quinta-feira, 21 de novembro de 2024

O Efeito Trump e O Efeito Estufa

 


 

                                        *Cesar Vanucci

“2024 está sendo o ano mais quente da história”(Declaração da ONU)

 

A Conversão do Clima no Azerbaijão desdobrou-se num “clima” de apreensões. As incertezas e interrogações brotaram do que pode ser chamado de “efeito Trump”. Como sabido, o presidente eleito dos EUA não reconhece o “efeito estufa”. Considera as mudanças climáticas  fenômeno natural cíclico, “coisas de cientistas malucos”, insuflados por comunistas e pessoas comprometidas com uma Nova Ordem Mundial... Em assim sendo, não fica difícil perceber que os caminhos a percorrer pelos ambientalistas, do Azerbaijão até Belém do Pará, serão tremendamente tempestuosos. O Governo Biden recolocou a questão ambiental em pauta prioritária, reafirmado apoio ao “Tratado de Paris” do qual seu país havia se retirado na gestão anterior. Enquanto isso, no giro do mundo, que ignora os conchavos de seus desnorteados mandatários, os eventos climáticos continuam assombrando diferentes paisagens, do Rio Grande do Sul a Valencia, na Espanha e daí em frente. Seja mencionada, a propósito, a insólita manifestação dos representantes da Argentina, dias atrás, em reunião preparatória para o encontro do G20, a ser realizado ainda este mês no Rio de Janeiro. Em dissonância com os demais porta-vozes dos governos participantes do conclave, os emissários do bizarro presidente Milei negaram-se a assinar proposição relativa a salvaguardas que carecem ser adotadas no enfrentamento das bruscas alterações climáticas. O argumento da recusa seguiu a mesma linha das alegações volta e meia transmitidas por Trump. Paralelamente às perspectivas desfavoráveis acima anotadas a ONU anunciou a iminência de novas catástrofes climáticas provocadas pela concentração de gás carbônico na atmosfera, revelando que o ano de 2024 está sendo considerado o mais quente da história, desde o começo da chamada era industrial.

 

2) A autêntica vivência democrática comporta atos que se pode chamar de litúrgicos. A recente corrida presidencial estadunidense, ao contrario do que sucedeu no pleito anterior, foi auspiciosamente marcada por lances desse gênero. Menos de 24 horas transcorridas do inapelável veredito das urnas, o presidente Joe Biden e a candidata derrotada Kamala Harris já haviam reconhecido os resultados e estabelecido contatos com o Donald Trump, cumprimentado pela vitória e oferecendo-lhe todos os préstimos para uma harmônica transição governamental. Mais: Biden convidou o casal Trump para um encontro na Casa Branca de modo a inteira-lo de questões relacionadas com a transferência do poder. Os de boa memória haverão de recordar que, quatro anos atrás, a mudança aconteceu em meio a chuvas e trovoadas, com invasão do Capitólio e contestação espalhafatosa dos números da votação. Aliás, cá pros nossos lados andou rolando, deploravelmente macaquice assemelhada.

 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

 

Nenhum comentário:

A SAGA LANDELL MOURA

Desigualdade gera fome e pobreza

                                                 *Cesar Vanucci “  Fome  e a  pobreza  são o símbolo máximo da nossa tragédia Coletiva...