*Cesar
Vanucci
“
(Domingos
Justino Pinto, educador)
Dados bastante perturbadores. Escancaram mais
uma estridente faceta das desigualdades sociais que interditam os caminhos
brasileiros no sentido do desenvolvimento acelerado, na dimensão correta da vocação
de grandeza do país. Quase 100 milhões, 44,2 por cento de patrícios, não dispõem,
na atualidade, de acesso a coleta de esgoto. De outra parte somam 16 por cento os
que não têm água tratada nos lugares em que moram ou trabalham. Para garantir a
universalização do saneamento básico, noutras palavras, para assegurar que todo
cidadão brasileiro desfrute dos benefícios de água potável e rede de esgoto
domiciliar, precisamos mais do que dobrar os investimentos ora carreados para o
setor do saneamento básico.
Segundo aponta o Instituto Trata Brasil, em recente
relatório que analisa o estágio de implantação e
os potenciais ganhos socioeconômicos suscitados pela Lei que instituiu o novo
marco legal de saneamento, a média anual dos últimos 5 anos na aplicação de
recursos, nessa área, foi de 20 bilhões. Tal valor está bem a quem do
necessário.
Mirando a possibilidade, conforme estipula o
marco, de se alcançar a meta da universalização no ano 2033, o Brasil terá que
investir, a cada ano, até chegar lá, a importância de 44,8 bilhões de reais. Além
do bem-estar e conforto trazidos à população de modo geral, os investimentos em
questão proporcionarão inúmeros impactos positivos de ordem econômica e social.
O crescimento anual do PIB, estimado em 56,3 bilhões de reais será um deles. O
mercado de trabalho absorverá aproximadamente milhão de novos empregos: outro
resultado relevante a destacar.
O marco regulatório do saneamento básico,
objeto de controvérsias indesejáveis por algum tempo neste inicio do Governo
Lula, acabou sendo transformado, pelo diálogo, num tema consensual, abrindo a
perspectiva da solução, a médio e longo prazos, de problema angustiante do país
como um todo.
Em suma, dez anos ainda serão necessários
para corrigir esse desacerto social. Que nada interfira negativamente na marcha
desejável de conquista civilizatória.
2) “Desenrola Brasil” – acompanhado com
simpatia pela sociedade, o programa Desenrola Brasil, referente a renegociação
das dívidas das pessoas físicas, com instituições financeira e empresas de
varejo, o programa já foi deflagrado. Espera-se seja bem sucedido, de maneira a
favorecer volume significativo de cidadãos. É bom não esquecer que o
endividamento constatado é consequência direta das indecentes taxas de juros
vigorantes na praça. Elas colocaram milhões de brasileiros em situação de
inadimplência. Se os juros não baixarem a níveis civilizados, outros
“desenrolas” terão que ser lançados.
3) Rejuvenescimento
- Os sul-coreanos descobriram um
processo rápido de rejuvenescimento, que não pode, infelizmente, ser adotado
noutros lugares. Acontece que todo cidadão daquele país de conformidade, com
sua milenar cultura, já nasce com um ano de idade, considerado para fins do
calculo o período de gestação. Ademais, no dia 1° de janeiro subsequente ao
nascimento, é costume adicionar-se à idade outro ano a mais. Isso leva à
possibilidade de alguém nascido, por exemplo, em 31 de dezembro a começar a
vida com 2 anos. Lei recentemente promulgada pela Assembleia da Coreia do Sul
resolveu alterar esse critério de contagem de tempo enquadrando a idade da
população nos padrões universais.
4) Falha
nossa – retifico, prazerosamente, informação incorreta . Mencionei no artigo “Estatísticas arrepiantes”, concernente ao “mapa da fome” no Brasil e no mundo, que a
produção de grãos brasileira atinge, graças à nossa pujante atividade agrícola,
200 milhões de toneladas. Equivoquei-me: o volume é bem superior, 312 milhões
de toneladas. A tal história: “Em se plantando tudo dá”, como registrou o
cronista do ano 1500, Pero Vaz Caminha.
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
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