*Cesar Vanucci
“O
espírito humano é que nem o paraquedas, só funciona aberto”.
(
Louis Pauwels
e Jacques Bergier)
1) Liberdade de expressão e “fake news”.
Como se diz no descontraído tagarelar das ruas, uma coisa é uma coisa, outra
coisa é outra coisa. Aí de quem não consegue distinguir situações tão contrapostas!
Torna-se vulnerável a sérios distúrbios psíquicos, compondo à sua volta aquilo
que especialistas em ciências sociais chamam de “realidade paralela”. Algo de
extrema toxidade para si mesmo e para pessoas de sua convivência familiar,
profissional e social. A “realidade paralela” produz delirantes reações,
roçando a paranoia. Provoca estragos consideráveis nos relacionamentos.
A
democracia encontra na liberdade de expressão suporte essencial. O espírito
humano como asseveram Louis Pauwels e Jacques Bergier ,
autores do magnífico livro “O despertar dos mágicos”, é que nem o paraquedas,
só funciona aberto. Em suas
manifestações os seres humanos traduzem crenças e sentimentos pessoais
merecedores de respeito nas atividades mundanas, mesmo que deles se possa
discordar frontalmente. O contraditório, as diferenças são parte indissociável
do jogo da vida. O dialogo, feito às vezes, de opiniões divergentes é caminho
indesviável na busca de soluções para problemas que dizem respeito ao bem
comum.
Já
as “fakes news” constituem uma contrafação da liberdade de expressão, por mais
que pescadores de águas turvas procurem, em momentos de efervescência política,
confundir incautos a respeito. Não passam de despudorada falsidade com fitos
delituosos. Carecem ser combatidas com todo o rigor da lei. Na verdade, esse
combate vem se fazendo dificultoso por força da capilaridade complexa da
chamada mídia eletrônica. A propagação de mentiras, ás vês letais, nas redes
sociais tem sido motivo de preocupação mundial e isso como tudo faz crer levará
a uma inevitável regulamentação do processo, de modo a despoja-lo de seu autograu
de nocividade.
Resumo da ópera: quando nas jurisdições
competentes, caso por exemplo do Tribunal Superior Eleitoral, uma ordem seja
emanada para a retirada de circulação de contas das redes atentatórias à dignidade
de cidadãos e instituições, a liberdade de expressão não está sendo cerceada. O
que está sendo impedido é uma pratica criminosa, por mais que esbravejem em
contrário alguns desvairados militantes políticos.
2) Sandices sem
conta. Em
são Paulo, no hospital, estava tudo devidamente preparado para tão aguardada
intervenção cirúrgica. O transplante programado representava para o paciente,
familiares e corpo clinico um instante redentor. Por culpa de fanáticos
militantes políticos, responsáveis por bloqueio rodoviário criminoso, o órgão
(coração) não pode ser transportado em tempo hábil de Goiânia até a capital
paulista. Quanta perversidade, santo Deus!
Em
cidade catarinense, um grupo de arruaceiros participante da interdição de
estradas hostilizou o Ministro Luis Roberto Barroso, do STF. Foram identificados,
dentre eles, indivíduos flagrados noutros distúrbios a reproduzirem, braços
erguidos, a saudação dos “camisas pardas hitleristas”.
Cena grotesca capitada, durante o bloqueio rodoviário
em Caruaru, Pernambuco. Um caminhoneiro contrario a descabido protesto, acelerou
o veiculo. Um dos manifestantes, na tentativa de detê-lo agarrou-se ao capô sendo
conduzido na desconcertante posição por um pedaço de tempo.
Convocando parceiros para acompanha-lo em
ações delituosas numa rodovia do Paraná um arruaceiro médico sugeriu que fossem usados como “escudo humano” mulheres,
idosos e crianças, inclusive de colo, de maneira a inibir agentes da lei encarregados de manter a ordem.
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
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