“Os vestígios estão aí. (...) Um desses incríveis e misteriosos vestígios surgiu em um deserto peruano (...) nos arredores de Ica.”
(J.J.Benitez, jornalista e escritor espanhol)
Quem já andou por aquelas plagas,
sabe do que estou falando. O Peru é um espanto. E Ica, lugar rodeado pelas
areias brancas e pedregosas do deserto de Ocucaje, merece ser apontada como um
espanto dentro do espanto maior. A região adquiriu notoriedade mundial com
descobertas assombrosas que ficaram conhecidas como “as pedras gravadas de
Ica”. Uma espécie de “biblioteca na pedra”, pode-se dizer.
A capacidade investigativa e a perseverança à toda
prova de um professor chamado Javier Cabrera Darques, peruano de inquebrantável
vontade, colocaram a humanidade inteirada de achado fantástico. Um achado que
desafia a argúcia de pesquisadores experimentados e coloca em xeque teorias e
teses científicas pacificamente assimiladas no conhecimento consolidado dos
homens. Está claro que sobrou para o desassombrado professor uma carga bastante
pesada de incompreensões e doestos, como decorrência dos arrojados conceitos
que ousou estabelecer à volta das descobertas.
A explicação trazida para os milhares de seixos
gravados, de tamanhos diferenciados, que Cabrera conseguiu resgatar, de datação
antiquíssima, consideravelmente distante dos tempos conhecidos (há quem fale
até em milhões de anos), é desnorteante. Tudo aquilo nada mais significaria
senão uma espécie de documentação deixada por civilização tecnologicamente
avançada, que pretendeu passar para os pósteros a essência de suas experiências
de vida.
E aí, como é que ficam as coisas? As pedras
estampam cenas inacreditáveis do ponto de vista científico. Registram
realizações inteligentes produzidas por alguém que dominava saberes incomuns
nas áreas da astronomia, da astronáutica, da medicina. Falam das relações desse
“alguém” com o meio ambiente, com a terra que povoava, com sua fauna e flora.
Divididas em séries, ou capítulos, as pedras gravadas de Ica, no Peru, estão
recolhidas em dois museus. Um deles pertencente ao Estado. Outro, mais bem
provido de peças, organizado pelo próprio professor Cabrera.
Ao contemplarem os enigmáticos registros, as
pessoas experimentam emoções fortes, que vão do deslumbramento à perplexidade.
As revelações mexem com a cabeça. Revolvem conceitos solidamente enraizados na
mente coletiva. Deixam os observadores comovidos. Por mais espantoso que possa
parecer, entre as informações assombrosas transmitidas nos seixos existem
descrições pormenorizadas acerca de transplantes de órgãos; sobre o código
genético; sobre espaçonaves utilizadas em deslocamentos pelo campo azul
infinito do céu.
Como é que haveremos de nos comportar diante desse
recado fabuloso, provavelmente deixado por uma civilização que tomou rumo
ignorado, após passagem por este nosso planeta azul? Um dos “capítulos” do
documentário das pedras gravadas de Ica alude a uma viagem cósmica de colossais
proporções. Seres desconhecidos, à maneira de um êxodo, provocado talvez pela
proximidade de grande cataclisma, “anunciam” sua partida com o destino de um
ponto qualquer na constelação das Plêiades.
O professor Javier Cabrera Darquea, num livro
precioso, intitulado “As mensagens gravadas de Ica”, considera que os seixos
“explicam, racionalmente, muito mais do que, até o momento, a humanidade atual
tem considerado enigmas e fantasias em torno da existência passada do homem.”
Vale a pena ler o livro. Vale a pena visitar Ica.
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