*Cesar Vanucci
“O arrogante empresário coloca-se acima da
lei”
(Anthony Albanese,
Primeiro Ministro da Austrália)
Delirantemente festejado pelo extremismo
fundamentalista, o miliardário Elon Musk continua “aprontando” mundo afora.
Como a gente costuma dizer em papo de rua, sente-se uma espécie de “rei da
cocada preta”. Aliás, melhor dizendo, “rei
da cocada branca”, a se levar em conta a admiração que suscita nas falanges
“supremascistas”. Obcecado pelo propósito de ditar regras que se sobreponham ao
ordenamento jurídico-constitucional dos países democráticos, colocou agora em
sua alça de mira a democracia australiana. Agrediu intempestivamente o governo
e a suprema corte daquele país, utilizando a mesma retórica insolente empregada
no caso do Brasil. Como aconteceu por aqui, levou uma senhora descompostura. E
- outra vez mais- na saraivada de criticas que recebeu foi relembrada a postura
acovardada que costuma assumir diante de países regidos pelo autoritarismo,
onde prosperem seus negócios. A plataforma digital “X”, de que é dono, foi
proibida na China, mas Elon permaneceu mudo e quedo que nem penedo. Não invocou
a “condição” de impoluto defensor da liberdade de expressão. Como diz o
jornalista Guga Chacra, esse cara não passa de um “tremendo babaca e
hipócrita”. A razão do “mutismo” é a rendosa associação de interesses
comerciais que mantém naquele país.
2)PEC - A inoportunidade
da assim chamada “PEC do Quinquênio” entra pelos olhos. O bom senso recomenda
enfaticamente seja retirada logo da pauta das discussões parlamentares. Não faz
o menor sentido propor-se melhoria salarial, isoladamente, para uma única
categoria de agentes públicos, sobrecarregando de forma pesada o orçamento.
Categorial que, por sinal, desfruta da primazia de ser a mais bem contemplada
na política de remuneração do Estado. A impropriedade da medida ainda mais se
avulta quando se tem em mira a circunstância de outros respeitáveis grupos de
servidores aguardarem, de há muito, recomposições salariais até aqui não
garantidas em exaustivas negociações. Não é de mais lembrar que entre os eventuais
beneficiários da PEC figura muita gente aquinhoada com super salários, alguns
deles acima do teto constitucional.
3) Indiciamento - O
aluvião de malfeitorias praticadas no período governamental passado traz à
baila outro desconcertante registro. A Procuradoria Geral da República indiciou
uma Parlamentar e seu comparsa, sob a acusação de haverem cometido atentado de
violação do sistema do Conselho Nacional de Justiça. Pela denuncia, a Deputada
Carla Zambelli (autora intelectual) e o hacker de Araraquara, Walter Delgatti
invadiram arquivos do Órgão Federal, emitindo documentos falsos com o fito declarado
de semear confusão e desacreditar o Poder Judiciário. Entre os documentos
“produzidos” figurara uma ordem de prisão alvejando o Ministro Alexandre de
Moraes, atual presidente do TSE. A “ordem” tinha o próprio Ministro o “signatário”.
Noutros documentos lançados foram expedidas ordens de soltura para numerosos
delinquentes, de alta periculosidade, alguns com pena de 200 anos, ligados a
facção do CV. A parlamentar foi coordenadora de uma reunião resevada de
Delgatti, no Palácio do Governo, com o então presidente Jair Messias Bolsonaro.
Foi ainda protagonista de uma cena chocante
flagrada numa das vias mais movimentadas da capital paulista, pouco antes das
eleições presidenciais. De arma em punho, acompanhada de guarda costa, também
armado, perseguiu um jornalista negro, com quem se desentendeu por palavras,
rendendo-o no interior de um estabelecimento comercial. Do libelo acusatório
constam 10 diferentes delitos. A imprensa noticiou que elementos ligados à
corrente política de Zambelli insistem pra que ela renuncie a seu mandato, de
modo a que possa ser julgada em 1ª instância.
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