*Cesar Vanucci
“A Força Aérea Americana recolheu
os destroços de uma nave alienígena” (Manchete de jornal de Roswell , em 8
julho de 1947)
O
“incidente em Roswell” é marco histórico na crônica ufológica mundial. É
citado, a bem dizer, em todas as narrativas escritas e orais que se ocupam de
esclarecer, com riqueza de detalhes o desconcertante enigma dos assim chamados
“discos-voadores”.
Roswell, no Novo México, Estados Unidos é uma
localidade que abrigava, por volta de 1947, a mais importante Base da Força
Aérea estadunidense. Dessa base decolaram as “fortalezas voadoras” que lançaram
as bombas atômicas que puseram fim, com a destruição de Hiroshima e Nagasaki, à
Segunda Guerra Mundial. Como sabido, a tragédia atômica forçou a rendição
japonesa em 1945.
Em julho de 1947 algo inusitado aconteceu na
zona rural de Roswell, atraindo desde então os olhares mundiais para esse ponto
distante da geografia Norte Americana. Um Rancheiro local, cavalgando por áreas
de sua propriedade com o intuito de avaliar prováveis estragos provocados
por uma tempestade na noite anterior,
deparou-se com estranhos fragmentos de metal espalhados por larga faixa do
terreno. A primeira impressão era de que um objeto aéreo de enorme proporção
houvesse sofrido uma queda, despejando destroços em quantidade. Alertado sobre
a ocorrência pelo rancheiro, o xerife comunicou-se imediatamente com as
autoridades da Base Aérea. Designado pelo comandante da Base para as
averiguações que se impunham o Major Jesse Marcel, chefe de relações públicas, seguiu
imediatamente para o local do incidente. Horas depois, o jornal de Roswell e as
agencias noticiosas divulgaram a espantosa notícia de que a Força Aérea havia recolhido, pela primeira vez, fragmentos de uma nave misteriosa de origem
extraterrestre.
Começou ali perdurando até os dias de hoje uma
das histórias mais fascinantes do fabuloso acervo de registros ufológicos
reunido por pesquisadores, cientistas e militares. Um acervo que comporta
discussões intermináveis, desfile de informações inesgotáveis, controvérsias
ruidosas que fazem dos relatos sobre contatos imediatos de todos os graus com
os chamados “discos-voadores” tema
apaixonante sem igual.
Uma surpresa aguardava o
público que se inteirou, maravilhado, dos impressionantes fatos. Os superiores
hierárquicos do Major Marcel determinaram que a fantástica notícia fosse
modificada. Não, a força aérea não havia capturado destroços de uma nave de
outro mundo. Os artefatos recolhidos eram apenas restos de um balão
metrológico, simples assim. A informação vinha acompanhada de um pedido de
desculpas pelo “equivoco”.
É claro que a versão não colou. Na verdade
acabou aguçando ainda mais a curiosidade popular estimulando pesquisas mais
aprofundadas sobre o fato, coleta de depoimentos com o objetivo de provar que a
Força Aérea Americana, por razões estratégias, optou por encobrir a verdade.
Roswell rendeu vasto material de leitura,
documentários televisivos sem conta, filmes e livros. Hollywood relatou a
amargura vivida pelo Major Jesse Marcel diante da situação vexatória a que foi
submetido com o desmentido determinado por seus superiores.
A intensificação das pesquisas conduziu estudiosos
à certeza de que ocorreu realmente o apresamento de restos de uma nave
alienígena com tripulantes carbonizados. E à convicção também de que Roswell
não foi o único caso desse gênero ocorrido no mundo.
Falarei mais sobre Roswell
na sequencia, relatando inclusive um depoimento que coli do médico Jesse Marcel
Jr., filho do Major.
Nenhum comentário:
Postar um comentário