segunda-feira, 3 de abril de 2023

Incidente em Roswell

                   


  

 *Cesar Vanucci 

“A Força Aérea Americana recolheu os destroços de uma nave alienígena” (Manchete de jornal de Roswell , em 8 julho de 1947)

 

O “incidente em Roswell” é marco histórico na crônica ufológica mundial. É citado, a bem dizer, em todas as narrativas escritas e orais que se ocupam de esclarecer, com riqueza de detalhes o desconcertante enigma dos assim chamados “discos-voadores”.


 Roswell, no Novo México, Estados Unidos é uma localidade que abrigava, por volta de 1947, a mais importante Base da Força Aérea estadunidense. Dessa base decolaram as “fortalezas voadoras” que lançaram as bombas atômicas que puseram fim, com a destruição de Hiroshima e Nagasaki, à Segunda Guerra Mundial. Como sabido, a tragédia atômica forçou a rendição japonesa em 1945.

 Em julho de 1947 algo inusitado aconteceu na zona rural de Roswell, atraindo desde então os olhares mundiais para esse ponto distante da geografia Norte Americana. Um Rancheiro local, cavalgando por áreas de sua propriedade com o intuito de avaliar prováveis estragos provocados por  uma tempestade na noite anterior, deparou-se com estranhos fragmentos de metal espalhados por larga faixa do terreno. A primeira impressão era de que um objeto aéreo de enorme proporção houvesse sofrido uma queda, despejando destroços em quantidade. Alertado sobre a ocorrência pelo rancheiro, o xerife comunicou-se imediatamente com as autoridades da Base Aérea. Designado pelo comandante da Base para as averiguações que se impunham o Major Jesse Marcel, chefe de relações públicas, seguiu imediatamente para o local do incidente. Horas depois, o jornal de Roswell e as agencias noticiosas divulgaram a espantosa notícia de que a Força Aérea havia recolhido, pela primeira vez, fragmentos de uma nave misteriosa de origem extraterrestre.

 Começou ali perdurando até os dias de hoje uma das histórias mais fascinantes do fabuloso acervo de registros ufológicos reunido por pesquisadores, cientistas e militares. Um acervo que comporta discussões intermináveis, desfile de informações inesgotáveis, controvérsias ruidosas que fazem dos relatos sobre contatos imediatos de todos os graus com os chamados “discos-voadores”  tema apaixonante sem igual.

Uma surpresa aguardava o público que se inteirou, maravilhado, dos impressionantes fatos. Os superiores hierárquicos do Major Marcel determinaram que a fantástica notícia fosse modificada. Não, a força aérea não havia capturado destroços de uma nave de outro mundo. Os artefatos recolhidos eram apenas restos de um balão metrológico, simples assim. A informação vinha acompanhada de um pedido de desculpas pelo “equivoco”.

 É claro que a versão não colou. Na verdade acabou aguçando ainda mais a curiosidade popular estimulando pesquisas mais aprofundadas sobre o fato, coleta de depoimentos com o objetivo de provar que a Força Aérea Americana, por razões estratégias, optou por encobrir a verdade.

 Roswell rendeu vasto material de leitura, documentários televisivos sem conta, filmes e livros. Hollywood relatou a amargura vivida pelo Major Jesse Marcel diante da situação vexatória a que foi submetido com o desmentido determinado por seus superiores.

 A intensificação das pesquisas conduziu estudiosos à certeza de que ocorreu realmente o apresamento de restos de uma nave alienígena com tripulantes carbonizados. E à convicção também de que Roswell não foi o único caso desse gênero ocorrido no mundo.

Falarei mais sobre Roswell na sequencia, relatando inclusive um depoimento que coli do médico Jesse Marcel Jr., filho do Major.

  Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)  


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