*Cesar Vanucci
“Quantas maçãs caíram na cabeça de Isaac Newton (lei da
gravidade) até que ele entendesse os sinais?” (Robert Frost, poeta
estadunidense, falando dos sinais transmitidos continuamente para que o homem
entenda seu papel na aventura da vida)
Nada disso por aqui! Nada de antissemitismo.
Nada de islamofobia. Nada de rejeição preconceituosa talebanista contra ideias
e modo de pensar religioso e político das pessoas. Nada de ódio solto contra
comunidades étnicas. Nada de agressões, depredações, pichações, arruaças tendo por
alvo sinagogas, mesquitas, ou qualquer
outro lugar sagrado erigido com o sublime fito de proporcionar diálogos dos
homens com a Divindade. Agindo com modelar eficiência, utilizando adequadamente
os serviços da Inteligência, a Polícia Federal conseguiu desbaratar, no
nascedouro, trama criminosa arquitetada contra a comunidade judaica por
elementos recrutados, ao que se divulgou, por um grupo terrorista
internacional. O país inteiro experimentou uma sensação de alívio ao tomar
conhecimento daquilo que poderia vir a acontecer, mas que, afortunadamente foi
abortado pela ação policial. O Brasil
preza muito sua democracia, sua liberdade religiosa. Encontra nas práticas
ecumênicas suporte vigoroso para o exercício da cidadania. Tem dado
demonstrações exuberantes de sua repulsa às manifestações extremadas de
quaisquer matizes. Sua valorosa gente compreende admiravelmente, melhor do que
em outras partes do planeta, que a salvação do homem, a solução dos problemas
aflitivos da humanidade não vêm das lateralidades ideológicas incendiárias, mas
do Alto. Nada disso por aqui!
Sinais - Alerta vermelho
ligado em todos os cantos do mundo. A colossal encrenca climática acena com
perspectivas funestas num prazo cada vez mais curto. Os sinais de alerta
rebentam por toda parte. Os negacionistas de carteirinha, com seu
fundamentalismo pré-histórico, olham a questão com desdém. Mais contundente
ainda é a diferença das lideranças face às ameaças cada vez mais próximas e
ruidosas. No entanto, como assinala o poeta Robert Frost, é preciso atentar
para os sinais. Lembra ele: “Quantas vezes trovejou até que Benjamim Franklin (inventor
do para raio), compreendesse os sinais?” O que anda ‘trovejando” por esse mundo
do bom Deus onde o tinhoso costuma botar banca, sei não...
Dino - Visto com
simpatia pela opinião pública por conta do desempenho à testa do Ministério da
Justiça, Flávio Dino é também admirado pela fluência verbal e agilidade de
raciocínio nos debates de que participa. “Indoutrodia” foi arguido por um
adversário político sobre caluniosa suposição da existência de um pacto das
autoridades governamentais com o “crime organizado”. Sem titubeios reagiu com
afiada sutileza à destemperada observação: - “Não conheço nenhum miliciano. Não
sou amigo de miliciano. Nunca contratei miliciano. Nunca contratei mulher ou
filho de miliciano. Nunca homenageei miliciano. Não sou vizinho de miliciano.”
Segundo jornalistas que acompanharam o diálogo, depois desta fala nada mais foi
dito e nem lhe foi perguntado. Apreciada jornalista Natuza Nery contou outro
sugestivo episodio referente ao citado personagem. Comentando possível
inclinação do Presidente Lula em manter Dino na pasta da justiça, não o
indicando para a vaga no STF, Natuza usou conhecido jargão jornalístico: “Dino,
no que tange ao Supremo já subiu no telhado...” no minuto seguinte às
gargalhadas, ela revelou que acabara de receber mensagem do próprio dizendo:
“espero que exista no telhado uma escada para que eu possa descer
tranquilamente”.
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
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