Cesar Vanucci
“TSE repeliu
“populismo degradante”” (Ministro Alexandre de Moraes)
Aturdidos com a marcha vertiginosa dos
acontecimentos, os admiradores confessos de Jair Messias Bolsonaro não deixam
por menos: seu ídolo é vítima inocente de vindita política. As lamúrias a
respeito congestionam as plataformas digitais. A alegação suscita, por parte de
juristas, mídia, lideranças expressivas e parcela majoritária da opinião
pública, réplica em tom veemente análogo
ao empregado pelo Ministro Alexandre de Moraes no voto dado na sessão do TSE
que julgou a inegibilidade do ex - mandatário da Nação: - Men-ti-ra!
Bolsonaro, por assim dizer, estava careca de
saber, desde o começo dos atos falhos praticados, até onde poderia conduzi-lo a
aventura em que se lançou. Semeou vento e colheu tempestade. Outros acidentes de percursos parecem
aguarda-lo. Acumulam-se na pauta do judiciário, situações de que se fez afoitamente
protagonista.
A despropositada convocação dos Embaixadores
dos países com sede diplomática no Brasil para criticar, em termos ásperos, nossa
legislação eleitoral e a Alta Corte do país, foi desnorteantemente surreal.
Deixou os convidados constrangidos e boquiabertos. Alguns deles não se
contiveram expressando publicamente estupefação diante do ocorrido, algo
inédito na historia das relações internacionais. O episodio citado, sabido é não
constitui a demonstração mais exuberante da série de atitudes comportamentais, questionáveis
pelo prisma antidemocrático e antirrepublicano, assumidas pelo ex-chefe do
governo, na campanha eleitoral e depois de conhecidos os resultados do pleito
que disputou e em que se viu derrotado, apesar da votação significativa. As
averiguações em curso dos órgãos competentes alusivas a reações articuladas por
extremistas empenhados em “bagunçar o coreto”, impedindo a posse dos eleitos
para garantir a permanência do ex- dirigente do poder, acenam com outras revelações
comprometedoras. Prenunciam, fatalmente, outros revezes na trajetória política
do presidente de honra do PL, partido que conquistou maior numero de cadeiras
no Parlamento.
A inegibilidade não vai afastar Bolsonaro,
evidentemente das porfias políticas. Grupos ideologicamente afinados com suas
ideias de “político de direita” como se intitula, contam com seu apoio e
liderança para a jornada eleitoral de 2024, quando da renovação dos mandatos de
Prefeitos e vereadores. A expectativa desses setores é de que o pleito vindouro
possa fortalecer sua participação no cenário político com possibilidade até
mesmo de retorno ao governo central.
2) Negativismo – O
Recenseamento concluído pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) revelou a existência de quase 100 milhões de domicílios familiares
na vastidão territorial do país. Em mais de 1 milhão das residências
percorridas pelos agentes da instituição ocorreram reações desfavoráveis,
algumas até belicosas ao fornecimento de dados.
Só faltava mais essa: negativismo censitário.
3) Turismo – fiel à sua inarredável
vocação governista, o partido “União Brasil” postula a pasta do Turismo para
apoiar, no Parlamento, projetos de
interesse do planalto. Lembrando que o volume de turistas estrangeiros que
aportam nosso território é muito reduzido em relação a dezenas de países, nada
obstante nosso soberbo potencial em atrações, promete colocarmos em posição de
maior realce, nesse setor, caso o ministério seja confiado a elemento de seus
quadros. A pretensão do UB avivou, nos meios de comunicação os debates em torno
da ineficácia das políticas turísticas dos diversos governos brasileiros. A
discussão levou o excelente jornalista André Trigueiro, da “GloboNews” a um comentário
bastante sugestivo concernente à insuficiência das ações promovidas com vistas
a trazer viajantes do exterior para se deleitarem com nossas belezas naturais.
Disse ele: a “Torre Eiffel” atrai mais turistas do que o Brasil inteiro! Ora,
veja, pois...
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
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