quinta-feira, 21 de março de 2024

Netanyahu, Putin, Maduro

 



                                                                                            *Cesar Vanucci

 "Chegou o momento de fazer alguma coisa, e não                   apenas lamentar".

           (Josep Borrell, Dirigente da UE )

 


1) Benjamin Netanyahu não está nem aí. O Presidente Joe Biden dos EUA, alterando um pouco a posição de apoio irrestrito as ações do Governo de Israel, asseverou que o Primeiro Ministro “faz mais mal do que bem” ao seu país. O Presidente da França Macron classificou de “inaceitável” a forma utilizada por Tel-aviv na condução do conflito. A Presidente da  União  EU, Úrsula Von der Leven afiança que Israel quer vencer a guerra “matando de fome” milhares de pessoas em Gaza. Outro dirigente da EU, Josep Borrel, brada alto que “chegou o momento de se fazer alguma coisa, e não apenas lamentar.” Guterrez, Secretário da ONU, falando das mortes e destruições em massa, clamando por uma trégua humanitária, define o que vem acontecendo em Gaza como uma irreparável catástrofe. Nas ruas de Israel, multidões pressionam o governo no sentido de concordar com a cessação das hostilidades visando a liberação dos reféns. “Médicos Sem Fronteiras” denunciam o colapso total, inédito em guerras do sistema hospitalar e de saúde, revelando que intervenções cirúrgicas, inclusive em crianças, têm sido feitas sem anestesia. Nem assim! Nem com todo esse colossal clamor, que expressa a vontade e o sentimento da quase totalidade de seres humanos em todas as partes do mundo, o imperturbável e inflexível Primeiro Ministro se dispõe a deter a avalanche bélica sanguinolenta. Ou seja, interromper a marcha dos tanques, o lançamento de mísseis e a carga da infantaria, por algum tempo, para que se possa discutir a libertação dos reféns, acudir as necessidades básicas emergenciais da população civil acossada sem ter para onde ir. Nem mesmo assim, repita-se, rejeitando argumentos ditados pelo bom senso, externados pelas lideranças políticas e espirituais, Benjamin Netanyahu se dispõe a suspender a contraofensiva e participar de negociações que definam única possível solução para essa longeva crise do Oriente Médio: a criação do Estado da Palestina.

2) A “disputa eleitoral” ocorrida, dias atrás, no vasto império russo conferiu a Vladimir Putin mais um mandato de 6 anos. O “Tzar”, como esperado, por pouco não alcançou a totalidade dos votos. Também, pudera! Todos os opositores “desistiram”, ou foram retirados do caminho por métodos bastante “persuasivos”... A nova etapa governamental se estenderá até 2030, o que permitirá a Putin manter-se no poder por 3 longas décadas, com invasões de terras alheias e tudo mais que compõe sua truculenta carreira política.  A propósito da guerra na Ucrânia, provocada pela volúpia expansionista do kremlin, cabe anotar recente duelo verbal travado entre dirigentes de duas superpotências atômicas, um deles Vladimir. Emmanuel Macron, Presidente da França, levantou a hipótese de deslocamento de tropas da OTAN para defender a Ucrânia, já que a Rússia sustenta a disposição de não arredar pé das províncias ocupadas. Os lideres dos demais países do Pacto reagiram, incontinenti, desautorizando o dirigente francês. O líder russo, por sua vez, declarou que uma possibilidade dessas representaria um ataque formal ao seu país, o que levaria, fatalmente, a uma guerra nuclear com o extermínio da civilização, já que a Rússia não hesitaria em utilizar as armas nucleares de seu arsenal. Com respeito, ainda à “eleição”, anotemos o que se passou nas províncias ucranianas ocupadas. Militares russos foram de porta em porta levando as cédulas com o nome de Putin para que os moradores a colocassem na “urna móvel”.

3) A Venezuela, de Nicolás Maduro já fixou a data da próxima farsa eleitoral. Será em junho. Como é de praxe nos regimes autoritários, o caudilho de Caracas só não será “eleito por unanimidade”, se não quiser. Seus opositores já foram todos devidamente afastados da competição. Ou estão amargando prisão, ou tornaram-se “inaptos” a concorrer por força da “legislação” vigente.

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Nenhum comentário:

A SAGA LANDELL MOURA

O natal é dos corações fervorosos

                                                                                        Cesar Vanucci*     "Natal. Apagam-se as l...