*Cesar Vanucci
Volto ao tema Óvni. Falo da participação de
militares brasileiros nas pesquisas. Entre setembro e dezembro de 1977, a FAB
desenvolveu na Amazônia uma operação sigilosa ligada aos óvnis. Pelos incríveis
resultados alcançados a denominada “Operação Prato” é hoje considerada um dos
mais extraordinários feitos mundiais na área da investigação ufológica. A
história, recheada de pormenores instigantes, só veio a lume vinte anos depois,
graças à atitude intrépida do oficial que comandou os trabalhos. Já na reserva,
como coronel, ele reconheceu chegada a hora de quebrar o sepulcral silêncio
guardado pelo tempo que durou sua presença na ativa.
Uyrangé Bolivar Soares de Nogueira Hollanda o nome
do oficial. Capitão- paraquedista conhecedor dos segredos da selva, ele
organizou por determinação do Comando Aéreo em Belém, uma investigação de
amplitude com inimagináveis desdobramentos. Dele a iniciativa desassombrada,
sem precedentes, de contatar líderes da comunidade ufológica para contar o que
sabia. “Estou na reserva, cumpri lealmente minha missão para com a FAB. O que
eles podem me fazer?” Foi o que disse, com seu jeito franco de expressar, ao
ser questionado sobre a eventualidade de tornar-se alvo de sanções, face às
revelações. Revelações de fortíssimo impacto. Memoráveis. Criaram condições
alentadoras para uma pesquisa mais
desenvolta em torno dos incidentes, reportados por centenas de pessoas,
ocorridos numa parte de apreciável dimensão do território amazônico, envolvendo
naves e seres estranhos, com comportamento até certo ponto assustador.
Amedrontados nativos asseguravam que as naves e seus tripulantes emitiam jatos
de luz ofuscante, com “propósitos vampirescos”. A intensidade dos relatos levou
a FAB a constituir o grupo-tarefa liderado pelo experiente Militar
Uyrangé foi sabatinado por ufólogos de alto nível,
Ademar Gevaerd e Marco Antônio Petit, da
apreciada revista “Ufo”. Seu depoimento, em parte acompanhado pelos conhecidos
jornalistas Luiz Petry, da Globo, e Bim Cardoso, da extinta Manchete,
arrastou-se por 48 horas, em clima de espanto e embevecimento, tal o conteúdo
das informações. O coronel não relutou em confessar que, de princípio, “a ação
alimentava o objetivo de desmitificar os fenômenos.” Afiançou que, ele próprio,
mostrava-se bastante “cético a respeito de tudo.” Informou, também, que sua
designação para a missão derivara da circunstância de conhecer, como poucos, a
zona aonde vinham ocorrendo as aparições. “Mas depois de algumas semanas de
trabalho, quando os discos começaram a aparecer de todos os lados, enormes ou
pequenos, perto ou longe, não tive mais dúvida alguma” – desabafou o militar.
Cabe esclarecer, a esta altura, que os habitantes
dos lugares visitados pelos discos apelidaram o fenômeno de “chupa-chupa”. Em
evoluções geralmente noturnas, aparelhos de diferentes formatos, sobrevoavam
pequenas comunidades rurais e ribeirinhas, emitindo projeções luminosas de
efeito paralisante sobre as pessoas, mulheres na maioria. As vítimas se
queixavam de vertigens, dores no corpo, tremores, sonolência, fraqueza,
rouquidão, descarnação da pele lesada, queda de pelos. Tais sintomas foram
registrados em laudos médicos.
O grupo-tarefa, como é óbvio, não conseguiu
desvendar o imperscrutável enigma dos óvnis, recoberto, como sabido, de
peculiaridades situadas acima da compreensão humana. Mas, com toda certeza, em
rolos e mais rolos de filmes, centenas de fotos e testemunhos oculares à margem
de suspeitas, coletou uma documentação de inestimável valia na busca, que
mantém tanta gente empenhada, de respostas racionais para as infindáveis
interrogações suscitadas pelo momentoso tema. Vale a pena conhecer um pouco das
declarações do coronel,
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário