quinta-feira, 11 de abril de 2024

Vitória do Estado

                                                                                                                           *Cesar Vanucci

 




"Vitória do Estado brasileiro, das forças de segurança do Brasil”.

(Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowiski)

 


A recaptura dos fugitivos de Mossoró, depois de 50 dias de buscas intensas, quando eles já estavam prestes deixar o país constituiu – não há negar – um feito policial digno de louvores. Junto com o deslindamento do “caso Marielle”, merece ser olhado como conquista significativa no combate ao crime organizado. Os primeiros “rounds” em ambas as situações, foram vencidos pela bandidagem. Toda via, o acintoso desafio da criminalidade terminou, ao fim e ao cabo, com nocaute desferido pelo aparato de segurança Federal, no âmbito do Ministério da Justiça. A recaptura não encerra as diligências investigatórias. O mesmo dispositivo de Inteligência competentemente utilizado na descoberta do paradeiro dos detentos da penitenciária de Mossoró saberá identificar por certo, em breve, as circunstâncias que permitiram se entendesse os quase 2 mil quilômetros o trajeto por eles percorridos a partir do Rio Grande Norte até os confins Pará.   As primeiras informações dão conta de que a ajuda veio de uma facção com núcleo central, onde mesmo? Acertou: no Rio de Janeiro das milícias. Na bem sucedida operação policial ganhou destaque, também, o fato de a prisão ter ocorrido sem que os policiais precisassem díspar um só tiro ao interceptar a escolta armada, composta dos 2 procurados e quatro comparsas.  Aguardemos os próximos capítulos dessa história.

Domingos Brasão, conselheiro do Tribunal de Contas do RJ, indiciado como um dos mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e Andersom Gomes emprega em seu gabinete 45 assessores, segundo a imprensa, vários deles são elementos ligados às milícias cariocas. Outra revelação que veio a furo com a detenção dos mandantes: o outro Brasão, Francisco, Deputado Federal, foi acusado de assassinato muitos anos atrás, mas nunca foi levado a julgamento por Tribunal de Júri.

 

2) America efervescente -  o Governo brasileiro demorou, mas afinal de contas, resolveu aplicar um bom “puxão de orelha” no caudilho de Caracas. Duas manifestações do Presidente Lula e uma nota do Itamaraty expressaram indignação com relação aos atos praticados por Maduro afastando adversários da pugna eleitoral na marra sob argumentos os mais descabidos. A reação do venezuelano foi grosseria e insolente. Maduro resolveu, ao mesmo tempo, romper o acordo firmado recentemente com a Guiana, do qual o Brasil é mediador, promulgando ato que cria nova província da Venezuela em área pertencente àquele país. Aprontou mais: cortou a energia do prédio da embaixada da Argentina devido ao fato de patrícios seus, perseguidos por motivos políticos, terem nela buscado asilo. Noutra frente de tensão, o Presidente Milei, da Argentina, atacou os presidentes da Colômbia e México, o que levou Bogotá a chamar de volta seus embaixadores em Buenos Aires.  Enquanto isso, México e Equador cortaram relações por conta da condenável invasão policial da embaixada  asteca em Quito, onde se achava asilado o ex-vice equatoriano.

3) Mais um - A procuradoria do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro ofereceu denuncia, por abuso econômico eleitoral, contra o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, pedindo a cassação de seu mandato. Do libelo acusatório consta uma revelação estarrecedora, conforme divulgação da imprensa. Se efetivamente comprovada, colocará o chefe do executivo Carioca, com toda certeza em situação jurídica análoga à de seus mais recentes antecessores. Pasmo dos pasmos: no órgão estadual dedicado a levantamentos estatísticos, onde não existe sequer um único estatístico lotado, a titulo de executarem projetos sociais variados, foram nomeados com fitos eleitoreiros 18 mil funcionários (isso mesmo que o leitor está lendo: 18 mil) desses, quase 50 foram candidatos a Deputado pelo partido do Governador. Ora, veja, pois!

 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

Um comentário:

Guilherme Roscoe disse...

Assim como a Veneza sulamericana, a Cidade outrora Maravilhosa não tem jeito!
Ambas já ultrapassaram o ponto de retorno.
Infelizmente.
Convém analisar os porquês - para evitar que se repitam.

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