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Cesar Vanucci
“Creio que fazemos parte de alguma coisa.” (Charles Fort, autor do “Livro dos Danados”)
Os enigmas são muitos. Estão em todos os cantos.
Fora e dentro deste planeta azul. Acompanham a trajetória humana desde o começo
dos tempos. Sugerem que a história deva ser dividida em dois tempos distintos.
Os tempos conhecidos e os tempos desconhecidos. Falam, sim, de civilizações
anteriores à nossa. Atiçam a imaginação das pessoas, estimulando-as a
refletirem um pouco mais sobre a origem, o destino, a vocação da espécie.
Egito, México, China, Índia, Camboja, Peru, Guatemala, Bolívia, Tibete exibem,
para embevecimento e perplexidade geral, vestígios extraordinários,
indecifráveis, insólitos, inexplicáveis de realidades de vida que teriam sido
deixadas pra traz, não se sabe bem por quem, nem quando.
Conto, em seguida, uma historieta que poderia
intitular de “O “Brazil” dos fenícios”. Convido todos para uma chegadinha até o
fabuloso museu do Vaticano. Este museu é depositário de uma sabedoria que
remonta ao fundo dos tempos. Pesquisadores de alta reputação sustentam, com
fervorosa convicção, que a liberação, para estudos, da volumosa documentação
ali reunida poderia levar estudiosos nos diversos campos da ciência a
revelações estonteantes sobre a fascinante aventura humana. Revelações que,
provavelmente, concorreriam para alterar, de modo visceral, muitos conceitos
consolidados da história.
Na mapoteca do museu, o visitante dá de cara, em
dado momento, com uma amostra expressiva – que nos toca mais de perto, aos
brasileiros – das tais revelações instigantes que se imagina existirem em
profusão nos preciosos guardados milenares da instituição. Trata-se de um mapa
de, aproximadamente, dois metros de comprimento por metro e meio de largura. O mapa
estampa, com absoluta nitidez, os contornos litorâneos brasileiros. Tudo muito
preciso, a começar do desenho correspondente a essa maravilha ecológica
conhecida em nossos tempos pela denominação de arquipélago de Fernando de
Noronha. Só que tem uma coisa pra lá de desnorteante. O mapa é datado de 1506.
Isso mesmo! Peraí, teria sido elaborado por ignotos e diligentes cartógrafos
seis anos após a chegada das naus de Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro? Mais
um dado perturbador. O nome “Brazil” (com “z” mesmo) está registrado na peça.
Mas como? Na época – não é o que se conta nos livros de história? - ninguém,
entre os descobridores, cogitou de dar à imensa e dadivosa terra incorporada
aos domínios portugueses tal denominação! Ao enigma junta-se outra inesperada
informação. É extraída de um livro que relata coisas que teriam acontecido em
tempos sem registros na história dos homens. Os fenícios percorreram com
assiduidade, há milênios, estas nossas vastidões territoriais descobertas em
1500. Batizaram então as terras visitadas com o nome de “Brazil”. A expressão,
em seu idioma, quer dizer “terra do minério de ferro”.
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