quinta-feira, 27 de julho de 2023

Conjunção poderosa de vontades


 


 

*Cesar Vanucci

 

“A reforma tributária está chegando com Três décadas de atraso. Antes tarde do que nunca.” 

                    (Antônio Luiz da Costa, educador)

 

 

1) Enxergada pelas forças produtivas como fator de suma relevância na escalada do desenvolvimento econômico e social, a Reforma Tributária vem de ser aprovada pela Câmara dos Deputados. Espera-se agora que sua tramitação no Senado da Republica possa ser concluída já em agosto, depois do recesso parlamentar, subindo para a sanção presidencial.

Por mais de três décadas o tema frequentou as pautas das discussões políticas, sem, toda via, ganhar impulso suficiente para a definição finalmente tomada. Uma definição, diga-se de passagem, que sai inteiramente ao gosto das lideranças mais esclarecidas dos diferentes setores da vida nacional, que encaram a ação entrosada do Governo com o Congresso no sentido da aprovação como conquista valiosa do país, bem acima das conveniências e dos interesses da situação e da oposição. Esta poderosa conjugação de esforços e de vontades significa, do ponto de vista da opinião pública, algo alvissareiro que se almeja frequentemente, em todas as iniciativas e empreitadas, independentemente de eventuais posicionamentos divergentes de cunho partidário, que mirem o bem comum.

Para melhor se aquilatar a real importância da Reforma Tributária é recomendável conhecer o que foi divulgado por dezenas de empresários e economistas, das mais variadas tendências no plano das ideias políticas, em manifesto que exortou o Congresso a acolher a PEC encaminhada pelo Governo. Segue-se trecho bastante elucidativo: "Reconhecemos que não existe reforma tributária ideal. No entanto, temos confiança de que a reforma tributária, se aprovada, terá um efeito muito positivo sobre a produtividade e o crescimento do país, além de reduzir nossas desigualdades sociais e regionais. Sabemos que mudanças como essa geram resistências e temor por parte de alguns agentes econômicos e de entes da federação. Mas temos certeza de que os benefícios para a população e para a economia brasileira serão colhidos por todos".

 

2) Do contra - Os oposicionistas radicais costumam valer-se de uma “lógica implacável” em suas manifestações no congresso, quando chamados a votar. Agem que nem “anarquista espanhol” : “ há governo? Sou contra!” O Governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, oposicionista moderado, concitou parlamentares do PL, em reunião especialmente convocada para debater o projeto da Reforma Tributária, a apoiarem a proposta governamental. Alguns Deputados alegaram que seu voto seria pela desaprovação uma vez que os adversários do PT iriam votar pela aprovação. A bem da verdade é preciso dizer que, no passado, os petistas, então, na oposição, procediam da mesma forma.

 

3) Bolo - O Presidente do Banco Central Roberto Campos Neto comemorou o aniversário natalício na semana em que o Copom decidiu, outra vez mais,  manter inalterada a taxa Selic de juros. O jornalista Otavio Guedes, da equipe de comentaristas da Globonews, contou que um Senador enviou a Campos Neto mensagem dizendo que não iria cumprimentá-lo na festa de aniversário por causa dos juros, mas que o faria em agosto, depois da reunião do Copom oferecendo-lhe um bolo com velinhas.

 

4) Vez do leitor – O artigo “Jogo Legal” (Dc, 24 de junho) suscitou o comentário abaixo do Jornalista Orlando de Almeida.

Diz ele: “Concordo em gênero, número e caso com o seu comentário sobre a não existência de cassinos no Brasil, um país onde o jogo do bicho e outras atividades ilícitas funcionam em cada esquina. Trata-se como você bem disse de uma grande hipocrisia.”

 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

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