*Cesar Vanucci
“Constatação
surreal: Las Vegas recebe mais turistas estrangeiros do que”
( Antonio
Luiz da Costa, educador)
Las
Vegas, cidade estadunidense com 640 mil habitantes, 2 milhões e 200 mil na zona
metropolitana, acolhe mais de 5 milhões de turistas estrangeiros e recebe cerca
de 52 milhões de visitantes a cada ano.
O Brasil, país com 2020 milhões de habitantes com pontos de atrações
inigualáveis, registra fluxo anual de 2 milhões e 200 mil turistas estrangeiros.
Não está havendo erro nos números que o caro leitor acaba de ler. Las Vegas, com
seu fabuloso complexo de cassinos, atrai mais visitantes estrangeiros do que
nosso país por inteiro. Esta a atordoante constatação.
Os cassinos fazem a diferença. Movimentam uma
rede fantástica de hotelaria requintada e um sistema espetacular de serviços de
entretenimento artístico e de lazer.
Já o Brasil, um colosso em paragens
deslumbrantes, não possui cassino. Pelo menos operando legalmente. E o porquê
isso acontece? Por que ao contrario de praticamente todos outros países do
mundo, resolvemos por aqui proibir o funcionamento de cassinos? Colocando os pingos nos is, num papo franco e
objetivo, a explicação a dar não pode ser outra que não o falso moralismo, o
puritanismo rançoso e o preconceito encardido.
O negativismo relacionado com o jogo operado
em cassinos colide frontalmente, o tempo todo, com a realidade da prática de
apostas existente, de forma profusa em todos os cantos. O chamado “jogo de
azar” em inumeráveis modalidades é difundido em larga escala na vida nacional.
Sendo raríssimos os cidadãos que deixam de participar, regularmente de uma
inocente “fezinha”. Está presente em milhares de agremiações recreativas, nas
plataformas digitais, nas conhecidas “bancas de bicho” , - carecedoras de regulamentação
oficial - e nos concursos lotéricos diários. E o que não dizer das manjadas
casas de apostas que, por sinal, andam frequentando assiduamente as manchetes
por conta de muretas praticadas nas arenas esportivas? O Brasil tomou-se de assombro
ao saber que as casas de apostas, em questão são todas sediadas no exterior,
carreando para outros países os frutos de rendosas operações. É alentadora a
revelação de que o governo está cuidando de oficializar esse tipo de aposta.
O
jogo é uma realidade palpável, fingir que nada disso acontece não passa de
deslavada hipocrisia.
Existe no parlamento projetos para a legalização
de jogos em cassino. Os parlamentares, os políticos, as lideranças empresariais
e a sociedade precisam atentar para importância econômica e social dessa
legalização. No momento em que o país estuda as possibilidades de incrementar
seu desenvolvimento criando empregos, oportunidades de renda e aumento de
recursos públicos para aplicação em obras de infraestrutura, a abertura de
cassinos em inúmeros pontos de convergência de atração turística, a
institucionalização do bingo e do “Jogo do Bicho” despontam como iniciativas recomendáveis.
A estruturação de atividades, compreendendo hotelaria, gastronomia, lazer
cultural e artístico, a ser gerada a partir da implantação de um cassino poderá
alterar a fisionomia econômica dos lugares contemplados com esse tipo de
empreendimento. A construção civil ganhará alento com obras que fatalmente
surgirão e levas de turistas brasileiros que em numero elevado demandam localidades
estrangeiras providas de roletas, mesas de cartas, máquinas de caças níqueis e
entre, uma rodada e outra, shows de todos os tipos, redirecionarão seus
destinos de lazer.
Não
seja ignorado o volume considerável de recursos que, desde muito tempo, até
aqui, circula na clandestinidade, notadamente por parte das bancas de jogo do
bicho. A pujança desse segmento “operacional” é tamanha que já nos habituamos a
ver, em campanhas políticas no Estado do Rio de Janeiro, candidatos a postos
eletivos se reunirem com os assim chamados “banqueiros”(bicheiros), dando do encontro
ampla divulgação. Isso aí....
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