quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Corte de gastos, super salários e emendas.



 

*Cesar Vanucci

“As medidas consolidam o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal” (Ministro da Fazenda Fernando Haddad)

 

O governo, um tanto eufórico, classifica a medida de extraordinária. O mercado, costumeiramente de mau humor, discorda. Afirma que o pacote sobre corte de gastos não corta suficientemente os gastos, de modo a que se possa atingir o equilíbrio orçamentário tão almejado. Muitas as dúvidas levantadas quanto á eficácia do modelo proposto. Uma delas mira as despesas com remuneração dos agentes públicos dos “andares das coberturas”. Os valores pagos superam, aí, por inverossímil que pareça o teto constitucionalmente fixado, estipulado hoje em 44 mil reais, obviamente sem penduricalhos. Outra questão relevante também suscita ceticismo quanto à obtenção de resultados positivos nessa empreitada do “pacote fiscal”. Diz respeito a exagerada soma de recursos utilizados nas  emendas parlamentares. Houvesse, da parte dos senadores e deputados, dose maior de boa vontade no sentido de apontar soluções mais consentâneas com a realidade social e política, parcela substanciosa do dinheiro reservado ás emendas poderia perfeitamente compor o contingenciamento de gastos. Seja como for, tendo em vista que a busca do equilíbrio orçamentário figura na pauta dos debates políticos levados ao Congresso, é importante agora que todos os setores interessados na solução satisfatória do tema se empenhem afundo em diálogos proveitosos, trocas de experiências, sugestões que possam favorecer desejáveis consensos. O que está em jogo consulta em muito o interesse da sociedade, em seus justos anseios de bem estar e desenvolvimento.      

 2) Carrefour -  E não é que na França, de repente, ocorreram manifestações inamistosas com relação ao Brasil pelo fato de os produtos de origem animal exportados pelo nosso competente agronegócio serem de qualidade reconhecidamente imbatível? Aconteceu assim: Fazendo couro com grupos que se opõe ao acordo comercial do MERCOSUL com a União Europeia, o presidente do conglomerado multinacional Carrefour, Alexandre Bompard afirmou, num momento de desvario que a carne Brasileira não atende as exigências e normas sanitárias de seu país. A diatribe cometida acendeu o estopim de uma reação em cadeia formidável. Juntos, governo, parlamento, diplomacia, entidades classista, exportadores, empresários da área alimentícia, meios de comunicação, outros setores representativos da sociedade repeliram, de pronto, com toda veemência a descabida manifestação. Frigoríficos tomaram a deliberação de suspender o fornecimento de carnes à rede de Lojas Carrefour que opera no território Nacional. Não deu outra: o CEO chamado às falas desfez em pouquíssimas horas a tremenda asneira. Encaminhou carta de desculpas retratando-se em termos considerados satisfatórios, dando por findo o incidente.

 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

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