Documentação fotográfica espantosa
Cesar Vanucci
“Fizemos mais de 500 fotos.”
(Coronel
Uyrangé Hollanda)
Voltamos a nos ocupar do instigante enigma dos óvnis.
A história da “Operação Prato”, trazida aos leitores deste impoluto espaço, foi interrompida no capítulo anterior quando o coronel Uyrangé Hollanda - no histórico depoimento que quebrou um silêncio sepulcral de mais de vinte anos – relembrava o momento emocionante em que se deu conta, para todo o sempre, de que o problema do “disco voador” era realmente assunto merecedor de seriedade.
Retomemos o “ping-pong” dos jornalistas–ufólogos e o militar que resultou no extraordinário registro documental das ocorrências apuradas pela FAB.
“Pergunta
– Os agentes do grupo-tarefa deram início à operação antes do senhor e
tinham visto mais coisas: Mas e aí, o que aconteceu?
Coronel Uyrangé – Eles avistaram mais coisas e acreditavam mais do que eu. E me pressionavam:- Como pode você não acreditar? Um desses agentes era o suboficial João Flávio de Freitas Costa (...) que até brincava comigo dizendo que eu era cético enquanto uma dessas coisas não viesse parar em cima de minha cabeça. “Quando isso acontecer e uma nave acender uma luz sobre o senhor, aí eu quero ver”, dizia ele, sempre gozando (...). E eu retrucava que era isso mesmo, tinha que ser uma nave grande, bem visível, se não, não levaria em conta. E para que fui dizer isso naquela noite? Acabávamos de fazer essas brincadeiras quando, de repente, algo inesperado aconteceu. Apareceu uma luz, vinda do norte, em nossa direção. (...) Ela se deteve por instantes, fez um círculo em torno de onde estávamos e depois foi embora. Era impressionante: a prova cabal que eu não podia mais contestar. Eu pedi e ali estava ela. Foi então que levei uma gozada da turma. E agora? – os soldados me perguntaram.
P. – Quando
foi isso, exatamente?
R. – Em novembro de 1977 (...) O objeto tinha uma luz que se parecia com solda de metal (...) uma luz azul, forte, de brilho intenso. Mas não vi a forma do ufo, só a luz que emanava o tempo todo.
P. – Vocês
conseguiram fotografar esse objeto brilhante e sua emanação de luz?
R. – Fotografávamos tudo o que aparecia, mas levamos um baile durante uns dois meses com as fotos, pois nelas não saia nada. Sempre tínhamos os objetos bem focalizados, preenchendo todo o quadro da máquina, mas quando revelávamos os negativos, nada aparecia. (...) Isso aconteceu com frequência, até que ocorreu um fato inusitado. Eu estava analisando os positivos, muito chateado por não conseguir imprimir as imagens que víamos (...), quando peguei uma lanterna que usava em operações de selva, e fiz uma experiência. Foi a sorte (...). A lanterna tinha uma luz normal e forte numa extremidade e uma capa vermelha na outra, que servia para sinalização na selva. Era de um material semitransparente de plástico, tipo luz traseira de carro. Tirando-se a tal capa vermelha, havia um vidro fosco. Eu olhei para aquilo e me lembrei que os médicos examinam as radiografias num aparelho que tem um quadro opaco com luz por trás (radioscópio). Esse equipamento ajuda a fazer contraste de luz e sombra numa chapa de raio X. Assim, tive a ideia de pegar um filme já revelado e contrapô-lo ao vidro fosco da lanterna de selva. Pude ver então um ponto que não conseguia enxergar antes. Eu não estava procurando marca ou objeto algum, e sim uma luz, pois foi isso o que vimos (...) ao bater as fotos. Só que a tal luz não aparecia, e sim o objeto por trás dela. No caso do rolo que estava analisando vi um cilindro que aparecia em todos os demais fotogramas. Ficou claro, então, que não conseguia imprimir a luz do objeto na foto, mas sim a parte sólida dele, talvez por uma questão de comprimento de onda, não sei. Não entendi por que a luz do ufo não impressionava aquele filme, somente a parte sólida.
P. – Vocês
fizeram muitas fotos?
R. – E como! Mais de 500. Muitos rolos de filmes.
Isso ai: Não
estamos sós no universo.
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