*Cesar Vanucci
“O equilíbrio das contas
públicas ajuda a impulsionar o desenvolvimento econômico e social.” (Domingos
Justino Pinto, educador).
1)Regulação já - O
Presidente do TSE, Alexandre de Moraes, deu voz à preocupação que anda
fustigando mentes e corações fervorosos sintonizados com o ideal democrático.
Dele as palavras na sequência: “As recentes inovações em tecnologia da informação
e acesso universal às redes sociais, com o agigantamento das plataformas,
amplificado em especial com o uso de Inteligência Artificial, potencializaram a
desinformação premeditada e fraudulenta com a amplificação dos discursos de
ódio e antidemocrático”. Corretíssimo o conceito. Dá até calafrio na espinha
imaginar do que não serão capazes os milicianos digitais, de todos os matizes,
que colocam a serviço do ódio e intolerância o arsenal tecnológico da internet
mesclado com a IA. A regulamentação
urgente dessas fabulosas invenções não comporta discordâncias sibilinas,
tergiversações e manobras protelatórias. Assim recomenda o empenho continuo das
pessoas de boa vontade em prol do fortalecimento democrático.
2) “Casamento de interesse” – a sabedoria antiga prescreve que
“casamento de interesse” nunca dá certo. A ambição do cônjuge é sempre
desmedida. Extrapola os limites toleráveis. A convivência torna-se
insustentável. De desavença em desavença, de ressentimento em ressentimento, a relação
acaba dando em separação, às vezes litigiosa. A situação descrita aplica-se aos
“enlaces” na política. É só por tento no que anda rolando na união do Planalto
com o “centrão”. Por maiores que sejam as concessões aos eternos “governistas”
da militância política mencionada, por mais ministérios que sejam confiados aos
adesistas da 25° hora, por mais que se esfalfem os Ministros da Fazenda e do
Planejamento no sentido de descobrir fórmulas capazes de satisfazer o apetite
voraz do “cônjuge”, a sensação que prevalece nos contatos entre as partes é de
que há sempre um saldo devedor a ser quitado. Até quando essa aliança amarrada
por barbante resistirá aos trancos e solavancos na caminhada em curso?
3) Emendas parlamentares – fundo eleitoral quintuplicado (5 bilhões).
Emendas parlamentares impositivas, de valores avultados, que podem ser aplicações
à margem dos programas de obras elaborados pela administração pública e que,
além de tudo, desequilibram orçamento. Congresso
e Governo precisam acertar os ponteiros, encontrando por meio do dialogo uma
forma de entendimento sobre execução orçamentária, atentos ao compromisso de
déficit zero. A circunstância de ser este mais ano eleitoral, com as disputas
por Prefeituras e Câmaras Municipais, não pode constituir motivo para se
bagunçar o coreto orçamentário. O equilíbrio das contas públicas é parte
indissociável da arrancada desenvolvimentista. O Brasil precisa dela.
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
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