*Cesar Vanucci
“A minha escola foi a escola da vida, do trabalho”. (José Costa)
Bastante
concorrida, pródiga em vibrações positivas e em conteúdo humanístico: assim
pode ser descrita, resumidamente, a sessão festiva da outorga do 9° “Prêmio
José Costa” a personalidades e instituições reconhecidamente compromissadas com
o bem
comum e envolvidas em práticas que levem à construção de um futuro justo e
sustentável para a sociedade.
Transcorrido
no majestoso auditório do BDMG, o ato foi patrocinado pelo “Diário do Comercio”,
com apoio de outras conceituadas organizações. O tema da premiação, “Colaboração: dando a palavra ao
futuro”, foi abordado profusamente em pronunciamentos acompanhados com
vivo interesse pela plateia, altamente representativa dos círculos econômicos e
culturais das Gerais.
Não
ouve quem não se comovesse no curso da programação, quando se fez ouvir - timbre,
cadência, inflexão perfeitos - a voz de Jose Costa, encharcada de esperança, proclamando
ideias nascidas de incomum sabedoria, descortinando o futuro. Recriada impecavelmente
pela inteligência artificial, a mensagem transmitiu duradoura sensação da
presença do fundador do DC no recinto, já não tivesse essa circunstancia sido intuída,
por muitos, sob a ótica da espiritualidade.
Faço questão, agora, de reproduzir, pela
oportunidade de que se revestem, considerações alinhadas, algum tempo atrás,
sobre o grande companheiro Costa. A repetição, conforme asseverava Napoleão, é
sempre a melhor retórica.
Ministro
da palavra social, JC soube imprimir à profissão abraçada claro sentido
missionário. Jamais abriu mão dos valores que fazem da nobre atividade
imprescindível instrumento de afirmação da dignidade humana.
Anos
a fio, acompanhei de perto as empreitadas em que se atirou como jornalista,
empresário, dirigente classista e líder maior do movimento leonístico. No
punhado de coisas que tocou, todas ao mesmo tempo em diversificadas frentes de
atuação, projeta-se indiscutível sua identificação com o sentimento nacional.
Não se detinha diante de desafios que, para muita gente, no correr do processo
da construção humana, afiguravam-se problemas complicados, até mesmo
insuplantáveis. Homem à frente de seu tempo deixou as marcas digitais em
campanhas memoráveis de cunho desenvolvimentista, com reflexos sociais perenes.
Nas páginas do vibrante jornal que criou, nas tribunas das entidades classistas
frequentadas com exemplar assiduidade, espalhou inabalável fé e confiança no
país e em sua gente.
Não
há como falar na trajetória de lutas e conquistas do DC, celebrar as crenças e
ideais cultivados pelos que o sucederam na prática de um jornalismo
comprometido com belas causas de interesse comunitário, sem lembrar a altiva,
jovial, austera e paradigmática figura do Costa.
Pra
encurtar razões: já não se faz mais José
Costa como antigamente. Perdeu-se a receita.
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
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