*Cesar Vanucci
“Lutarei com todas as forças
pela paz e harmonia da família brasileira” (Luiz
Inácio Lula da Silva, Presidente eleito).
É
assim que funciona a democracia. O povo falou, está falado. Os brasileiros estão confiando a Luiz Inácio
Lula da Silva, pela terceira vez – feito inédito do candidato -, a grandiosa
missão de conduzir os destinos administrativos e políticos da Nação. Eleição
eletrizante, de impecável feitura, disputada palmo a palmo até os derradeiros
instantes das apurações, provocando avassaladoras emoções entre participantes
dos grupos contendores, atestou mais uma vez o nível de maturidade alcançado pela
Democracia na vida Nacional.
A fala do
Presidente eleito, tão logo reconhecida oficialmente sua vitória, foi
magistral, própria de estadista. Ele dedicou o trinfo à Democracia e ao povo,
fazendo da esperança em dias melhores o mote da alocução. As expressões paz,
harmonia, união, conciliação foram ouvidas repetidas vezes em contexto que realçou
compromisso de governar para todos, sem distinção entre apoiadores e
adversários. Proclamou enfaticamente que o Brasil precisa da colaboração de
todos nos projetos que se fazem imprescindíveis na conquista do bem-estar
coletivo. Salientou textualmente que “a maioria do povo brasileiro deixou bem claro que deseja mais, e não
menos, democracia. Deseja mais, e não menos, inclusão social e oportunidade
para todos” sublinhou: “ O povo deseja
mais, e não menos, respeito e entendimento entre os brasileiros. Deseja mais, e
não menos, liberdade, igualdade, fraternidade em nosso país. O povo mostrou que
deseja mais do que exercer o direito sagrado de escolher quem vai governar sua
vida, ele quer participar ativamente das decisões do governo. O povo deseja
mais do que direito de apenas protestar que está com fome, que não há emprego,
que seu salário é insuficiente para viver com dignidade, que não tem acesso à saúde,
à educação, que lhe falta um teto para viver e criar seus filhos com segurança,
que não há nenhuma perspectiva de futuro. O povo brasileiro quer viver bem,
quer comer bem, morar bem. Quer um emprego, um salário justo, reajustado sempre
acima da inflação. Quer ter saúde, educação, políticas públicas de qualidade.
Quer liberdade religiosa. Quer livros em vez de armas”. Assegurou que A roda
da economia vai voltar a girar, com geração de empregos, valorização dos
salários e renegociação das dívidas das famílias que perderam seu poder de
compra. Disse, ainda, que o Brasil vai retomar o papel de protagonista no
cenário internacional.
Lula deixou claro que vai estruturar sua
equipe auxiliar com base nas forças representativas da “frente ampla” que o
apoiou. No tocante à política ambiental garantiu que vai trabalhar pela
“devastação florestal zero”.
O
pleito do domingo dia 30 de outubro, foi acompanhado com incomum interesse e
atenção em diferentes partes do mundo, fazendo jus a vistosas manchetes de
primeira página em jornais do exterior. Uma hora depois de anunciados os
resultados, numerosos dirigentes de vários países cumprimentaram o eleito
registrando desejo de cooperação mutua. Lideranças de diferentes setores
públicos e privados, envolvendo mesmo adversários declarados, felicitaram Lula
e Alckmin pelo trinfo obtido nas urnas augurando-lhes votos de sucesso na
empreitada que os aguarda.
Duas menções, entre outras a fazer nesta
hora: o magnífico desempenho da Justiça Eleitoral na organização no processo de
votação e apuração; a robustez política do candidato derrotado, Jair Bolsonaro,
mesmo sabendo do emprego abusivo da máquina estatal em prol da reeleição.
E, por ultimo, quão reconfortante é perceber
a pujança assumida pela Democracia na terra pátria!
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
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