*Cesar Vanucci
Confiar e
acreditar em Deus é remédio” (Alexandre Barão
Acuña)
Atendendo a recomendação médica, permaneci
distanciado das canchas cerca de um mês. De volta ao batente, renovo a
disposição de compartilhar com o distinto leitorado considerações, opiniões,
informações, prosaicas quimeras que possam expressar, interpretações singelas da
trepidante aventura da vida.
Vamos abordar, em seguida, tema que frequenta
insistentemente as preocupações da gente do povo: o preço dos remédios. Algo
que, sob certos aspectos representa, na vida de muitos, por paradoxal que seja,
um mal sem remédio.
As políticas de preços adotadas pelas grandes
corporações farmacêuticas costumam dificultar o acesso de multidões a formulas
medicamentosas lançadas com o declarado propósito de minorar os padecimentos de
pessoas enfermas. A lucratividade exagerada lobrigada nas operações do setor se
sobrepõe de longe ao sagrado interesse social. O valor de alguns produtos
essenciais, imprescindíveis no processo de cura, se eleva em não poucas
ocasiões, a patamares inacessíveis mesmo a consumidores dotados de razoável poder
aquisitivo.
Em situações extremas, como sabido, o Poder
Público é acionando pela Justiça de modo a custear as despesas de tratamento,
resguardando assim, a margem da lucratividade arbitrada pelos “donos dos
remédios.” De quando em vez, face a uma ou outra emergência, as autoridades
competentes se valem do dispositivo legal da quebra de patente em tentativa de
refrear o ímpeto altista dos laboratórios. Isso acontece de raro em raro. Não correspondem
por inteiro às respeitáveis exigências sociais.
O relacionamento dos consumidores com o setor
industrial responsável pela fabricação de remédios, com a regulação
indispensável de organismos governamentais, carece de reformulação visceral. O valor
que avulta entre todos os demais, no
processo em questão, deve ser o bem estar humano. O que importa mais em tudo
isso é a saúde do ser humano. Todos os aspectos restantes têm que ficar, forçosamente,
subordinados a instancia maior que é a vida.
É obvio que a pesquisa, a criatividade, o engenho,
a inventiva das pessoas e instituições empenhadas na descoberta de formula
medicamentosa eficaz, fazem por merecer compensações justas pelos seus feitos
auferidos na lida meticulosa das experiências processadas em laboratórios. A
sociedade terá que encontrar, mais cedo ou mais tarde, consideradas todas as
conveniências em jogo, uma solução harmoniosa que contemple as expectativas do
publico consumidor e a valorização do mérito científico identificado nas
descobertas e manuseio de remédios de maneira a facilitar a liberação para uso
universal, amplo, geral e irrestrito do produto detentor de comprovado poder
curativo.
No afã de colaborar com o consumidor, o
governo brasileiro instituiu a “farmácia popular”. Esvaziada na gestão passada,
como ocorreu com tantas outras iniciativas oficiais de cunho social, a proposta
é tímida diante das necessidades reais. De qualquer maneira, a questão tem
dimensão mais abrangente. Sua escala é universal. Há que ser resolvida em
fóruns internacionais.
E já que estamos falando em remédio, não
resisto à tentação de passar a diante um receituário de remédios baratos elaborado
pelo médico
integrativo, Alexandre Barão Acuña: “exercício físico é remédio,
jejum é remédio. Rir é remédio. Verduras e frutas são remédios. Sol é remédio.
Amar e ser amado é remédio. Gratidão é
remédio. Deixar de lado a ofensa é remédio, meditação é remédio. Pensar
positivo e manter o estado de espírito bom é remédio. Confiar e acreditar em
Deus é remédio. Bons amigos é remédio. Ser perdoado e perdoar também são ótimos
remédios. Utilizando todos esses remédios com certa frequência na sua vida eu
tenho certeza que você vai precisar muito menos dos remédios de farmácia.”
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br
2 comentários:
Muito pertinente o artigo de tão grande e querido escritor pelo qual tenho grande admiração.
Sempre um prazer ler seus textos. Achei muito bom também o canto poético. Bravo
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