quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Desigualdade gera fome e pobreza

 


 

                                             *Cesar Vanucci

“ Fome e a pobreza são o símbolo máximo da nossa tragédia Coletiva".( Presidente Lula)

 

Reassumido ano passado, o protagonismo do Brasil na cena internacional adquiriu maior fulgurância na reunião da Cúpula do G20, que aglutina os 20 países com os maiores PIBs do planeta.

O encontro, encerrando mandato de um ano sob a presidência de nosso governo, foi realizado no Rio de Janeiro, tendo sido precedido no curso de 2024 por ciclos de estudos preparatórios, abrangendo temas sociais, políticos e econômicos. Cada ciclo contou com participação de órgãos oficiais, entidades civis, especialistas nas momentosas questões debatidas envolvendo contingente avultado de pessoas de dezenas de nacionalidades,  algo de dimensão logística fora do habitual.

O lançamento da “Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”, proposta pelo Presidente Lula da Silva, foi o fato de maior relevância da agenda cumprida no imponente conclave, a que estiveram presentes representantes de 82 nações, várias delas com seus principais dirigentes. Caso dos EUA com Joe Biden, e da China com Xi Jinping, para mencionar apenas duas das importantes lideranças presentes. Em sua alocução de boas vindas aos seus pares e demais integrantes da Cúpula, Lula afirmou que o Rio, com seus encantos inigualáveis e problemas conjunturais é um retrato vivo dos contrastes sociais observáveis no Brasil, na America Latina e no mundo. Referindo-se à fome e pobreza que atingem mais de 700 milhões de seres humanos, definiu as duas tormentosas questões como “chaga vergonhosa”, conclamou o mundo  para elimina-las da paisagem humana. Explicou que a fome é uma expressão biológica das mazelas sociais produzidas pelas desigualdades. Assegurou que a miséria aviltante não decorre da escassez de alimentos, nem tampouco dos eventos climáticos extremos, mas sim das injustiças sociais. Lembrou que países como o Brasil produzem mais do que o suficiente para atender as demandas de consumo da humanidade, e que isso carece ser objeto de reflexão por parte de todos.

Confessando-se gratificado com a formidável receptividade encontrada pela proposta brasileira, anunciou que as adesões ao pacto proposto pelo Brasil somaram, num primeiro momento, 82 países, mais de uma centena de organizações internacionais, instituições financeiras, fundações filantrópicas e ONGs. Disse ser isso o começo da grandiosa cruzada global para erradicar a fome e a miséria.

Analistas políticos anotaram que Lula evidenciou forte emoção ao falar da “Aliança Global” motivado, talvez, pela circunstancia da infância humilde em que se deparou com carência alimentar.

 Quanto ao mais, o G20 representou maiúsculo trinfo da competente diplomacia brasileira, aprovando consensualmente decisões positivas para o desenvolvimento civilizatório.

                                       Jornalista (cantontonius1@yahoo.com.br)

 

Mega aliança contra o crime


 

*Cesar Vanucci

 

“Mega Aliança para Acabar com o Crime Organizado no Brasil”

(Proposta do Presidente Lula)

 

 

O Ministério da Justiça elaborou projeto objetivando a estruturação de sistema unificado nacional de combate ao crime organizado. A ideia, na essência, é de irrecusável valor. Aos atores do processo de enfrentamento da tormentosa questão da segurança, toca agora o dever de definir o esquema ideal a ser colocado em prática. Isso carece ser formatado por meio de diálogo, muitos debates. O trabalho integrado vai incorporar, por certo, o melhor da experiência acumulada pelos organismos de segurança em todos os níveis. A centralização de informações, os recursos de inteligência com aparato tecnológico eficiente, o acompanhamento de movimentações financeiras suspeitas, o expurgo em repartições contaminadas por infiltração mafiosa fazem parte, entre outras medidas, do conjunto de atos capazes de garantir maior agilidade e força nos confrontos com a bandidagem. Ao anunciar a PEC da Segurança Pública, levada a apreciação do legislativo o Presidente Lula ressaltou a importância de um pacto que envolva todos os poderes da Federação. Acentuou ser preciso construir um processo que discuta desde o sistema prisional até o sistema do cadastro que cada estado tem.

 2) Emendas - Os parlamentares, de diferentes tendências partidárias, que se opõem à transparência e rastreabilidade das emendas do Congresso, destinadas aos seus redutos eleitorais, andam “caçando encrenca” com a justiça. Não faz qualquer sentido, pela ótica do bom senso, permitir-se que o dinheiro do contribuinte possa ser levado, a bel prazer dos autores de emendas, a destino incerto e não sabido. Tal procedimento dá margem a maracutaias de toda ordem, algo que contribui lastimavelmente para enodoar a imagem do Legislativo, pilar sagrado de sustentação das instituições democráticas. Os olhares da população acompanham com  atenção as manobras solertes urdidas por uma minoria empenhada em manter as ações encobertas por neblina espessa. Perpetuar o “orçamento secreto”, legado espúrio de outro tempo governamental, parece ser o propósito de certas forças políticas que atuam nos bastidores parlamentares. A opinião pública repudia com veemência esse posicionamento.

3) Marielle - A justiça tarda, mas no caso do assassinato de Marielle e Anderson não falhou. Os autores dos disparos foram julgados e condenados. Resta agora o julgamento dos mandantes do crime que só pôde ser esclarecido em toda extensão depois do compromisso solene firmado pelo antigo Ministro da Justiça. Impõe-se relembrar aqui que o assassinato cruel da vereadora foi acompanhado da tentativa de assassinato moral de sua imagem combativa, logo depois do atentado, com insidiosa onda de infâmias espalhadas via fake news por contumazes fomentadores do ódio.

                                           Jornalista(cantonius1@yahoo.combr)

O Efeito Trump e O Efeito Estufa

 


 

                                        *Cesar Vanucci

“2024 está sendo o ano mais quente da história”(Declaração da ONU)

 

A Conversão do Clima no Azerbaijão desdobrou-se num “clima” de apreensões. As incertezas e interrogações brotaram do que pode ser chamado de “efeito Trump”. Como sabido, o presidente eleito dos EUA não reconhece o “efeito estufa”. Considera as mudanças climáticas  fenômeno natural cíclico, “coisas de cientistas malucos”, insuflados por comunistas e pessoas comprometidas com uma Nova Ordem Mundial... Em assim sendo, não fica difícil perceber que os caminhos a percorrer pelos ambientalistas, do Azerbaijão até Belém do Pará, serão tremendamente tempestuosos. O Governo Biden recolocou a questão ambiental em pauta prioritária, reafirmado apoio ao “Tratado de Paris” do qual seu país havia se retirado na gestão anterior. Enquanto isso, no giro do mundo, que ignora os conchavos de seus desnorteados mandatários, os eventos climáticos continuam assombrando diferentes paisagens, do Rio Grande do Sul a Valencia, na Espanha e daí em frente. Seja mencionada, a propósito, a insólita manifestação dos representantes da Argentina, dias atrás, em reunião preparatória para o encontro do G20, a ser realizado ainda este mês no Rio de Janeiro. Em dissonância com os demais porta-vozes dos governos participantes do conclave, os emissários do bizarro presidente Milei negaram-se a assinar proposição relativa a salvaguardas que carecem ser adotadas no enfrentamento das bruscas alterações climáticas. O argumento da recusa seguiu a mesma linha das alegações volta e meia transmitidas por Trump. Paralelamente às perspectivas desfavoráveis acima anotadas a ONU anunciou a iminência de novas catástrofes climáticas provocadas pela concentração de gás carbônico na atmosfera, revelando que o ano de 2024 está sendo considerado o mais quente da história, desde o começo da chamada era industrial.

 

2) A autêntica vivência democrática comporta atos que se pode chamar de litúrgicos. A recente corrida presidencial estadunidense, ao contrario do que sucedeu no pleito anterior, foi auspiciosamente marcada por lances desse gênero. Menos de 24 horas transcorridas do inapelável veredito das urnas, o presidente Joe Biden e a candidata derrotada Kamala Harris já haviam reconhecido os resultados e estabelecido contatos com o Donald Trump, cumprimentado pela vitória e oferecendo-lhe todos os préstimos para uma harmônica transição governamental. Mais: Biden convidou o casal Trump para um encontro na Casa Branca de modo a inteira-lo de questões relacionadas com a transferência do poder. Os de boa memória haverão de recordar que, quatro anos atrás, a mudança aconteceu em meio a chuvas e trovoadas, com invasão do Capitólio e contestação espalhafatosa dos números da votação. Aliás, cá pros nossos lados andou rolando, deploravelmente macaquice assemelhada.

 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

 

Vendaval de desatinos

 


 

*Cesar Vanucci

Todo mundo falava, não sei como a policia não agia” (Uma Servidora do TJ-MS)

 

Desatinos à pamparra! No atacado e no varejo.  Cuidemos de conferir.

Do Mato Grosso do Sul – acredite se quiser -, o Tribunal de Justiça quase que inteiro foi indiciado pela PF pelo crime de venda de sentenças. Desembargadores, serventuários da Justiça, advogados, empresários, todo um pessoal tido e havido como cidadãos acima de qualquer suspeita, passaram a adicionar à indumentária vistosas tornozeleiras eletrônicas. O libelo acusatório fala de maracutaias praticadas em alta escala, envolvendo compra de sentenças em processos de interesse da delinquência estruturada em diferentes níveis e múltiplas modalidades. O Conselho Nacional de Justiça, responsável pelas apurações do atordoante esquema, sustenta que levará a questão às derradeiras consequências. A expectativa da sociedade, que se sente injuriada diante da gravíssima ocorrência, se volta para a certeza de uma punição exemplar aos graduados infratores da lei que dela se diziam impertérritos guardiões. E que ao fim e ao cabo de tudo, esgotadas as alternativas recursais inerentes ao direito de defasa, não surja ninguém a propor, como penalidade, o afastamento compulsório dos culpados, “a bem do serviço público com todos os proventos de carreira”...

 

No Rio de Janeiro, outro punhado de desatinos. As autoridades anunciaram ações repressivas de magnitude no desbaratamento de “centrais telefônicas”, via celulares em celas da penitenciaria “Nelson Hungria”. Não existe nenhuma família brasileira que não tenha sido, nalgum momento, molestada pela impiedosa bandidagem organizada com o chamado “disque – extorsão” (simulação de sequestros etc). O sistema que a policia diz estar desfazendo, é operado por diversas quadrilhas, com participação de milhares de detentos, por mais inacreditável que pareça. Noutro lance atemorizante, um batalhão da PM carioca bateu-se em retirada no confronto com membros da facção criminosa do complexo de Israel. A av. Brasil ficou interditada por horas em razão do tiroteio que vitimou 3 inocentes chefes de família a caminho do trabalho. O líder da facção declara-se fervoroso adepto de determinada seita religiosa perseguindo as pessoas no aglomerado que professem outras crenças. Cita versículos bíblicos para “justificar” os malfeitos cometidos. Quase que ao mesmo tempo o maior bicheiro do país foi recolhido à prisão, mais uma vez, acusado de mandante de homicídio. Seu extenso prontuário policial registra delitos de toda ordem, mas ele vem há anos encontrando sempre uma brecha legal para retornar aos negócios escusos em que se acha enredado. Ao noticiar sua ultima detenção, a mídia informou que sua equipe de guarda-costas é composta de 18 elementos, todos eles agentes policiais. Minha nossa!

 

            Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

 

Barba, cabelo e bigode

 


 

*Cesar Vanucci

“Temos que acatar, na democracia, ponto de vista diferente do nosso.” (Barak Obama, ex-presidente EUA)

 

 

Uberaba, Triângulo Mineiro, idos de 50. O PTB, de Mário Palmerio, comemora retumbante trinfo eleitoral. Conquista cadeiras na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Ganha a parada para Prefeito, vice, Juiz de Paz e suplente, compondo ainda solida maioria na Câmara de Vereadores. Dirigindo-se aos eufóricos correligionários, o famoso escritor – parlamentar, frisando bem cada palavra, brada: “Um feito extraordinário, fizemos barba, cabelo e bigode!” A frase foi entusiasticamente difundida, nas prosas de rua, como refrão, pelos Petebistas.

Esta referencia acode-me à memória velha de guerra no memento em que me inteiro dos resultados da corrida presidencial nos Estados Unidos. Contrariando os prognósticos dos analistas políticos e institutos de pesquisa, que garantiam disputa renhida, Donald Trump levou a melhor com espaçosa vantagem sobre a oponente, Kamala Herris. Os números se inclinaram, desde o começo das apurações, pela candidatura republicana, com tal ímpeto que em curto espaço de tempo pôde-se configurar, inapelavelmente o desfecho da pugna.

 O retorno de Donald Trump à Casa Branca suscita, obviamente, especulações de toda sorte. Como é sabido, o ex e, agora, futuro exercente do mais importante cargo da geopolítica contemporânea foi indiciado pela Justiça em mais de 30 processos. Entre eles, seguramente o de maior gravidade diz respeito à invasão do Capitólio, insuflada pelo então presidente, numa tentativa golpista. O episódio cabe relembrar, provocou várias mortes, feriu pessoas e levou muitos invasores à prisão. Qual poderá vir a ser a reação das instituições democráticas dos EUA na hipótese do Poder Judiciário aplicar punição ao chefe do poder executivo? E quanto aos demais processos em andamento?

 Em sua plataforma como candidato Trump criticou com veemência a postura do presidente Joe Biden nas guerras do Oriente Médio e Ucrânia, assegurando que iria por fim as mesmas antes mesmo da posse. Outra questão crucial levantada em seus pronunciamentos envolve milhões de imigrantes em situação irregular. Prometeu deportar todos eles. Palavras dele: “Os imigrantes estão envenenando o sangue de nosso país”! A propósito afirmou que irá exigir do governo mexicano o fechamento hermético da zona fronteiriça entre dois países.

O anuncio da vitória de Trump repercutiu na movimentação das Bolsas de Valores no mundo inteiro. O dólar disparou. Os produtores de bens de consumo ligados à exportação se perguntam quais serão os efeitos em seus negócios caso se efetive realmente a aplicação de sobretaxas nas importações feitas pelo mercado norte americano.

A agenda ambiental é motivo de séria preocupação global. Em seu primeiro mandato, Trump assumiu iniludivelmente negacionista.

Tudo isto nos coloca como espectadores de um capitulo muito importante da História.

Jornalista (cantonius1@yahho.com.br)

 

A SAGA LANDELL MOURA

Desigualdade gera fome e pobreza

                                                 *Cesar Vanucci “  Fome  e a  pobreza  são o símbolo máximo da nossa tragédia Coletiva...