*Cesar Vanucci
“Não há espaço no Brasil democrático para atos terroristas” (Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado)
Chega! Assanha contestatória miliciana já
ultrapassou todos os limites toleráveis. Indignada e atônita, a opinião pública
põe-se à espera de que os órgãos competentes adotem, o quanto antes as
providencias legais cabíveis para refrear e punir severamente o grupúsculo de fanáticos políticos engajado no impatriótico
complô contra o Estado democrático de direito. A sociedade brasileira, de
índole pacífica e vocação democrática, recusa a condição de refém indefeso que
as ações terroristas recentes pretendem atribuir-lhe.
A democracia é benevolente e
tolerante, às vezes até indulgente e condescendente. Defende a liberdade, a
igualdade, a diversidade não rima com tudo, jeito maneira com fanatismo, fundamentalismo,
totalitarismo, terrorismo. Rechaça, com veemência, essas formas pervertidas de negação
dos direitos fundamentais que conferem dignidade a aventura humana.
O leitor já imaginou a
proporção da catástrofe que teria ocorrido, no aeroporto de Brasília, no santo
dia de Natal, caso a bomba armada no caminhão com 60 mil litros de combustível
não tivesse sido desativada a tempo? Já imaginou também o tamanho da tragédia
que poderia ter resultado da insana tentativa de lançar do alto de um viaduto ônibus sobre uma via pública atulhadas de veículos em circulação? Como
lembra a escritora Márcia Tiburi, alvo de ameaças de empedernidos adeptos da
corrente do ódio político, “o show diário de fanatismo, estupidez e paranoia
desse universo paralelo tem que acabar...” Tem que acabar mesmo! Dentro de poucos
dias dar-se a posse solene do Presidente Lula e do vice-presidente Alckmin,
escolhidos pelos brasileiros, em memorável disputa eleitoral, de lisura
insofismável, louvada internacionalmente, para conduzir seus destinos pelo
próximo quatriênio. Tudo indica que será festa cívica magnífica, com ampla
participação popular e presença de influentes lideres mundiais em numero avultado nunca
dantes registrado em cerimônia do gênero. Artistas consagrados se ofereceram
para apresentações em espetáculos que se estenderão pelo dia todo, em sinal de regozijo
pelo significado democrático do evento. Os olhares da gente do povo estarão
focados, com entusiasmo e esperança no ritual protocolar que inaugurará um novo
e promissor marco na gestão dos negócios administrativos da Nação.
Por culpa dos terroristas os
esquemas de segurança estão sendo naturalmente reforçados. “terroristas não vão
emparedar a democracia”, assegura com firmeza e confiança, o futuro Ministro da
Justiça, Flavio Dino.
A propósito das provocações terroristas e
golpistas, voltadas para o propósito de tumultuar a magna festividade do dia 1°,
o senador Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado e Congresso, tornou pública
declaração de que “Não há espaço no Brasil democrático para atos
análogos ao terrorismo”. Acrescentou ainda: "As eleições se findaram com a
escolha livre e consciente do presidente eleito que tomará posse no dia 1º de
janeiro. O Brasil quer paz para seguir em frente e se tornar o país que todos
nós desejamos. A reconciliação nacional, a volta de um ambiente de equilíbrio,
de ponderação e de sensatez é fundamental. Questionamentos indevidos, crises que
não precisam ser geradas, têm de ser combatidas".
A grande maioria dos brasileiros pensa como o
Presidente do Senado. Estranha bastante o silêncio sepulcral dos atuais
mandatários do poder diante dos ignominiosos acontecimentos em Brasília. E
coloca-se na expectativa de que as investigações em andamento proporcionem
rápida elucidação dos fatos com o enquadramento criminal de todos os
envolvidos, além do terrorista já encarcerado.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
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