*Cesar Vanucci
“O consumo de maconha continua a ser considerado ilícito.”
(Luis Roberto Barroso, Pres. do STF)
1)
Diálogo - O STF e o Congresso, com enfoques
um tanto diferenciados, pautaram a polemica questão do porte de drogas ilícitas.
É ponto pacifico a necessidade de se saber distinguir, para fins de aplicação
das penalidades, as situações do usuário dependente e do traficante. Uma coisa
é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. O primeiro caso tem a ver com saúde pública.
O segundo, já vira caso de polícia. Assim posta a candente questão, afiguram-se
recomendáveis diálogo e debates aprofundados de modo a que não ocorram
interpretações desencontradas e mesmo conflitantes. Faz-se premente exame
criterioso dos aspectos que mais se aprestem a controvérsias. As decisões dos
setores incumbidos da repressão às drogas não podem incidir no risco de punir
com o mesmo rigor os dependentes, carecedores de tratamento médico, e os
desalmados traficantes. Especialistas nas áreas da Saúde e do Direito admitem que
por conta de equívocos em processos criminais, muitos dependentes têm sido
condenados como se traficantes fossem. Algo assim carece ser devidamente
avaliado.
2)
Pantanal - O Pantanal ardendo em
chamas é um sinal a mais dos efeitos climáticos extremos provocados
continuamente pelos desatinos humanos. Com 3 mil e 400 focos de incêndio, a
queimada desta temporada de seca alcançou proporção nunca dantes atingida. A
situação de emergência está exigindo mobilização de recursos sem precedentes,
acenando com temores de que algumas áreas sofram danos irreversíveis tal a intensidade
do fogo. O sério comprometimento do rico bioma pantaneiro, com sua
exuberante paisagem, impõe às governanças
Federal e Estaduais ações protetivas de maior envergadura, no campo da
prevenção e da fiscalização. Ao grupo- tarefa instituída pela PF compete
desarticular os esquemas perversos dos desmatamentos ilegais.
3)
Debate - A mediocridade imperou no
debate presidencial estadunidense. Joe Biden revelou-se vacilante e nada
convincente. Donald Trump, com as fanfarronices costumeiras, abusou do “direito”
de mentir. Chegou ao cúmulo de acusar a liderança democrata pela invasão do Capitólio.
Dá pra perceber por essa alegação o quão são parecidos os golpistas de lá com
os de cá. Mas, de qualquer forma, o aspecto a realçar no confronto dos
presidenciáveis é o despreparo intelectual por ambos demonstrados que desceu a
um nível assustador, tendo em vista a relevância do posto a que aspiram voltar
a ocupar. Os telespectadores ficaram, em certos momentos, com a sensação de
estar vendo e ouvindo, ao invés de pretendentes ao cargo mais elevado da
governança mundial, dois adolescentes pirracentos trocando insultos na hora do
recreio. Muita gente anda pensando que o melhor para a grande nação
Norte-Americana e para o mundo é que um deles desista da disputa e o outro
fique impedido de dela participar pelos comprovados malfeitos praticados.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
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