*Cesar Vanucci
“Democracia para sempre”
(Presidente Luiz Inácio Lula da Silva)
A desvairada ofensiva do fanático grupelho
político empenhado em minar as resistências do arcabouço democrático brasileiro
malogrou estrepitosamente. As reações prontas e vigorosas dos segmentos
verdadeiramente representativos da sociedade, inserida aí, naturalmente, a voz
soberana e decisiva da gente do povo, rechaçaram com veemência as propostas e
insinuações de se criar o caos pretendido pelos radicais de plantão. O Brasil
democrático, cioso de suas prerrogativas republicanas e avesso a maquinações
golpistas e extremismos de quaisquer matizes, disse um basta categórico as
ações terroristas focadas na ruptura dos sagrados ditames constitucionais.
Como
benfazeja consequência do autentico sentimento nacional, o país e o mundo
puderam presenciar, em assim sendo, a empolgante celebração cívica democrática
do dia 1° de janeiro de 2023, realizado em Brasília ao ensejo da posse do
Presidente e Vice-presidente eleitos para o quadriênio administrativo, num
pleito que se timbrou por lisura impecável. Gigantesca multidão na Praça dos
Três Poderes e milhões de brasileiros, em todos os quadrantes de nosso
território continental acompanharam exultantes, todos os lances de um
acontecimento histórico memorável com ressonância mundial iniludível. Nunca, na
crônica política brasileira, uma sucessão presidencial foi vista pela
comunidade internacional com tanta atenção e interesse. Brasília, centro do
poder, jamais recebeu tantas delegações estrangeiras chefiadas pelas figuras de
maior realce na atividade pública de cada país presente. O imponente ritual da
cerimônia de posse propriamente dita e a programação que se seguiu de eventos
festivos, com avultada participação graciosa de artistas famosos identificados
com a causa democrática, vão ficar gravados para sempre na memória dos que
compartilharam das emoções da data.
Nos
dois discursos feitos pelo Presidente Lula, um no Congresso, outro no
parlatório da Esplanada miraram, como era de se imaginar, questões candentes da
atualidade sofrida da população socialmente mais desguarnecida. O Presidente
asseverou que irá dedicar a maior parcela de seu trabalho administrativo no
sentido da reconstrução das políticas sociais desbaratadas em tempos recentes.
Em tom emocionado afirmou que seu principal objetivo é acabar com a fome no
Brasil. Disse que irá governar sem revanchismos, respeitando rigorosamente os
preceitos democráticos, para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não
apenas para os que nele votaram. Acrescentou: “Vou governar para todas e todos,
olhando para nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um
passado de divisão e intolerância. A ninguém interessa um país em permanente pé
de guerra, ou uma família vivendo em desarmonia. É hora de reatarmos os laços
com amigos e familiares, rompidos pelo discurso de ódio e pela disseminação de
tantas mentiras”.
Noutro
trecho de sua alocução salientou: “Não existem dois brasis. Somos um único
país, um único povo, uma grande nação.” Lamentando que a desigualdade e a
extrema pobreza voltaram a crescer, declarou que isso não se deve ao destino,
nem é obra da natureza, nem da vontade divina. Aduziu: “A volta da fome é um
crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro. A fome é filha
da desigualdade, que é mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do
Brasil. A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais, ao
dividi-lo em partes que não se reconhecem.”
A
fala presidencial abrangeu outros conceitos relevantes, exprimindo anseios de
recolocação do país nas trilhas do desenvolvimento e do progresso.
Tudo que aconteceu de portentoso,
inclusive a simbólica entrega da faixa presidencial por cidadãos do povo,
significou soberba resposta aos
desatinos antidemocráticos.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
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