“A próxima revolução ferroviária vai passar
pela maiordiversificação de produtos
carregados, que terão maior valor agregado”.
(Marcello Costa, Secretário de Transportes
Terrestres)
É estimulante e positivo conceber que o Marco Legal Ferroviário possa recolocar nos trilhos um sistema de transporte atestadamente eficiente e econômico.
A expansão do setor ferroviário, a partir de agora, conforme decisões do Congresso e do Governo, está acenando com empreendimentos de vulto, a médio e longo prazos. A maioria deles, ao que tudo indica, estará centrada na priorização do transporte de mercadorias. Mas, nada impede que as estruturas férreas a serem montadas sirvam também, por uma questão de lógica e de bom-senso, ao deslocamento de passageiros. Isso atende em cheio às conveniências da população.
Vejamos, na sequência, alguns dos projetos já aprovados nesse novo momento ferroviário, com citação dos empreendedores, quilometragem das linhas e valores investidos: 1) Macro Desenvolvimento Ltda - Presidente Kennedy/ES a Sete Lagoas/MG: 610 km de extensão - R$ 14,30 bilhões; 2) Bracell - Lençóis Paulistas (SP): 4,29 km de extensão dentro do próprio município - R$ 40 milhões; 3) Bracell - Lençóis Paulistas a Pederneiras (SP): 19,5 km de extensão - R$ 200 milhões; 4) Ferroeste - Cascavel/PR a Chapecó/SC: 286 km de extensão - R$ 6,4 bilhões; 5) Ferroeste - Maracaju/MS a Dourados/MS: 76 km de extensão - R$ 1,20 bilhão;6) Ferroeste - Cascavel/PR a Foz do Iguaçu/PR: 166 km de extensão - R$ 3,1 bilhões; 7) Grão Pará - Alcântara a Açailândia/MA: 520 km de extensão - R$ 5,2 bilhões8) Petrocity - Barra de São Francisco/ES a Brasília/DF: 1.108 km de extensão - R$ 14,22 bilhões; 9) Planalto Piauí Participações - Suape/PE a Curral Novo/PI: 717 km de extensão - R$ 5,7 bilhões. Sabe-se que outros projetos estão sendo elaborados.
O Ministério da Infraestrutura complementa as informações referentes ao assunto com a explicação de que, os contratos não serão colocados em execução em 2022. O período será reservado para conclusão dos projetos, licenciamentos, desapropriações e outros procedimentos burocráticos. No ano corrente espera-se entregar 254,6 km de malha instalada. Esses trilhos, entretanto, não fazem parte dos empreendimentos originários do Marco que acaba de ser instituído. São trilhos construídos por empresas que disputaram leilão e ganharam concessões. Os contratos atuais somados aos do novo marco devem mudar o perfil da carga transportada. A partir de 2035, o Ministério projeta que as ferrovias serão 40 a 45% da matriz de transportes.
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