segunda-feira, 10 de março de 2025

Pororoca de atos despropositados

 


“Conversando é que a gente se entende.” (Ditado popular).

Trump foi eleito presidente, não Imperador.

Podendo muito, não pode, todavia, tudo. Não pode se arvorar de poderes imperiais na condução dos negócios da grande nação, potência democrática, política e econômica universalmente admirada. A pororoca de decisões tomadas, abalando a convivência entre países, alterando abruptamente regras consolidadas nas relações diplomáticas, vem produzindo desassossego em demasia. A ordem institucional na cena mundial carece ser aprimorada, não debilitada. O momento recomenda diálogos, não monólogos. Conversando é que a gente se entende.

Do volumoso conjunto de ações causadoras de espanto, observadas nos domínios da Casa Branca destacamos aqui mais este fato. A “revista Time” estampou na capa Elon Musk sentado na mesa presidencial do salão oval, insinuando que o magnata compartilha o poder com Trump. Elon comentou, pateticamente, que “amo Donald tanto quanto um heterosexual consegue amar outro homem”.

Enquanto isso aviões despejam deportados em Guantanamo, temível ilha presídio localizada em Cuba, administrada pelos EUA.

Acredite, se quiser.

A sensação de muita gente é de que o mundo está de pernas pro ar. Coisas estranhas continuam pintando no pedaço, como se costuma dizer no tagarelar das ruas. Reunimos abaixo “quentes” amostras.

1 - Autoridades do setor de saúde investigam um hospital de São Paulo voltado para assistência filantrópica, devido à denúncia de que estão sendo utilizadas ali, em intervenções ortopédicas, “furadeiras domésticas”. A chocante revelação não esclarece se, além da “furadeira”, os profissionais de saúde do estabelecimento não estariam empregando também, nos procedimentos, martelos, pregos e serrotes...

2 – Dona de casa, no café matinal servido a familiares, encontrou na massa do pão de forma uma bala de fuzil. Narrando o sucedido para um grupo de conhecidos indagamos se eles saberiam apontar a cidade em que a insólita cena ocorreu. Todos, “sem titubeios,” responderam a uma só voz: - Rio de Janeiro!

3 - O grupo - tarefa coordenado pelo Ministério Publico e Corregedoria da Policia de São Paulo fez visita de surpresa ao presidio da Policia Civil do Estado, onde se acham recolhidos 100 elementos da chamada “Banda podre” da instituição. Na cela de dois agentes acusados de envolvimento na cilada que assassinou, no aeroporto de Guarulhos, o delator das tramas criminosas do PCC, deparou-se com duas dezenas de celulares, além de sofisticado aparato eletrônico para comunicações externas.

4 – Os integrantes do  Ministério Público de São Paulo acabam de ser contemplados com benefício especial que garante, a muitos deles, holerites complementares da ordem de Um milhão de reais. Essa grana toda, provém de “vantagens” auferidas com retroatividade à década passada. A imprensa estima que o generoso “prêmio por serviços prestados”, favorecendo quase 2 mil servidores, possa alcançar a altitude "everestiana” de um bilhão.

Dá “procês”?

  Jornalista Cesar Vanucci

 

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