*Cesar
Vanucci
“Ele é um crianção
patético” (Vivian, 21 anos, filha de Elon Musk a respeito do pai, numa entrevista )
*Cesar
Vanucci
“Ele é um crianção
patético” (Vivian, 21 anos, filha de Elon Musk a respeito do pai, numa entrevista )
*Cesar
“ E pensar que não existe vacina
para surto de sandices !”( Antônio Luiz da Costa, educador)
Alinhamos
na sequência registros sobre o persistente surto de sandices que anda assolando
nossa aldeia global. No que pode ser considerado apartheid às avessas, o governo
estadunidense fez chegar á África do Sul “desagrado” quanto a supostos atos de
discriminação cometidos contra a população branca (isso mesmo que você, caro
leitor, acaba de ler: população branca). A reprimenda teria derivado de
discordâncias quanto a políticas tributárias adotadas pelos sul-africanos.
Pretória, obviamente, reagiu à manifestação. Observadores da cena política
enxergam a presença de Elon Musk, principal assessor de Trump, nascido na África
do Sul, nos bastidores do incidente diplomático reportado. A mesma linha
conceitual utilizada no tocante ao governo da África do Sul orientou outro ato da
Casa Branca, envolvendo algumas das mais conceituadas Universidades dos EUA. As
referidas instituições foram surpreendidas com comentários críticos, em tom de
velada admoestação, com insinuação até de sanções, alusivos a discriminações
que estariam alvejando alunos ... brancos, ora, veja, pois!
Bem
que a justiça tentou impedir, mas o governo foi mais expedito. Caso é que Trump,
dando continuidade à sua desatinada política de deportações, invocando legislação
pra lá de obsoleta, do século XVIII, ordenou a expulsão de um grupo especifico
de mais de 300 elementos, alegadamente venezuelanos e supostamente condenados em
diferentes instâncias judiciais, encaminhando-os a uma prisão de El Salvador e
não ao seu país ou ao seus países de origem. A justiça estadunidense proibiu
taxativamente a deportação concebida em moldes tão insólitos. Mas quando a
ordem legal chegou o avião que transportava os imigrantes já estava
despejando-os no presídio considerado mais terrível das Américas, com capacidade
pra abrigar 40 mil detentos. O governo de EL Salvador embolsou milhões de
dólares por concordar com essa “terceirização penitenciaria”.
As
conversações sobre um “cessar fogo” na Ucrânia continuam a oferecer singulares
desdobramentos. Num papo telefônico de 2 horas, Trump e Putin estabeleceram
curiosas premissas quanto à incandescente questão. Resolveram definir trégua para
algumas, mas não todas as frentes de luta. Resumindo a história: as escaramuças
sangrentas com mortos, feridos e destruição, podem ocorrer neste pedaço aqui
que permanece ativo para o desvario belicoso, mas não naquele pedaço adiante a
ser mantido, a todo custo, como um Oasis idílico de amor e paz.
Fechando
a lista destes casos surreais: A PM do Rio calculou em 20 mil o numero de
manifestantes presentes num comício Bolsonarista em Copacabana. O Palácio da
Guanabara determinou que a estimativa fosse multiplicada por 20. Deu 400 mil. Da
procês?
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
*Cesar
Vanucci
“A proposta está sendo muito bem recebida” (
Ministro Fernando Haddad)
1) Promessa de campanha de Lula, a isenção de
Imposto de Renda para assalariados de até 5 mil reais tornou-se projeto de lei,
já em poder da Câmara de Deputados para avaliação. A medida encontra simpática
receptividade junto à opinião pública. Será fatalmente aprovada, para aplicação
a partir de 2026. Acaloradas manifestações já se fazem ouvir entorno da
renuncia fiscal, com foco na fonte dos recursos necessários para compensação
orçamentária. A previsão é de que o dinheiro provenha de rendimentos, até aqui
não tributáveis, de uma minoria alojada financeiramente nas coberturas da edificação
social. Noutras palavras: a compensação referente ao beneficio a ser concedido
a quem ganha menos derivará dos proventos de quem ganha muito mais. Nada a estranhar.
Esta a formula adotada em países onde a
justiça social se revela mais aprimorada, caso, por exemplo da Escandinávia. Pelas
estimativas do Ministério da Fazenda, 142 mil patrícios mais aquinhoados em matéria
de renda e bens contribuirão assim para que 24 milhões de cidadãos menos
favorecidos economicamente desfrutem da isenção. Não soa despropositada, nesta
hora, a ideia de que a compensação orçamentária possa também defluir, se
necessário, de percentual dos rendimentos de quem esteja recebendo, ao arrepio
da lei, super. salários no serviço público. Com alguma dose de boa vontade e
espírito publico, executivo e legislativo poderão, ainda – como não? – abrir
mão, a título de reforço orçamentário, de parte das dotações destinadas a
emendas parlamentares e fundos partidários.
2)
Milei - “Cover” mal-ajambrado de
Donald Trump, Javier Milei continua aprontando. Anunciou a retirada da
Argentina do Acordo de Paris e da OMS, tal qual fez seu ídolo. Dia desses, na
TV, apresentando-se como “especialista em finanças”, propagou as vantagens excepcionais
de uma criptomoeda recém-lançada no mercado portenho. Tal fato ocorreu pouco
depois de receber, na Casa Rosada o criador da mesma. Não deu outra: Milhares
de chefes de família e donas de casa saíram a campo imediatamente, à cata da criptomoeda para aquisição. O negocio
proporcionou, por curto espaço de tempo, vantagens para os investidores. Pouco
depois, entre tanto, veio a degringolada, com prejuízos incalculáveis para a
economia popular. A indignação causada pelo sucedido levou as vítimas da fraude,
gente do povo e empresas, a ajuizarem inédita ação, perante a justiça
Estadunidense, reivindicando ressarcimentos. Milei e pessoas à sua volta são citados
no processo como supostos beneficiários da maracutaia. Enquanto isto, com
passeatas e panelaços, aposentados argentinos queixam-se sob repressão policial,
que suas pensões são insuficientes adquirir simples cesta básica.
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
*Cesar Vanucci
"A solução é manter o canal de diálogo aberto para
evitar prejuízos desnecessários para ambas as partes".( Vice Geraldo Alckmin
, sobre a guerra fiscal)
1)
Os sons das trombetas da guerra fiscal deflagrada por Donald Trump estão
desagradando meio mundo. Aliás, falar verdade, o mundo inteiro. As estúpidas medidas
adotadas, quebrando acordos reconhecidamente sedimentados nas relações multilaterais,
procurando amoldar países soberanos a caprichos supremacistas, alimentam
turbulências, podendo desembocar numa recessão econômica global, conforme
admitem qualificados especialistas. No Brasil as taxas extras estabelecidas, mormente
as incidentes sobre os itens aço e alumínio, afetam principalmente os Estados
da região Sudeste, com destaque para Minas Gerais. Sejam realçados os esforços
dos negociadores governamentais, via Ministérios da Indústria e das Relações Exteriores
no sentido de defender adequadamente, nos foros competentes, os respeitáveis
interesses dos segmentos alvejados. Impõe-se assegurar aos porta-vozes
credenciados do Brasil nas negociações com o Governo de Washington apoio amplo
e irrestrito nas postulações formuladas. Sem essa de se retrair ou de silenciar
diante de tão relevante e candente questão, em nome de mesquinhas conveniências
políticas. O que está em jogo coloca-se bem acima de questiúnculas abstratas. O Congresso, por exemplo, não pode
furtar-se, jeito maneira, ao dever de cerrar fileiras em torno de causa tão
significativa.
2)
As lideranças compromissadas com a missão de estruturar um eficiente Sistema
Nacional de combate ao crime organizado precisam se capacitar de que a
sociedade brasileira tem pressa na solução do atordoante problema. Se já existe
delineado em suas linhas mestras, no Ministério da Justiça, um esquema que condensa
o melhor da experiência policial na luta contra milícias, facções e outros
grupos mafiosos, o que resta, então, para se colocar em movimento as ações
preventivas e repressivas tão almejadas? Há quem diga ser necessário
incrementar o dialogo entre as corporações que atuam no front da chamada
“guerra urbana”, na busca de denominador comum na metodologia do trabalho.
Diálogo nunca é demais, debates também. Dialogue-se, debata-se, esgote-se todo
o arsenal de ideias e sugestões nascidas das vivências cotidianas no
enfrentamento do banditismo, mas desfaçam-se logo, o mais rápido possível, os entraves
burocráticos que impedem sair do papel as ações concretas pretendidas. São
diárias e numerosas as violências urbanas que clamam por soluções eficazes. O que vem sucedendo em alguns
aglomerados urbanos, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, por exemplo, ganha
conotação, no ver de muitos, de atos terroristas. Escusado lembrar que, nalguns
casos, como é fácil deduzir, o combate ao crime exigirá ação cirúrgica no
próprio organismo policial.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
*Cesar Vanucci
“Acho que vamos obtê-la ”(Trump,
aludindo à Groenlândia)
Tempos
confusos e inquietantes. As conversações entre Nações, habitualmente
transcorridas de forma solene e regidas por protocolos diplomáticos, cedem
lugar a enfezados bate-bocas, transmitidos ao vivo e a cores. Ou, então, são
substituídas por recados curtos e grossos, cheios de azedume, postados em redes
sociais.
O
Presidente Donald Trump e seu vice J.D Vance armaram emboscada para Zelensky,
Chefe do governo ucraniano. Atraíram-no ao famoso Salão Oval da Casa Branca com
o fito de aplicar-lhe senhora descompostura. A humilhação foi vista com
perplexidade por milhões de pessoas, em todos os continentes. O que se exigiu
da Ucrânia foi rendição incondicional, com a entrega aos invasores russos das
províncias ocupadas. Além disso, a título de compensação pela “ajuda” em
armamentos utilizados na defesa do país, a sessão para exploração pelos Estados
Unidos das jazidas minerais raras existentes em seu subsolo.
Quase
que ao mesmo tempo, em discurso proferido no Legislativo estadunidense, o incorrigível
Trump reafirmou sua disposição, de ocupar a Groenlândia, “de um jeito ou de
outro”. Reiterou, igualmente, a intenção de tomar o Canal do Panamá.
Paralelamente à primeira visita oficial que fez ao Congresso, onde foi recebido
com aplausos dos partidários e apupos dos adversários, Trump ordenou aos
delegados de Washington
na ONU que votassem contrariamente – ora, veja, pois! - a uma moção, aprovada
pela maioria da Assembleia, condenando a Rússia pela invasão da Ucrânia. O voto
dos EUA foi acompanhado apenas pelas delegações da Coreia do Norte, Cuba,
Venezuela, Iran e Nicarágua.
Noutra vertente das estapafúrdias decisões que
vem tomando, Trump tem deixado explicito, com “a guerra fiscal” deflagrada, o
propósito de fomentar uma nova ordem econômica mundial, mesmo que isso implique
numa recessão global. Fora e dentro dos
Estados Unidos avolumam-se reações e discordâncias quanto aos seus
posicionamentos. Os países europeus, reafirmando apoio incondicional à Ucrânia
invadida, anunciaram um projeto extraordinário de fortalecimento armamentista
com custos equivalentes a 1/3 do PIB brasileiro, soma fabulosa em “tempos de
paz”. A China, sobretaxando produtos estadunidenses em resposta á política
tarifaria de Washington,
declarou-se de forma rude, nada diplomática, “pronta” para “qualquer tipo de
guerra”... No Canadá acumulam-se os protestos contra os atos e palavras do
dirigente estadunidense. Trump costuma chamar o 1° Ministro do país irmão de
“governador”, em alusão à descabida pretensão de anexar o Canadá. Pesquisa, nos
EUA sobre os primeiros 50 dias do Governo apontou índice de desaprovação a
Trump superior ao de aprovação, o que
não é de se espantar. Uma coisa é certa: a confusão não vai parar por aqui.
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
O filme é a Eunice Paiva
(Fernanda Torres)
O
Brasil da amorosidade, da sensibilidade social e da vocação democrática apostou
na premiação todas as fichas de sua inesgotável esperança. Deu certo. O “Ainda estou
aqui” chegou lá. O cobiçado Oscar, como melhor filme estrangeiro, juntou-se a
outros reluzentes troféus já conquistados pelo esplêndido filme de Walter
Salles em outros famosos centros mundiais da consagração cinematográfica. Entre
eles “O Globo de Ouro” de melhor atriz arrebatado pela magnífica Fernanda
Torres.
Marco
épico no plano artístico cultural, o filme tornou-se também referência
histórica maiúscula na vida política e democrática brasileira. A mensagem poderosa
que dele deflui é de clareza solar: “Ditadura nunca Mais!” Ganha sonoridade especial
nos dias que correm, quando a Justiça se prepara, debaixo do olhar atento da
Nação, para emitir veredicto acerca da participação da cúpula sediciosa na trama
que colocou sob risco as sagradas instituições democráticas e republicanas.
A
ovação popular que se seguiu, de norte a sul, de leste a oeste do país, à
proclamação em Hollywood do premio atribuído, pela vez primeira a uma obra de
arte fílmica, inspirada em historia real narrada num livro brasileiro, protagonizada
e dirigida por brasileiros e falada em nosso idioma foi de deslumbramento
indescritível. A maior festa das ruas em todo o mundo, ou seja, o carnaval
brasileiro elevou ao zênite o entusiasmo das pessoas já envolvidas, solidariamente
nos frenéticos folguedos. A vibração alcançou também os que solitariamente optaram
pelo recolhimento durante o período momesco. Alguns poucos elementos da
atividade política preferiram guardar silêncio envergonhado com relação ao
grande feito cultural, fazendo prova com tal procedimento de indigência cívica
e intelectual.
Aplaudido
pela critica e pelo público em milhares de salas de projeção onde vem sendo
exibido, em dezenas de países, o longa metragem ganhador da estatueta dourada é
visto como uma saga dos tempos modernos, por onde se projeta o anseio generoso dos
homens e mulheres de boa vontade, dos humanistas, dos democratas, em prol das
liberdades e dos direitos fundamentais. O drama existencial vivido pela família
Paiva, heroicamente conduzida por Eunice Paiva e contado no excelente livro
escrito por Marcelo, filho do deputado “desaparecido”, ajuda a gente a entender
o significado da celebre frase proferida pelo saudoso Ulysses Guimarães na promulgação da constituição que nos rege: “Eu
tenho nojo da ditadura”.
Por
derradeiro, aqui vai registro que soará, certeiramente, como novidade para
grande maioria das pessoas. Há 80 anos, em 1945, nosso maior compositor
musical, Ary Barroso, produziu “Brasil”, primeiro filme a concorrer ao Oscar.
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
“É loucura, mas há um método.” (Shakespeare).
Anos atrás, ainda no
primeiro mandato, o órgão de classe dos psiquiatras, nos EUA emitiu parecer
questionando a condição mental do Presidente. Seus ditos e feitos,
monopolizando manchetes e produzindo tensões, contribuem em muito para que a
opinião pública aceite como veraz o diagnóstico.
Atropelando leis, rasgando
tratados, desfazendo regras instituídas ou estimuladas pelos próprios EUA, nas
relações multilaterais Trump apresenta-se ao olhar mundial, de repente, como
“providencial arauto” de “ideias novas”, todas resvalando o absurdo. Manifesta
interesse em comprar a Groelândia, anexar o Canadá, tomar o Canal do Pananá,
deportar 10 milhões de imigrantes, encarcerando parte deles em Guantanamo e em
presídio de El Salvador. Não se dando por satisfeito, anuncia a retirada, na
força bruta, se não puder ser “espontânea”, de 2 milhões de palestinos radicados
nos escombros de Gaza, alojando-os na Jordânia e Egito, apesar, dos dois países
se recusarem peremptoriamente, mesmo sob ameaças de represálias, a participar
do medonho êxodo. Aponta duas alternativas como “solução” da questão do
território palestino: a) transformar-se em Riviera do Oriente Médio; b) tornar-se
uma sucursal do inferno. Diz isso sem atentar para as circunstâncias de que os
palestinos já conhecem de sobra o que seja viver uma experiência infernal. Deixa
expresso que o território pertencente aos palestinos não será comprado, mas sim
tomado na marra.
As manifestações de desagrado
pelo que está rolando avolumam-se. Além obviamente dos ruídos produzidos nos
circuitos diplomáticos, vêm ocorrendo outras reações, até outro dia
impensáveis, em ambientes que sempre mostraram receptividade simpática ao povo,
cultura e costumes estadunidenses. Caso, por exemplo, dos canadenses, que pregam
boicote aos produtos do vizinho país e substituem aplausos por vaias, em
competições esportivas quando o hino dos Estados Unidos é executado.
E o que não dizer da onda de
questionamentos levados à apreciação da justiça por cidadãos e organizações de
seu próprio país?
Desrespeitando acordos
comerciais de longa data consolidados, desestabilizando a Organização Mundial
do Comércio (OMC), os gravames fiscais impostos a fornecedores de produtos carreados
ao mercado de consumo de seu país, as políticas de comércio exterior colocadas
em prática pelo ocupante da Casa Branca afetam o Brasil, como de resto,
praticamente todos os países que fazem parte do sistema de intercâmbio
negocial.
Analistas da conjuntura
mundial apontam como fatores influenciáveis das decisões criticadas, o
chauvinismo medular presente na orientação politica do presidente e as
circunstâncias da China haver atingido superávit recorde de quase 1 trilhão de
dólares na balança comercial, enquanto os Estados Unidos amargaram déficit
quase equivalente em suas transações comerciais.
Jornalista Cesar Vanucci
(Ministro Gilmar Mendes.) ]
O
ex-presidente Jair Messias Bolsonaro declarou-se “estarrecido” e “indignado”
com as acusações feitas pela Procuradoria Geral da Republica apontando-o como
chefão das articulações do grupo engajado na trama golpista. As expressões
utilizadas são exatamente - por sinal as mais brandas - empregadas nas ruas e
lares como tradução do sentimento nacional, diante da nefanda tentativa de
ruptura democrática capitaneada pelo ex-chefe do governo.
O
descomunal conjunto de provas coletadas pela Policia Federal e já apreciadas no
âmbito da PGR configuram, sem a mais pálida sombra de dúvida, uma ação
premeditada, calculada em todas assustadoras minudencias, com o inequívoco intuito
de profanar a legitimidade de uma eleição democrática e mergulhar o país nas
trevas do autoritarismo.
A
delação do ajudante de ordens, os categóricos depoimentos dos comandantes do
Exercito e Força Aérea, os vídeos, os áudios, as mensagens e diálogos
resgatados dos celulares apreendidos, as reuniões gravadas, as minutas de atos
executivos instaurando o caos e por aí
vai, tudo no processo deixa à mostra com clareza solar as digitais e as pegadas
dos integrantes do clã Palaciano, na torpe arregimentação sediciosa.
No
arrazoado do Procurador Geral incriminando Bolsonaro e outras trinta e três
pessoas, entre elas Braga Neto, Vice na chapa derrotada em 2022, são acusados pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta
do Estado Democrático de Direito e formação de quadrilha. Outra acusação grave imputado ao ex-presidente
e companheiros diz respeito ao monitoramento do Presidente Lula,
Vice-Presidente Alckmin e Ministro Alexandre de Moraes, do STF, dentro de um
plano diabólico, denominado “Punhal verde amarelo” que tinha sob mira o assassinato
de todos eles.
A alentada peça acusatória revela como se
processou, passo a passo, ao longo de vários meses, o encadeamento dos
episódios relevantes que compuseram o enredo do complô contra as instituições
republicanas. Os dramáticos eventos do “8 de janeiro”, juntamente com as
manifestações nas imediações dos quartéis, arruaças e atentados em Brasília,
obstrução de rodovias, agressões e intimidações via internet e outros meios
constituíram lances perturbadores
orquestrados pelo ativo núcleo operacional comprometido com a derrubada do
regime. O importante papel desempenhado pelo autocomando Militar na conjuntura
política da época é ressaltado pela PGR e PF como fundamental no sentido da
abortagem da sinistra conspiração que se achava em andamento.
Caberá agora ao STF avaliar e julgar os
fatos. A Democracia sai fortalecida desta história. O sentimento Nacional
repele toda e qualquer ameaça contra os direitos fundamentais.
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
. “Eu comprei este carro antes de Elon Musk enlouquecer” (Proprietários de veículos da Tesla na Alemanha)
O
repertorio de “novidades impactantes” de Trump é mesmo inesgotável. Cá estão algumas
das mais recentes.
O
Presidente conduziu negociação com o “Tzar” Vladmir Putin dizendo que iria por
fim na guerra da Ucrânia. Desprezou velhos aliados da OTAN, bem como o
dirigente ucraniano Zelensky, o que causou estupefação nos círculos diplomáticos e no
seio da opinião pública internacional. O surpreendente gesto de aproximação com
o Presidente russo foi acompanhado do levantamento de sanções impostas pelos
EUA a Moscou em razão da tão criticada invasão. A incontinência verbal e
arrogância imperial de Trump levaram-no a dizer – vejam só! - que Zelensky
provocou o conflito e não passa de um político irrelevante, ditador refratário
a eleições. A situação fica mais atordoante quando se toma ciência de que o “acordo”,
à revelia dos ucranianos e dos europeus prevê a posse pela Rússia das terras
ocupadas na marra. Isto corresponde a quase 25 por cento da área total do país
invadido. Tem mais; Trump mandou dizer ao presidente da Ucrânia que aceite os
termos ou se prepare para perder o país. Por incrível que pareça, foi ainda
mais longe: exige do governo de Kiev, como compensação pelo “acordo de paz”
proposto, nada mais, nada menos que a outorga do direito de exploração de suas
jazidas minerais raras pelos EUA. Emprega outro “argumento poderoso” mirando as
riquezas do subsolo ucraniano: a ajuda de quase 200 bilhões de dólares destinada
durante o governo Biden ao esforço de guerra do governo da Ucrânia.
Na
data que marcou o terceiro ano da presença das tropas Russas no território
vizinho, Zelensky declarou que estaria disposto a deixar o cargo, desde que
fosse assegurada a entrada de seu país na OTAN. A Casa Branca discorda da
proposta. Quer na realidade a rendição incondicional da nação agredida.
Noutra frente da turbilhonante atuação do
Governo Trump, seu vice J.D. Vance, em giro recente por países europeus, criticou
causticamente os aliados do “Velho Mundo” pela atitude de isolarem o partido
extremista alemão que tenta ressuscitar teorias nazistas. Foi rebatido
veementemente pelas lideranças europeias. O gesto do vice coincidiu com duas outras
manifestações chocantes, condenadas pelas mesmas lideranças e por democratas
nos Estados Unidos e outras partes do mundo. Assessor de Donald Trump, num
encontro de dirigentes ultraconservadores ergueu o braço duas vezes em
inequívoca saudação hitlerista. Elon Musk, a seu turno, apoiou abertamente a
campanha dos extremistas alemães, no pleito recém-findo. Por tal motivo, nas
ruas das cidades alemãs carros da marca Tesla circulam com dísticos afixados nos
para-brisas contendo os seguintes dizeres: “Eu comprei antes de Musk
enlouquecer.” O mundo está mesmo de pernas pro ar. E vem mais coisa por aí...
Jornalista
(cantonius1@yahho.com.br)
“Conversando é que a gente se entende.” (Ditado popular).
Trump foi eleito presidente, não Imperador.
Podendo muito, não pode, todavia, tudo. Não pode se arvorar
de poderes imperiais na condução dos negócios da grande nação, potência
democrática, política e econômica universalmente admirada. A pororoca de
decisões tomadas, abalando a convivência entre países, alterando abruptamente
regras consolidadas nas relações diplomáticas, vem produzindo desassossego em
demasia. A ordem institucional na cena mundial carece ser aprimorada, não debilitada.
O momento recomenda diálogos, não monólogos. Conversando é que a gente se
entende.
Do volumoso conjunto de ações causadoras de espanto,
observadas nos domínios da Casa Branca destacamos aqui mais este fato. A “revista
Time” estampou na capa Elon Musk sentado na mesa presidencial do salão oval,
insinuando que o magnata compartilha o poder com Trump. Elon comentou, pateticamente,
que “amo Donald tanto quanto um heterosexual consegue amar outro homem”.
Enquanto isso aviões despejam deportados em Guantanamo,
temível ilha presídio localizada em Cuba, administrada pelos EUA.
Acredite, se quiser.
A sensação de muita gente é de que o mundo está de pernas pro
ar. Coisas estranhas continuam pintando no pedaço, como se costuma dizer no
tagarelar das ruas. Reunimos abaixo “quentes” amostras.
1 - Autoridades do setor de saúde investigam um hospital de
São Paulo voltado para assistência filantrópica, devido à denúncia de que estão
sendo utilizadas ali, em intervenções ortopédicas, “furadeiras domésticas”. A
chocante revelação não esclarece se, além da “furadeira”, os profissionais de
saúde do estabelecimento não estariam empregando também, nos procedimentos,
martelos, pregos e serrotes...
2 – Dona de casa, no café matinal servido a familiares,
encontrou na massa do pão de forma uma bala de fuzil. Narrando o sucedido para
um grupo de conhecidos indagamos se eles saberiam apontar a cidade em que a
insólita cena ocorreu. Todos, “sem titubeios,” responderam a uma só voz: - Rio
de Janeiro!
3 - O grupo - tarefa coordenado pelo Ministério Publico e Corregedoria
da Policia de São Paulo fez visita de surpresa ao presidio da Policia Civil do
Estado, onde se acham recolhidos 100 elementos da chamada “Banda podre” da
instituição. Na cela de dois agentes acusados de envolvimento na cilada que
assassinou, no aeroporto de Guarulhos, o delator das tramas criminosas do PCC,
deparou-se com duas dezenas de celulares, além de sofisticado aparato
eletrônico para comunicações externas.
4 – Os integrantes do
Ministério Público de São Paulo acabam de ser contemplados com benefício
especial que garante, a muitos deles, holerites complementares da ordem de Um
milhão de reais. Essa grana toda, provém de “vantagens” auferidas com
retroatividade à década passada. A imprensa estima que o generoso “prêmio por
serviços prestados”, favorecendo quase 2 mil servidores, possa alcançar a
altitude "everestiana” de um bilhão.
Dá “procês”?
Jornalista
Cesar Vanucci
“Trump pretende fazer de Gaza uma nova Riviera.” (Dos jornais)
Deu a louca nos domínios geopolíticos. A temporada de
absurdidades instaurada com o retorno de Donald Trump ao poder ganha
impetuosidade crescente, enchendo o mundo de temores.
Em recentes comentários já alinhamos alguns lances
estapafúrdios, incluídos no rol das decisões adotadas pela Casa Branca.
Acrescentamos, agora, outras medidas tão ou mais perturbadoras até,
estridentemente anunciadas que estão causando compreensível sobressalto no seio
da opinião pública. Recepcionando o primeiro Ministro de Israel Benjamin
Netanyahu, Trump declarou-se propenso a ocupar Gaza, desalojando as multidões
de palestinos que ali sobrevivem. A “limpeza” abrangeria o deslocamento da
população para outras áreas, em outros países. A “luminosa” ideia foi
compartilhada com entusiasmo pelo dirigente israelense, mas foi repelida com
veemência em todas as partes do planeta, a começar pelos países árabes. Egito e
Jordânia deram categórico “não” à proposição. A Arábia afirmou que não manterá
relações diplomáticas com Israel caso a proposta vingue. Aditou ainda o
propósito de só se aproximar de Telavive depois da implantação de um Estado da
Palestina soberano em Gaza e Cisjordânia. A França, a Inglaterra e demais
países europeus também registraram seu desacordo, sustentando que a propalada
reconfiguração de Gaza equivale a uma diáspora incompatível com as leis
internacionais e a Declaração dos direitos fundamentais da ONU.
Agravando ainda mais a situação o governo de Israel deixou
claramente explicito que o melhor a fazer na crise do Oriente Médio é afastar
de vez a ideia da criação do Estado da Palestina. É de se ver que tal
posicionamento colide em cheio com o sentimento universal. O Estado da
Palestina é apontado por todos, em todas as esferas do pensamento evoluído,
como a solução ideal para se por fim aos conflitos ininterruptos que tantos
males causam a israelenses, palestinos, libaneses, gente de outras nações que
povoam o território sagrado em que se localiza a fonte matricial das correntes
religiosas do Deus único.
Descabida e inoportuna, a ideia de se fazer de uma Gaza
esvaziada de palestinos uma nova Riviera, em razão das belezas naturais de sua
orla marítima, não ajuda em nada a causa da paz. Muito antes, pelo contrário. O
assunto suscita, como visto, discordância global. De outra parte, brotam da
conjuntura nascida da manifestação do presidente do país mais poderoso do
mundo, receios de que os esforços pela sensação de hostilidade em Gaza possam
ser afetados. O desafogo pela trégua arduamente conquistada, o alívio pela
libertação dos reféns, a esperança ardente, a partir daí, de uma paz definitiva
favorecendo a convivência fraterna de judeus e palestinos não podem ser
alvejados por conveniências geopolíticas equivocadas.
Jornalista Cesar
Vanucci
*Cear Vanucci “Por suposto respeito à privacidade, adolescentes estão morrendo ou cometendo crimes” (Rute Pina, da BBC) As t...