*Cesar
Vanucci
“Atacamos
a raiz do problema, sem se quer dar um tiro!”
(Ministro
Flávio Dino, sobre a operação da PF )
1) Ações de
Inteligência - O desmantelamento recente do esquema
criminoso relacionado com o contrabando de armas representou auspicioso
resultado de um melhor entrosamento dos serviços de Inteligência das forças de
segurança do Estado brasileiro. A troca de informações de nossa Polícia Federal
com órgãos estadunidenses e paraguaios do mesmo setor permitiu a detenção de
perigosos delinquentes, aqui e alhures, bem como a apreensão de um verdadeiro
arsenal e bens valiosos, embora o chefe mais graduado da facção, um argentino
radicado no Paraguai, tenha escapado ao cerco policial. As ramificações do
sistema já vêm sendo atingidas nas diligências efetivadas pelas autoridades
competentes. Com tais ações a PF e a
justiça já conseguiram desfazer operações clandestinas que, seguramente
conduzirão ao desmascaramento de figurões do crime organizado ainda não
identificados. No Paraguai, como se noticiou, muitos agentes públicos em
posições hierárquicas relevantes, participavam da organização responsável pelo
contrabando das armas provindas do leste europeu. Na avaliação policial 40 mil
armas podem ter sido comercializadas no curso de alguns anos ao valor estimado
de 1 bilhão e 200 milhões de reais. A opinião pública coloca-se agora na
expectativa de que outras operações de combate ao crime organizado cheguem,
igualmente, a desfecho positivo.
2) Vetos - A história se repete. No governo
passado, o Ministro Paulo Guedes aconselhou o Presidente Bolsonaro a vetar
projeto, aprovado pelo Congresso, estabelecendo regime de contribuição
previdenciária diferenciado para setores produtivos que mais ocupam mão de
obra. Bolsonaro vetou. Houve grita das entidades classistas e sindicais e o
veto acabou sendo derrubado pelo Congresso. Agora, no atual governo, o Ministro
Fernando Haddad recomendou ao Presidente Lula da Silva que vetasse projeto renovando
até o ano de 2027 os efeitos da mesma proposta parlamentar. Lula fez o mesmo:
Vetou. As reações de patrões e empregados foram, pela mesma forma, desfavoráveis
ao ato presidencial. É o veto foi derrubado.
3)
Seleção de futebol - Não acompanhei a transmissão do clássico Brasil X
Argentina pelas eliminatórias da Copa Mundial de Futebol. Na manhã seguinte, procurei
notícias do resultado da peleja, ouvindo pessoas ao meu redor. Para minha
surpresa, ninguém soube dizer nadica de nada do evento. Absorvido em afazeres profissionais,
só vim a ser informado dos dois vexames registrados, o de dentro e o de fora do
gramado, na hora do almoço. Conclui, depois de amarga reflexão, que o nosso
futebol não é mais aquele. Em grande parte, por conta das más performances do
escrete, os torcedores não mais se empolgam como antigamente nos jogos da
chamada “equipe canarinho” . É só pôr
tento no que acontece nas ruas e nos lares durante as partidas. O alarido
festivo, o buzinaço alegre, o enfeite das janelas com bandeiras parecem ser
coisas do passado. Esse “negócio” de escalar um time, para as competições, com
atletas da “legião estrangeira” – só não vê quem não quer - não anda dando
certo. O desempenho apático e a falta de entrosamento são mais que notórios. A
“solucionática” para essa “problemática”, como diria o consagrado Dadá
Maravilha, talvez seja montar seleção composta somente de jogadores que atuem
nos campeonatos nacionais. Há curtos intervalos o time seria convocado para treinos
e jogos que permitissem uma melhor articulação técnica e tática, como se diz na
saborosa linguagem da crônica futebolística. Uma estruturação assim garantirá,
certeiramente, atuações de melhor rendimento, compatíveis com a glória
conquistada pelo futebol brasileiro no passado.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
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