*Cesar Vanucci
"Vitória do Estado brasileiro, das forças de segurança
do Brasil”.
(Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowiski)
A recaptura dos fugitivos de Mossoró, depois
de 50 dias de buscas intensas, quando eles já estavam prestes deixar o país constituiu
– não há negar – um feito policial digno de louvores. Junto com o deslindamento
do “caso Marielle”, merece ser olhado como conquista significativa no combate
ao crime organizado. Os primeiros “rounds” em ambas as situações, foram
vencidos pela bandidagem. Toda via, o acintoso desafio da criminalidade terminou,
ao fim e ao cabo, com nocaute desferido pelo aparato de segurança Federal, no
âmbito do Ministério da Justiça. A recaptura não encerra as diligências
investigatórias. O mesmo dispositivo de Inteligência competentemente utilizado
na descoberta do paradeiro dos detentos da penitenciária de Mossoró saberá
identificar por certo, em breve, as circunstâncias que permitiram se entendesse
os quase 2 mil quilômetros o trajeto por eles percorridos a partir do Rio
Grande Norte até os confins Pará. As
primeiras informações dão conta de que a ajuda veio de uma facção com núcleo
central, onde mesmo? Acertou: no Rio de Janeiro das milícias. Na bem sucedida operação
policial ganhou destaque, também, o fato de a prisão ter ocorrido sem que os
policiais precisassem díspar um só tiro ao interceptar a escolta armada,
composta dos 2 procurados e quatro comparsas. Aguardemos os próximos capítulos dessa
história.
Domingos Brasão, conselheiro do Tribunal de Contas
do RJ, indiciado como um dos mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e
Andersom Gomes emprega em seu gabinete 45 assessores, segundo a imprensa,
vários deles são elementos ligados às milícias cariocas. Outra revelação que
veio a furo com a detenção dos mandantes: o outro Brasão, Francisco, Deputado
Federal, foi acusado de assassinato muitos anos atrás, mas nunca foi levado a
julgamento por Tribunal de Júri.
2) America
efervescente - o Governo brasileiro
demorou, mas afinal de contas, resolveu aplicar um bom “puxão de orelha” no
caudilho de Caracas. Duas manifestações do Presidente Lula e uma nota do
Itamaraty expressaram indignação com relação aos atos praticados por Maduro
afastando adversários da pugna eleitoral na marra sob argumentos os mais descabidos.
A reação do venezuelano foi grosseria e insolente. Maduro resolveu, ao mesmo
tempo, romper o acordo firmado recentemente com a Guiana, do qual o Brasil é
mediador, promulgando ato que cria nova província da Venezuela em área
pertencente àquele país. Aprontou mais: cortou a energia do prédio da embaixada
da Argentina devido ao fato de patrícios seus, perseguidos por motivos
políticos, terem nela buscado asilo. Noutra frente de tensão, o Presidente
Milei, da Argentina, atacou os presidentes da Colômbia e México, o que levou
Bogotá a chamar de volta seus embaixadores em Buenos Aires. Enquanto isso, México e Equador cortaram
relações por conta da condenável invasão policial da embaixada asteca em Quito, onde se achava asilado o
ex-vice equatoriano.
3) Mais
um - A procuradoria do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro ofereceu
denuncia, por abuso econômico eleitoral, contra o Governador do Estado do Rio de
Janeiro, Claudio Castro, pedindo a cassação de seu mandato. Do libelo
acusatório consta uma revelação estarrecedora, conforme divulgação da imprensa.
Se efetivamente comprovada, colocará o chefe do executivo Carioca, com toda
certeza em situação jurídica análoga à de seus mais recentes antecessores. Pasmo
dos pasmos: no órgão estadual dedicado a levantamentos estatísticos, onde não
existe sequer um único estatístico lotado, a titulo de executarem projetos
sociais variados, foram nomeados com fitos eleitoreiros 18 mil funcionários (isso
mesmo que o leitor está lendo: 18 mil) desses, quase 50 foram candidatos a
Deputado pelo partido do Governador. Ora, veja, pois!
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
Um comentário:
Assim como a Veneza sulamericana, a Cidade outrora Maravilhosa não tem jeito!
Ambas já ultrapassaram o ponto de retorno.
Infelizmente.
Convém analisar os porquês - para evitar que se repitam.
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