*Cesar Vanucci
“A reforma tributária está chegando com Três décadas de atraso. Antes tarde do que nunca.”
(Antônio Luiz da Costa, educador)
1) Enxergada
pelas forças produtivas como fator de suma relevância na escalada do
desenvolvimento econômico e social, a Reforma Tributária vem de ser aprovada
pela Câmara dos Deputados. Espera-se agora que sua tramitação no Senado da
Republica possa ser concluída já em agosto, depois do recesso parlamentar,
subindo para a sanção presidencial.
Por mais de três
décadas o tema frequentou as pautas das discussões políticas, sem, toda via,
ganhar impulso suficiente para a definição finalmente tomada. Uma definição,
diga-se de passagem, que sai inteiramente ao gosto das lideranças mais
esclarecidas dos diferentes setores da vida nacional, que encaram a ação
entrosada do Governo com o Congresso no sentido da aprovação como conquista
valiosa do país, bem acima das conveniências e dos interesses da situação e da
oposição. Esta poderosa conjugação de esforços e de vontades significa, do
ponto de vista da opinião pública, algo alvissareiro que se almeja
frequentemente, em todas as iniciativas e empreitadas, independentemente de
eventuais posicionamentos divergentes de cunho partidário, que mirem o bem
comum.
Para melhor se
aquilatar a real importância da Reforma Tributária é recomendável conhecer o
que foi divulgado por dezenas de empresários e economistas, das mais variadas
tendências no plano das ideias políticas, em manifesto que exortou o Congresso
a acolher a PEC encaminhada pelo Governo. Segue-se trecho bastante elucidativo:
"Reconhecemos que não existe reforma
tributária ideal. No entanto, temos confiança de que a reforma tributária, se
aprovada, terá um efeito muito positivo sobre a produtividade e o crescimento
do país, além de reduzir nossas desigualdades sociais e regionais. Sabemos que
mudanças como essa geram resistências e temor por parte de alguns agentes econômicos
e de entes da federação. Mas temos certeza de que os benefícios para a
população e para a economia brasileira serão colhidos por todos".
2) Do contra -
Os oposicionistas radicais costumam valer-se de uma “lógica implacável” em suas
manifestações no congresso, quando chamados a votar. Agem que nem “anarquista
espanhol” : “ há governo? Sou contra!” O Governador de São Paulo, Tarcisio de
Freitas, oposicionista moderado, concitou parlamentares do PL, em reunião
especialmente convocada para debater o projeto da Reforma Tributária, a
apoiarem a proposta governamental. Alguns Deputados alegaram que seu voto seria
pela desaprovação uma vez que os adversários do PT iriam votar pela aprovação.
A bem da verdade é preciso dizer que, no passado, os petistas, então, na
oposição, procediam da mesma forma.
3) Bolo - O
Presidente do Banco Central Roberto Campos Neto comemorou o aniversário
natalício na semana em que o Copom decidiu, outra vez mais, manter inalterada a taxa Selic de juros. O
jornalista Otavio Guedes, da equipe de comentaristas da Globonews, contou que
um Senador enviou a Campos Neto mensagem dizendo que não iria cumprimentá-lo na
festa de aniversário por causa dos juros, mas que o faria em agosto, depois da
reunião do Copom oferecendo-lhe um bolo com velinhas.
4) Vez do leitor – O artigo “Jogo Legal”
(Dc, 24 de junho) suscitou o comentário abaixo do Jornalista Orlando de
Almeida.
Diz ele: “Concordo em gênero, número e caso com o seu comentário sobre
a não existência de cassinos no Brasil, um país onde o jogo do bicho e outras
atividades ilícitas funcionam em cada esquina. Trata-se como você bem disse de
uma grande hipocrisia.”
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
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