“Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade” (Mário Quintana)
O
humanismo, como proclamado por alguém famoso, é nossa própria razão de viver. Cidadãos
de boa vontade que se sentem “contemporâneos do futuro” já vislumbram novas
clareiras de conhecimento transcendente nos horizontes. O transhumanismo, sob a
mira de mentes avançadas no saber projeta, um pouco mais a diante dos tempos de
agora, perspectiva alvissareira na marcha civilizatória. Injeta otimismo no
estado de espírito das pessoas. Aquece mentes e corações com desbordante
esperança.
O
transhumanismo chega até mesmo a conceber a imortalidade em futuro não tão
distante assim. A imortalidade poderia derivar de experimentações, quem sabe de
teor alquímico, entrelaçando a biologia e a moderna tecnologia.
Mas
como isso poderá se dar? – indagará por certo alguém entre surpreso e espantado
com a afirmação.
Cérebros
privilegiados engajados em estudos científicos, situados acima dos padrões hoje
aceitos como limite do saber consolidado, acenam com prodigiosa gama de
invenções na esteira das assombrosas conquistas técnicas que encantam os
chamados tempos modernos. Preconizam eles produtos rejuvenescedores,
medicamentos capazes de impedir e debelar por completo as doenças, processos
que permitam a regeneração de órgãos de nossa indumentária física, próteses impecáveis
de elementos orgânicos, vagens espaciais, carros voadores e por aí vai...
Como asseguram liricamente os poetas, as
utopias são essenciais. Inspiram a construção humana. Precisam ser cultivadas.
O transhumanismo estimula-nos a sustenta-las.
Mas,
até lá, até o advento dessa era de prosperidade edênica, de processo evolutivo admirável,
proporcionado pelo trabalho, espírito e inteligência, impõe-se a toda
humanidade uma avaliação correta, ampla, geral e irrestrita acerca dos rumos
desastrosos trilhados pela sociedade na pátria terrena.
Este
chamamento à reflexão e ação abrange as lideranças políticas e de gestão
administrativa, pública e privada, cientistas, educadores, intelectuais e gente
do povo.
Não
fossem o egoísmo, a ganância, a indiferença, maldade, arrogância, a prepotência
e outras deformações comportamentais que apequenam a existência, este nosso
mundo criado pelo bom Deus poderia ser para todos que o povoam, sem quaisquer
exclusões, um verdadeiro paraíso. A tecnologia gerada pela criatividade e
capacidade empreendedora em todos os febricitantes setores ocupados pelo labor
humano já é mais do que suficiente para garantir condições plenas de conforto e
bem-estar em toda a vasta extensão do planeta. Com os recursos que brotam do
solo fértil e de todos os instrumentos operados para acudir às necessidades
comunitárias todas as mazelas sociais que agridem a dignidade humana poderiam
ser riscadas do mapa da vida.
Tudo
isso que acaba de ser exposto conduz à certeza de que os triunfos perseguidos,
acalentados pelo sentimento humanista e numa escala à frente pelo trans. humanismo jamais poderão ser desfrutados na plenitude da consciência
moral, ética, intelectual, social, espiritual, que representa a fonte matricial
da prática humanística autentica.
Desigualdade social, miséria, fome, situação
de rua não rimam com humanismo. Solidarismo, sim. Somente com altruísmo é que se conseguirá
atingir o “x” da questão social.
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
Um comentário:
Caríssimo. Se a humanidade tivesse ao menos 5 por cento de pessoas como o Sr, seus valores, sabedoria e generosidade, penso que talvez pudessemos nos salvar como espécie e almas.
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